Imagem extraído do Tijolaço - http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-prepara-entrega-de-reserva-gigante-de-ouro-na-amazonia/ |
Da Redação: Extraídos na integra do TIJOLAÇO
De acordo com artigo pulicado no Blog O TIJOLAÇO, estamos replicando essa gravíssima notícia de entreguismo dos nossos recursos minerais na região amazônica. ao final elencamos algumas observações geográficas>
O Artigo considera como de maior gravidade a notícia publicada hoje, pelo Valor , de que o Governo Michel Temer se prepara para conceder à iniciativa privada – leia-se, ao capital estrangeiro uma imensa área da Amazônia rica em ouro onde a mineração está proibida há mais de 30 anos. Diz o jornal que uma portaria publicada na edição de sexta-feira do Diário Oficial da União, o Ministério das Minas e Energia abriu caminho para a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) criada em 1984, ainda na ditadura militar”.
A portaria, diz que “que a extinção da RENCA viabilizará o acesso ao potencial mineral existente na Região e estimulará o desenvolvimento econômico dos Estados envolvidos”, mas, na prática, abre caminho para a devastação de 46 mil quilômetros quadrados de floresta.
Para que você tenha ideia do que isso representa, é quase que a soma de todo o território dos estados de Sergipe e Alagoas, somados. A área, situada em parte do Pará e em parte no Amapá é praticamente toda coberta de mata e habitada por indígenas.
Relatórios dos anos 80 relataram, além da existência de ouro em grande escala, também importantes reservas de titânio e de fosfato.
O próprio vendilhão da pátria que foi indicado por um deputado do PMDB (com campanha financiada pelas mineradoras) para dirigir o Departamento Nacional de Produção Mineral, Vitor Bicca, diz que as proporções da área em recursos auríferos são semelhantes às de Carajás.
Passamos anos discutindo o alagamento de 516 km² para que a usina de Belo Monte produzisse energia para toda a coletividade. Agora, ninguém dá uma linha para a potencial destruição de uma área 82 vezes maior para produzir riqueza para algumas grandes empresas.
Tudo vai indo assim, na surdina. Negócio da China é o Brasil do golpe.
Nossa opinião dessa situação:
Todo o grande patrimônio mineral do Brasil situa-se em áreas ou regiões minerais como: Carajás, Trombetas, Paragominas, Catalão, Tapira, Serrinha, Araxá, Lagoa Real, Onça-Puma, Pitinga, Niquelândia, Barro Alto, Cana Brava, dentre outros. Vale registrar que a Região Amazônica é a ultima fronteira mineral nacional.
Coma as ações de entrega dos nossos recursos minerais ao grande capital, o governo coloca em risco e na linha direta de ataque, as reservas Bio Extrativistas e Parques nacionais como o "Parque Nacional Montanhas do Tucumaque" e a Reserva Extrativista do Rio Cajari, bem como, as terras indígenas. Na região vivem dezenas de tribos e entre elas: Os Waiapi. De acordo com dados do Instituto Chico Mendes: Essa é uma das maiores áreas de extrativismo vegetal ao exemplo do açaí e a castanha-do-Brasil.
Fonte Imagem extraída do googlemaps em 11/05/2017. |
Lembrando que essa região entre o Amapá e o Pará é cortadas pela bacia amazônica, tendo afluentes depositários como o rio Jari. Área ainda pouco tocada pelas ações socioeconômicas que são maiores que estados como Sergipe e Alagoas juntos. Poderão ser exploradas indiscriminadamente. Imaginem o que ocorreu em Mariana (MG), com o maior desastre ecológico do Brasil, em área controlada pelas multinacionais Vele/Samarco?
REFERENCIAS:
Tijolaço (fonte original): http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-prepara-entrega-de-reserva-gigante-de-ouro-na-amazonia/
Imagem (extraída do tijolaço): http://www.tijolaco.com.br/blog/temer-prepara-entrega-de-reserva-gigante-de-ouro-na-amazonia/
Instituto Chico Mendes:
Na Resex do Rio Cajari, no Amapá, a população tradicional faz a exploração sustentável do açaí e da castanha-do-brasil. Além dessas atividades, há projeto que prevê o manejo de fauna silvestre, especificamente da queixada (porco-do-mato), ainda sob análise quanto à viabilidade.
Valor Econômico:
Depois de mais de 30 anos fechada à atividade de mineração, uma imensa área da Amazônia rica em ouro será concedida à iniciativa privada. Por meio de uma portaria publicada na edição de sexta-feira do Diário Oficial da União, o Ministério das Minas e Energia abriu caminho para a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) .
Documentos IBRAM:
DOU Nº 68 DE 7/4/2017 (SEXTA-FEIRA) - SEÇÃO 1
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 128, DE 30 DE MARÇO DE 2017 – PÁGINA 32
O MINISTRO DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, incisos II e IV, da Constituição, tendo em vista o disposto no art. 54 do Decreto-lei nº 227, de 27 de fevereiro de 1967 (Código de Mineração), no art. 120 do Decreto 62.934, de 2 de abril de 1968, no Decreto nº 84.404, de 24 de fevereiro de 1984, o que consta do Processo nº 48000.001769/2016-47, e considerando a importância de se criar mecanismos para viabilizar a atração de novos investimentos para o setor mineral;
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