segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Entre a Distopia e o Niilismo, Deus pode está morto

Por: Belarmino Mariano
Será que na falta de esperanças, basta embarcarmos nas caravelas do Niilismo em direção ao porto da Distopia? Quem? O quê? Onde? e Quando? "Deus está morto", nós o matamos e quem irá limpar todo esse sangue e sujeira? Não tem mais abelhas, pois já estão todas mortas. Não existem mais flores, já estão todas mortas. Agora todo mundo faz o que quiser, pois esse é um país de criminosos, onde todo mundo pode fazer o que quiser e ninguém se importa, pois são todos egoístas. "O homem louco - Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: 'Procuro Deus! Procuro Deus!'?"

Que tiro foi esse?

Por Belarmino Mariano e Ringo Bruselas

A pergunta é simples mas estamos diante de paradoxos. O verde e amarelo, vestido em corpos ansiosos os fez acreditar que estão defendendo o nacionalismo patriótico, mas sem saber, elegeram um projeto de integrismo nacional que declaradamente já deu todos os sinais.
As pautas econômicas ultraneoliberais de "privatizar tudo" de cortar os direitos sociais na carne, de destruir os direitos previdenciários em estado de urgência foram jogados para debaixo do tapete, evitando-se o debate sobre esses temas. 

Eita Nordeste Arretado!

Por: Belarmino Mariano

No Nordeste foi assim: Haddad 68,3% e Bolso 31,7%. O Nordestino não tem medo de nada. Enfrenta um trem carregado de dinamite, enfrenta a seca. Combate com amor e paixão. Mas quem venceu a eleição foi a omissão abstêmica (21%) + (9,5%) nulos e brancos.
- 42 milhoes abstenções, nulos e brancos
- 58 milhões Bolsonaro
- 47 milhões Haddad.
Ou seja 89 milhões NÃO são Bolsonaro.
Venceu quem já tinha declarado que não aceitaria outro resultado. Sou Nordestino com muito orgulho e cara feia pra mim é pantim.
Aqui no Nordeste o calor é tão forte que só resistem os fortes. Aqui os fascistas não sobrevivem por muito tempo.
Na Paraíba Haddad - 65,8% x Bolso - 35,%. Concluo com com o resultado de Guarabira, em que,
Haddad – 17.703 x Bolsonaro – 13.005. A lapada foi de quase 5 mil votos. Eu estou falando de rapadura, carne seca e coragem pra lutar.

domingo, 28 de outubro de 2018

O VOAR DOS CORVOS


Por: Belarmino Mariano

As memórias das injustiças nunca poderão ser esquecidas. Os traumas são vencidos quando são enfrentados. Não podemos negar nada, a luta é por democracia e pela verdade. A luta é contra a pobreza; a luta é pela inclusão; a luta é por justiça social.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Tudo o que Bolsonaro diz é mesmo trolagem?

Por: Belarmino Mariano

Que pena Lucinha, até esqueço que você é mulher, tem filhas mulheres. Não pelo candidato, pois ele faz tudo isso de brincadeira. Ele não pensa nada disso sobre mulher e fraquejada. Na verdade é um piadista. Que mulher deve ganhar menos que homens, pois é mais fraca...isso é apenas brincadeira mesmo. O candidato de fato, não leva nada a sério e é muito espirituoso.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

"Vamos acabar com os vermelhos comunistas"

Por: Belarmino Mariano

O queria nos dizer Mateus?
"Cobriram seu corpo com um manto purpura, fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça, pusera uma vara em sua mão direita e, ajoelhando-se diante dele, zombavam: 'Salve, rei dos judeus!' Cuspiram nele e, tirando-lhe a vara, batiam-lhe com ela na cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para crucificá-lo" (Mateus 27:27-31).
Me disse um fulano, diretamente em minhas redes sociais, em um tom ameaçador: "-Nós vamos acabar com os vermelhos comunistas"
Aí perguntei ao fulano: -Será que o problema esta mesmo nos vermelhos? Há mais de 2 mil anos Jesus Cristo foi perseguido, torturado, julgado e condenado.
Depois crucificado ao lado de ladrões. Jesus usava um manto vermelho que, para a época representava a linhagem de Abraão, Isaías, Jacó e Moisés. O manto vermelho foi a vestimenta escolhida para lhe humilhar, pois foram os Judeus que não o reconheceram o filho ou enviado de Deus.
Os Levitas pediram para os romanos um julgamento político, pois Jesus foi tratado como um agitador subversivo que ameaçava as leis e ensinamentos dos Levitas. Os romanos interrogaram Jesus e não viram nada demais em seus ensinamentos, nenhuma ameaça contra o Império Romano, mas para agradar aos judeus que já estavam a serviço do Grande Imperialismo de Roma, o condenaram e depois lavaram as mãos em uma nítida tentativa de limpar o sangue derramado pelos seus atos.
Depois de décadas, os ensinamentos de Cristo chegaram ao Centro do Império romano e, em seu máximo ato de tirania, Nero tocou fogo em Roma para culpar os Cristãos e depois autorizou a perseguição "aos incendiários" nas ruas e na periferia de Roma. Em meio ao pão e circo em arenas lotadas, os cristãos capturados eram usados para lutar contra gladiadores treinados e depois esquartejados pelos leões famintos. O sangue em seu tom escarlate, banhava as areias da Arena em cólera, enquanto os cidadãs romanos, estasiados saciavam sua sanha civilizatória, contra uma seita de malucos que pregavam o amor, a humildade e a paz entre os homens.
Os também Cristãs Nazifascistas alemãs e italianos, fizeram o mesmo com os judeus e comunistas dos anos de 1935 a 1945. Os judeus eram os culpados pela grande crise, depressão econômica e inflação. O tratamento ao judeus era em câmaras de gás, em campos de concentração e em covas rasas, mas antes eram estuprados, usados para experiencias cientificas, torturados e usados como escória humana.
Agora estamos no Brasil dos cidadãs de bem, dos que se dizem cristãs. Brasil é uma árvore das florestas tropicais (bra-sil, em Tupi-Guarani, significa - vermelho como brasa). Mas para o Sicrano afeito as mesmas tiranias do passado,em seu governo, índio não vai ter um centímetro de terra. Ou seja, vai fazer o que os colonizadores não fizeram direito, terminar com essa ("raça de preguiçosos"). Lhes tirando as terras ricas em florestas, em minerais preciosos, em gás e petróleo, para entregar ao capital estrangeiro, aos mesmos moldes dos levitas, que entregavam as riquezas do seu país aos imperialistas romanos, sem oferecer resistência e luta.
Os negros ("malandros") quilombolas que foram violentamente trazidos de terras da África e aqui escravizados pelos que se diziam cristãs tementes a Deus, também terão seus territórios atacados, pois como animais devem ser pesados em arrobas. Essa que já é "a carne mais barata do mercado humano", agora poderá ser indiscriminadamente confundida com bandidos, podendo ser abatida, como animal de caça em plena luz do dia.
Será que na falta de esperanças, basta embarcarmos nas caravelas do Niilismo em direção ao porto da Distopia? Quem? O quê? Onde? e Quando? "Deus está morto", nós o matamos e quem irá limpar todo esse sangue e sujeira? Não tem mais abelhas, pois já estão todas mortas. Não existem mais flores, já estão todas mortas. Agora todo mundo faz o que quiser, pois esse é um país de criminosos, onde todo mundo pode fazer o que quiser e ninguém se importa, pois são todos egoístas. "O homem louco - Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: 'Procuro Deus! Procuro Deus!'?"
O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. ‘Para onde foi Deus’, gritou ele, ‘já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós, ao desatar a terra do seu sol? Para onde se move agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para a frente, em todas as direções? Existem ainda ‘em cima’ e ‘embaixo’? Não vagamos como que através de um nada infinito? Não sentimos na pele o sopro do vácuo? Não se tornou ele mais frio? Não anoitece eternamente? Não temos que acender lanternas de manhã?” (Nietzsche, A Gaia Ciência, §125).
Escolhi esses fragmentos filosóficos propositadamente,depois que vi um dos filhos do Sicrano dizer que o Brasil está no fundo do posso (acho que queria dizer do poço) e ainda disse que, para fechar o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) basta um cabo e um soldado, ainda disse " com todo respeito aos cabos e soldados". E olha que eles se dizem defensores da ética e da moral. Se não respeita o Ministério Público e nem os ministros do supremo, imagina se irão respeitar as montanhas que se movem até Maomé.
Contra os vermelhos, os vermes, O Sicrano acha que deve fazer o que a Ditadura ainda não fez, matar uns 30 mil. Não importa se forem inocentes, pois os vermelhos comunistas defendem os direitos humanos, defendem os pobres, querem proteção para as mulheres e para os LGBT´s. Esses comunas defendem a coisa pública, a saúde, educação e segurança pública; os comunas defendem o meio ambiente e a soberania nacional sobre os recursos ambientais de solo, subsolo e águas, mas tudo isso deve e precisa ser privatizado.
Os vermelhos são um perigo para os cidadães de bem.
O Sicrano não acha pouco e passa a ameaçar abertamente aos milhões de camponeses, que lutaram ou que lutam por Reforma Agrária e conseguiram um pedaço de terra ou querem terra, trabalho e dignidade. Ele já disse que vai destruir esses movimentos e vai incriminar as suas lutas. Se esquece que 70% do alimento que chega a mesa dos brasileiros vem da Agricultura Familiar, principalmente das áreas com a implantação dos Projetos de Assentamentos Rurais (MDA, 2018).
Tanto em Mateus, quanto em apocalipse existes as preocupações como os falso messias, com os falsos profetas, pois pregam mentiras e falam em nome de Deus, mas o mais perigoso é que muitos irão adorá-lo. Em Nome de Deus e da Família Cristã e de bem, o Sicrano quer manchar a bandeira do Brasil de sangue (vermelho purpura). Esse Sicrano que se coloca acima do Supremo, e com isso quer acabar a paz e implantar o terror e o medo, pois assim se ganha mais dinheiro. Parece que os planos são, instalar uma guerra civil e uma ditadura civil militar. Escolha isso e seja o Fulano cúmplice.

Fontes de pesquisa:
https://razaoinadequada.com/2013/05/03/deus-esta-morto/
https://www.bibliaon.com/
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/21/politica/1540142442_181625.html
http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2015/07/agricultura-familiar-produz-70-dos-alimentos-consumidos-por-brasileiro
https://historiadomundo.uol.com.br/idade-antiga/o-incendio-de-roma-quem-provocou.htm

domingo, 21 de outubro de 2018

A gravidez dessa noite

Por: Marcelo Barros, monge beneditino.   
                                                    
Há um provérbio turco que diz: “As noites são grávidas, mas ninguém sabe o dia que delas nascerá”. Dizer que, atualmente no Brasil, vivemos uma noite escura e prolongada é algo evidente. Falar de que essa noite é grávida de algo novo pode ser, ao contrário, um ato de fé. Certamente, todas as pessoas que amam a paz e querem o bem para o Brasil mantêm ainda a esperança de que a Democracia possa vencer e posamos superar a tragédia maior nesse segundo turno das eleições. Apesar de ser uma luta desigual, marcada por tantos sinais de que lutamos contra um mundo de poder e dinheiro e lutamos como minoria abraâmica, temos esperança. No entanto, todos sabemos que a maioria do povo desinformado está mergulhado nessa onda terrível de intolerância e ódio que permitiu chegarmos aonde estamos hoje. E para quem é cristão, essas eleições estão revelando mais do que tudo que nossas Igrejas, ou seja, muitos de seus ministros e grupos religiosos optaram pelo pior e estão influenciando o povo a votar contra si mesmo.
Por isso, mesmo que essa noite traga no dia 28, a madrugada da vitória para a Democracia, trará também já na segunda-feira, 29, um desafio imenso para nós todos. Será preciso assumir o fato de que a sociedade dividida continuará sendo manipulada pelos meios de comunicação e dominada por uma ditadura do Judiciário que terá de conviver com um governo legítimo e justo, mas frágil diante de um Estado em ruínas. E não contaremos com o apoio e a força das Igrejas cristãs, já que essas também estão respirando um Cristianismo doente que aprisionou o próprio Deus na gaiola de um Cristofascismo violento e uma espiritualidade baseada no desamor.
É uma esperança ver no zap diversos grupos de ministros e de fieis que se posicionaram de forma justa e aberta contra o Fascismo. Tomara que eles todos percebam que para acabar com a doença temos de combater o vírus ou bactéria responsável pela doença . Não basta atacar os sintomas. Temos de ir até as causas. No caso das Igrejas, o modo de compreender a fé, a Moral e o ministério do padre ou bispo é que está por trás disso. Ao combater os escândalos morais que estão ferindo a Igreja, o papa Francisco tem afirmado que por trás de tudo o maior culpado é o Clericalismo. Estou convencido de que nesse caso que vivemos também. Ou deslegitimamos o Clericalismo ainda avalizado pela doutrina oficial, pelo direito canônico e pelo modo como a maioria dos bispos e padres compreendem o seu ministério, ou não conseguiremos vencer o monstro que ameaça a evangelicidade da nossa fé e da vida das Igrejas.
Pessoalmente, estou convencido de que a novidade que essa noite grávida vai gerar é a necessidade de “círculos de resistência e de profecia comunitária na Igreja e no mundo”. Como na Alemanha nazista, vamos ter que organizar a resistência e tomar posições cada vez mais claras por tudo o que de humano e sustentável está em jogo. Em nome da fé e em nome da humanidade.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O bolsonarismo e a celebração do fascismo no Brasil

Por: Agassiz Almeida Filho (Portal 247)

A imagem pode conter: 1 pessoa, barba e close-upEm agosto de 1914, a quase totalidade da sociedade alemã celebrava a deflagração da Primeira Guerra Mundial como um triunfo nacionalista, uma oportunidade para enaltecer as tradições prussianas contra a influência da cultura latina, uma fonte para a “purificação, a liberação e uma imensa esperança” (Thomas Mann). A histeria generalizada tomou conta do país, criando uma unidade nacional apaixonada, artificial e incapaz, naquele momento, de compreender as implicações sociais da guerra e o brutal custo do conflito para a Alemanha. Quase duas décadas depois, em 1933, também em meio ao fervor nacionalista, Hitler chegaria ao poder através do voto direto e arrastaria o mundo até a Segunda Guerra Mundial. O nazismo triunfava em eleições baseadas na violência política e no desprezo sistemático ou preconceito contra várias minorias étnicas.
Dentre os fatores que levaram os alemães a essa “euforia da catástrofe”, destacam-se as paixões políticas. Trata-se de uma forma de sentir intensa sobre perspectivas e temas políticos que se projeta como mentalidade coletiva e atinge amplos grupos sociais. As paixões políticas não surgem do nada. Sempre há uma certa conexão entre aqueles que vão se apaixonar politicamente e o objeto da sua paixão. No âmbito pessoal, é necessário que as pessoas sintam alguma empatia entre si ou se identifiquem de alguma maneira para que possam se apaixonar. No plano político, essa conexão entre o cidadão e determinadas posições ideológicas tem como ponto de partida os valores das pessoas. As paixões políticas se instalam quando uma dada perspectiva política coincide com os comportamentos ou modos de pensar que os cidadãos consideram correto.
Existem várias manifestações distintas de fascismo. Em geral, ele é comumente associado à violência, ao autoritarismo e ao justicialismo, o que o aproxima de alguma maneira do cenário brasileiro atual. As paixões políticas são um forte componente da onda fascista que atinge o Brasil a partir da candidatura de Jair Bolsonaro. Há uma dimensão coletiva no bolsonarismo que apresenta forte conotação emocional e que tem no ressurgimento do autoritarismo individual, na idiotia de alguns eleitores e na negação da Política três dos seus elementos mais importantes.
Em primeiro lugar, o fascismo bolsonarista ganha projeção através do autoritarismo de muitos brasileiros. Há pessoas que se identificam com o discurso de ódio, com o preconceito, a tortura, o uso da violência, a homofobia, a misoginia e outras bandeiras grotescas defendidas pelo candidato do PSL. Essa identidade entre Bolsonaro e os eleitores autoritários se fortalece na medida em que as manifestações do fascismo passam a circular livremente entre eles e produzem aprovação dentro do seu grupo de adeptos. É como um espaço de liberdade no qual todos podem repetir e praticar muitos dos atos que a ética pública e o Direito não aceitam no Brasil. Nesse sentido, há certa coerência na decisão destes eleitores de apoiar Jair Bolsonaro. São pessoas autoritárias que votam no discurso fascista.
A idiotia é também um dos elementos que explicam a celebração do fascismo no Brasil. Na Grécia antiga, o ídion era o indivíduo considerado inferior aos demais por não haver conseguido ou ter perdido a condição de se envolver em assuntos políticos. Entre nós, a idiotia que caracteriza e impulsiona parte dos eleitores bolsonaristas é um pouco semelhante ao sentido da palavra ídion na Antiguidade, sem a conotação de inferioridade presente entre os gregos nem fazer referência à capacidade intelectual de cada um. São eleitores que não se identificam propriamente com o discurso de ódio, mas que, por quaisquer motivos, não têm interesses políticos bem definidos, são vítimas da desilusão e votam em Bolsonaro porque está na moda entre os amigos, porque ele faz afirmações chocantes ou por que o bolsonarismo é um contraponto raivoso ao PT. Para estes eleitores, o exercício crítico da cidadania é um ato de menor importância que não merece mais atenção do que um passeio no parque ou uma festa de aniversário.
A negação da Política é seguramente o fator preponderante e mais grave. Muitas vezes está mesclada com o autoritarismo e a idiotia de alguns eleitores. Trata-se de desqualificar a Política e os partidos políticos e negar a importância das instituições democráticas, adotando o discurso fascista como modo de protestar contra os defeitos do sistema político e situar a si mesmo como baluarte moral em relação a tudo o que ocorre de errado na institucionalidade do país. É claro que o elemento autoritário e a idiotia como incapacidade de se envolver nas questões da pólis também atuam aqui de forma determinante. Afinal, o bolsonarismo não possui qualquer novidade em relação ao sistema político tradicional, não tem um verdadeiro plano de governo e é confessadamente contrário às conquistas democráticas das últimas décadas. Na verdade, acreditar nele como forma de negar a Política esconde uma visão autoritária e uma ingenuidade que as fake news trataram de insuflar até converter a celebração do fascismo em uma experiência de renovação do espírito nacional para estes eleitores em particular. Nada mais ridículo e estúpido.
Esta absurda situação de culto ao fascismo é resultado de vários fatores diferentes. A crise partidária brasileira, a cultura política dos cidadãos, os desmandos do combate à corrupção nos últimos anos, o impeachment inconstitucional de Dilma Rousseff e o comportamento antidemocrático dos meios de comunicação, entre outros fatores, foram fundamentais para que parte da sociedade brasileira sucumbisse ao fascismo. A idiotia, o autoritarismo e a negação da Política já estavam presentes no cenário social. Foram catalisados por grupos políticos conservadores até produzir o Golpe de 2016 e habituar a sociedade brasileira com a quebra da democracia e a relativização do Direito. As operações anticorrupção e sua dimensão midiática criaram as condições necessárias para que esses fatores ou anomalias da democracia brasileira ganhassem ainda mais força, fossem assumidas como paixões políticas e substituíssem o Estado Democrático de Direito como alternativas para um convívio social excludente e degradante.
As instituições não podem subverter a ordem constitucional e pretender manter os caminhos da democracia. O Golpe de 2016 e as trapalhadas da Operação Lava Jato – aqui considerada como amplo movimento político e não apenas como atuação do Poder Judiciário – incrementaram no país o costume de contrariar as leis e atuar de forma voluntarista com total falta de pudor. As barbaridades que antes eram praticadas atrás das cortinas, como perseguições, distorções da verdade, o tráfico de influência, manipulações de testemunhas ou a construção de concepções jurídicas absurdas, foram apresentadas a um público que já desejava substituir o sistema político por uma opção autoritária sem contornos racionais previamente estabelecidos.
Agora que amplos setores da sociedade brasileira celebram o fascismo, alguns grupos que apoiaram o Golpe de 2016 e suas nefastas ramificações se dizem surpresos com tamanha inconsequência política e moral. Porém, não podem esquecer o papel protagonista que tiveram na construção desta nova face do Brasil, sobretudo porque devem fazer uma releitura sobre seu próprio posicionamento e ajudar o país a superar este grave momento da sua frágil vida democrática.


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Tentando dialogar com um bolsonarista


Por Belarmino Mariano

Tentando tabular uma conversa com quem insiste nas opiniões inquebráveis.
Eu quero um voo comercial promocional e a simplicidade de roupas limpas. 
Quero um descanso de minha alma em uma comunidade indígena do Alto Xingu. 
Quero um recanto de pobreza na favela da Maré, vender bolas de gude para crianças, enquanto observo traficantes nas esquinas da favela, negociando com milicianos e bicheiros a compra de votos para eleger fascistas. 
Nos filhos da liberdade vejo skates com as caveiras de jovens com tatuagens de dragões coloridos entrelaçados com signos do infinito. 
O mais psicodélico e louco é vê um amigo evangélico que antes tentava me convencer a ler a bíblia e aceitar Cristo como salvador, mas agora quer que eu vote em um anti-cristo.
Maneiro mesmo, deve tá rolando maconha estragada. Podemos sentar em qualquer lugar, mas quando a mesa estiver pronta essa arma vai disparar. 
Alguém quer uma gelada? Um chá de ervas? A primeira rodada é por minha conta.
Vai vê se estou lá na esquina. Pega leve cara, pois não quero nem chegar tão perto. Cruzar a fronteiras do caos me fez esquecer onde eu morava e quando acordei, percebi que havia dormido em uma lata de lixo. 
Em plena globalização do século XXI, percebi ter perdido as digitais de minha identidade. Os códigos de barra e o Bob esponja educaram essa geração.
Os caras conseguem vê o satanás na tampa de uma coca-cola, conseguem vê a besta fera na figura do pokemon ou o anticristo nos chifres de um unicórnio, mas um nazifascista ele chamam de o mito salvador. Fuiiii....

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

"O sistema mudou completamente. Virou do avesso"



Por: Rafael Gallo

"O sistema mudou completamente. Virou do avesso. O fato de Bolsonaro não ir ao debate da Globo, fazer lives e entrevistas em outros canais, não ter tempo nenhum de propaganda na TV e, ainda assim, ser o líder nas pesquisas, já deveria ser evidência suficiente disso. Não consigo evitar de pensar que aqueles candidatos tagarelando lá no debate, com seus paletós de sempre, seus púlpitos cenográficos e cronômetros regrados, se tornaram algo jurássico, diante do novo esquema. O eleitor de hoje é um moleque da turma do fundão, dos mais desinteressados e inconsequentes. 
Bolsonaro quer ganhar essas eleições com memes e terrorismo via whatsapp. É ali o campo agora, onde o discurso pode ser qualquer coisa (contanto que agrade por um lado e aterrorize para o outro). Quando vejo pessoas achando que o despreparo dele em debates vai levá-lo ao fracasso, ou citando números de aprovação e rejeição nas pesquisas, conjecturas complexas, comparações com eleições anteriores, só consigo pensar que é um grande equívoco usar essas medidas antiquadas. 
Essa é a primeira eleição no Brasil onde esse novo modelo, quase animalesco, domina. Sequer a linguagem sobreviveu tal como a conhecemos (alguém aí conseguiu manter uma conversa lógica com um eleitor de Bolsonaro?). O meme levado a sério já é a falência do discurso. A linguagem tomou caráter animalesco, é só força. Mesmo o conceito de "fake news" me parece obsoleto, ou carecer de revisão. As palavras e imagens que se espalham por redes sociais não têm função de formar discurso, não são nem mesmo "news", são unicamente gestos de força. Como gritos de torcida.
Ninguém precisa "acreditar" exatamente em todas as palavras berradas, apenas gostar de pertencer ao grupo que tem o berro mais alto. Esqueçam as medidas e referências que serviram até 2014. Eu não sei como esses novos esquemas poderão ser confrontados no futuro, mas não é com esses referenciais. 
A entrevista que o Michael Moore deu para o Democracy Now, falando sobre a vitória do Trump é fantástica para compreender esse momento (link nos comentários). O eleitor de Trump não acredita nele exatamente, não concorda ou morre de amores por ele, só ama poder chegar nas urnas e jogar um coquetel molotov no sistema que o ferrou até agora. E se esse eleitor pode se identificar com uma figura tão inadequada quanto ele, mas que tem o poder de sobrepujar e debochar do sistema, um tanto melhor. 
Quando Bolsonaro derrapa diante de uma pergunta difícil de economia, isso não é uma derrota dele, ao contrário do que muita gente pensa. Porque o eleitor dele também não entendeu a pergunta. A diferença é que agora não precisa ficar envergonhado por isso, pode tirar a desforra e se sentir forte. É uma lógica sórdida de desforra dos perdedores, em grande parte, o que vem acontecendo.
Das pessoas que perderam todas as últimas eleições, que foram ridicularizadas em conversas sobre política, que não ganharam destaque nos últimos anos nesse campo, que nunca foram muito elogiadas no quesito sensatez, que viram suas posturas (machistas, homofóbicas, etc.) serem consideradas inadequadas, que deixaram de ser contempladas a favor de outros grupos sociais. Eles agora têm seu herói, o fracassado que, sem grandes esforços de articulação, revida e leva a melhor. Sabe aquele conceito de "representatividade importa"? Esse é seu evil twin.
É preciso repensar até o uso da linguagem. Descobrir o que funciona, e não é a lógica (essa já foi pelos ares há muito tempo), não é a veracidade (os "fatos" agora podem ser escolhidos) e nem a coerência (essa, então, já está a sete palmos abaixo do chão). É um monstro de roupa nova, que a gente tem que descobrir como controlar. "A raposa a dizer de novo - e de novo e de novo - que o céu vai desabar, para que as galinhas escolham ir até a toca dela. Como lidar quando as galinhas é que escolhem isso e nada tira da cabeça delas que o céu vai cair?"

Por: Rafael Gallo

Músico/Unesp/SP.
Fonte do texto: https://www.facebook.com/rafael.gallo.31/posts/2302007646480558

PSol aumenta bancada na Câmara e passa de 6 para 11 deputados federais

Por: Débora Melo (huffpostbrasil.com)

PSol quase dobrou sua bancada na Câmara das Deputados nesta eleição e saltou de 6 parlamentares para 11.

Em São Paulo, foram eleitos Sâmia Bomfim, vereadora de São Paulo, e Douglas Belchior, conhecido como Negro Belchior. Luiza Erundina e Ivan Valenteforam reeleitos.

No Rio de Janeiro, o partido elegeu Marcelo Freixo, deputado estadual, e Talíria Petrone, vereadora de Niterói. Foram reeleitos Glauber Braga e Jean Wyllys. No Pará, Edmilson Braga também foi reeleito.

Por fim, o PSol ainda levará para a Câmara dos Deputados Áurea Carolina, vereadora em Belo Horizonte, e Fernanda Melchionna, vereadora em Porto Alegre.

Finte: 
https://m.huffpostbrasil.com/2018/10/07/psol-aumenta-bancada-na-camara-e-passa-de-6-para-11-deputados_a_23553761/

domingo, 7 de outubro de 2018

Teu voto pode ser uma arma de fogo apontada para nossas cabeças


Por: Belarmino Mariano

A ideologia de gênero foi uma invenção criminosa de pastores fundamentalistas que, em muitos casos, estes pastores também são psicólogos fascistas e de má fé. Eles deturpam todos os estudos sobre sexualidade e identidade de gênero, feitas por renomados cientistas em todo o mundo. Basta você colocar a frase de busca - estudos sobre identidade de gênero no google - e encontrarão centenas de artigos, dissertações e teses, com destaque para Judith Butler, citando apenas uma das estudiosas. Quando se pesquisa sobre "ideologia de gênero", só aprecem opiniões deturpadas de fundamentalistas religiosos sem base científica alguma e recheadas de preconceitos. Podem ver que a maioria dos eleitores de Bolsonaro estão usando fake news sobre uma suposta "Ditadura Gay", que ameaça as bases da família tradicional. Isso mesmo, eles chamam de ditadura o direito sexual das pessoas, inclusive da constituição de novos modelos de famílias entre pessoas do mesmo sexo.
Querem que o "candidato da bala" ganhe para poder usar uma arma contra bandidos e na lista de bandidos os primeiros são gays, lésbicas e transgêneros, que para eles em suas postagens, representam "safados degenerados, desviados, doentes mentais, zumbis apocalípticos" e todos os tipos de besteiras que entram na mente de um humano de pouca massa cinzenta. 
Se o mal do Brasil, fossem os Gays, teríamos 365 dias de paz e alegria, pois todos e todas, temos amigos e amigas gays, lésbicas e transgêneros, como pessoas que  só transmitem paz, alegria e amor ao próximo. O Próprio Papa Francisco já alertou os fieis contra o preconceito e a homofobia. Mas é cada besteira que esses fundamentalistas e fascistas dizem, e ainda estimulam o preconceito por temor a Deus. Isso só os afasta ainda mais da possibilidade de um suposta salvação. 
Que pena vermos nossos irmãos caminhando para o precipício e levando com eles muitos sonhos de uma sociedade pacífica, mais justa e mais igualitária. Quando o ódio vence, nossos corações não estão mais tranquilos. Quando o preconceito impera, vence a violência e a paz será consumida pelas armas apontadas para as nossas cabeças, pois os caminhos da sensatez estão sendo destruídos pelo ódio, pelos torturadores e pelos crucificadores.
O Jesus que eu acredito, andava com leprosos, prostitutas e pescadores, os pastores que pregam essa tal ideologia de gênero, andam com políticos bandidos e carreiam rios de dinheiro em nome da fé alheia. 
A outra ala dos eleitores nazifascista são homens machistas que falam em nome da família, mas no privado do lar, ameaçam as mulheres, batem, espancam e matam, em muitos casos por simples ciúme. 
Tenho mais nojo desses, pois tenho duas filhas e uma companheira para dividir minhas alegrias e tristezas, mas vejo nestes machistas as 60 mil mulheres espancadas, estrupadas e violentadas todos os anos. E eles agora querem uma arma para matar. Uma pena ver que muitas das mulheres que vivem com esses homens estão votando no candidato do ódio por medo, não do candidato, mas do próprio macho que elas tem em casa. 
A terceira ala dos que apoiam o candidato do preconceito são alguns magistrados e empresários, mas são tão poucos que não passariam dos 2% de João Amoedo. Estes querem o cara para poderem surfar na impunidade, na sonegação e nas beneficies de um mercado de semi-escravidão, pois tiro pela minha cidade.
Na onda desse voto irresponsável, estão os vendedores de armas e o mercado dos especuladores estrangeiros que com o caos irão ganhar mais dinheiro, estão os políticos corruptos, cassados e sujos, por uma simples declaração de apoio no coiso, vão escapando, vão se salvando e podem fazer maioria na câmara e no senado. 
Vários políticos da direita, inclusive do Nordeste, definiram apoiar o candidato da extrema-direita logo no primeiro turno. O voto desses é uma farsa, pois na verdade o ódio e o preconceito são as nossas doenças sociais sem remédios e sem curas que no amago eles também apoiam. Aí como os Nazistas que culparam os Judeus, aqui querem culpar os LGBts, as mulheres, os negros e os índios e até nos nordestinos em uma clara xenofobia regional. 
Quando me perguntarem se acredito em política, irei responder com mais segurança, acredito sim, não acredito é nesse povo idiota que desce a lenha em gays, lésbicas, mulheres e negros, mas continuam votando em canalhas que vivem tirando seus direitos. 
Aí chegam e dizem mas Boulos e muito bom, Boulos é o ideal, de todos Guilherme Boulos 50 é o melhor, Boulos ganhou o debate da TV Globo, mas apoia sem teto, queima pneus e defende LGBTs. Por isso vai votar em bolsonaro pra combater esses vidados, pois tá demais. "pois tá! me engana que eu gosto"...
Sou o 1% dos que votam em Guilherme Boulos, Sou o 1% que não apoia esse jogo sujo de alianças com golpistas, sou esse 1% que acredita que a política pode mudar nossas vidas, para melhor ou para pior.
Meu voto Vai para:
Federal - Prof. Valdir 5050
Estadual - Escurinho 50050
Senador - Nelson Jr 500
Senador - Luiz Couto 134
Governador - Tárcio e Adjany 50
Presidente - Guilherme Boulos e Sônia Guajajara 50
e que venha o Segundo turno.

sábado, 6 de outubro de 2018

REFLETI MUITO PARA TOMAR ESSA DECISÃO

Por: Belarmino Mariano*

Porque Hoje é Sábado? O dia em que os bares se enchem de homens vazios? Muitos criticam essa frase do Vinícius de Moraes. Talvez não tenham entendido, pois se trata de um texto com uma semântica e/ou sintaxe da dualidade, pois os homens sempre estarão vazios de alguma coisa. Vazios de bebidas, pois trabalharam a semana inteira, abstêmios do álcool? Vazios de sentimentos ou emoções, devido aos amores desfeitos ou não correspondidos. Vazios de soluções para o acúmulo de problemas da própria vida e, sábados após sábados, os bares se enchem de homens vazios. 
Talvez os sábados e bares da época do poeta tivessem poucas mulheres, de sorte que os bares do hoje não se enchem apenas de homens, pois as mulheres também galgaram e conquistaram esses territórios dos bares e das ruas.
Gostaria de me ater em específico ao sábado de hoje, dia 06 de outubro de 2018, véspera de mais uma eleição brasileira. 
Refleti muito para tomar essa decisão, ponderei todas as possibilidades, inclusive a de escrever essas palavras tortas. Isso mesmo, pois o que tenho que fazer afetará a vida de todos e todas as brasileiras, inclusive os/as que ainda nem nasceram.
É a minha Pátria, o território de parte dos meus ancestrais indígenas e que também acolheu, mesmo que na marra, brancos europeus e negroides africanos (estes últimos acorrentados e na condição de escravos). Esse é o país que também acolheu asiáticos e orientais do Indico e da Oceania.
Refleti sobre a importância da nossa bandeira, verde, amarela, azul e branca. Sobre o quanto é importante honrar e defender essa bandeira. Pois é "símbolo da Pátria amada" e do "lábaro que a ostenta estrela".
Pensei no quanto esse país é rico e diversificado, com regiões de mares e morros, matas e florestas, cerrados, cocais, caatingas, sertões, pampas e pantanais. Lembrei que tudo isso precisa ser protegido.
Também refleti sobre nossos heróis populares e vi o quanto temos heróis nesse país e todos vestidos sob o manto verde e amarelo, repousam sob o solo dessa "Pátria mãe gentil".
Enquanto tomava o banho matinal deste sábado, um filme foi passando pela minha cabeça, me veio o ano de 1964, 20 de janeiro para ser exato. Esse foi o ano em que nasci, nos rincões e serrotes do vale do Pajeú (limites da Paraíba e Pernambuco).
Muito tempo depois, na escola, aprendi que aquele tinha sido o ano da "Revolução de 1964". Mas o que a historia para uma vida tão curta e quem eram os feitores os fazedores de história daquela época, que nos confundem com a dualidade sobre Revolução ou um Golpe que implantou uma Ditadura Militar que se arrastou pelos meus primeiros  21 anos.
Os anos se passaram e cá estou com 54 anos e mais uma decisão para tomar pelo meu país. Estou sendo pressionado por todos os lados e não quero correr o risco de fraquejar, pois tenho uma mulher, duas filhas crianças e um filho jovem.
Juro que pensei muito para tomar essa difícil decisão. Confesso que lembrei de todas as minhas professoras e meus poucos professores, me ensinando lições para a vida e de que, eu seria o futuro desse "país que só vai pra frente".
Lembrei da minha mãe e pai que arrastaram seus 13 filhos, entre eles, 07 cegos, por entre secas e terras alheias, até conseguirem um pouco de pão e estudo para quase todos.
Nas vidas de pobreza e seca em que meus pais e parentes se meteram, lembrei desse povo pobre do meu país e pensei que, o que eu fizer amanhã, poderá, ou não, afetar as vidas de todos eles.
Hoje sou um professor universitário e me sinto em uma completa encruzilhada, pois tô vendo tudo acontecendo e tão rápido, mas é como se eu estivesse mudo e surdo.
São muitas e dissonantes vozes em minha cabeça, são muitas imagens e sons, que deixam um rastro de cores e um zumbido constante em meus tímpanos. Que fazer e o que não fazer?
Comecei a pensar em tudo  que já foi feito em nosso país? Em especial, nesses últimos 25 a 30 anos, pois foi quando comecei a me entender como adulto.
Juro que lembrei de um jovem magricela, de cabelos longos e barbicha rala, com uma camisa Hering e um desenho fraseado do irmão Henfil, que dizia "Diretas Já!". Nesse tempo pouco se usava #s. Uma luta inglória mas que valeu a pena, pois memorizei para meus filhos e netos.
Depois recordei de Tancredo Neves e  todo o drama de sua morte. Lembrei  José Sarney e todos  seus planos econômicos malucos.
Mas a coisa que não saiu  minha memória foi  era Collor  Mello. Eram tantos LLs, tanto amor a Pátria e a tradição da família brasileira, era tanta esperança  em verde e amarelo que contagiava até os mais velhos. Collor era um salvador  Pátria, um caçador de marajás corruptos, um restaurador da ética e  moral. De saldo, fiquei traumatizado com aquele eleito e o seu primeiro ato, o confisco da caderneta  poupança de todos os brasileiros. Lembro disso, pois muitos se  suicidaram com esse perverso ato da sua Ministra da Economia.
Depois lembrei das eras  FHC e depois  LULA com os acertos  e erros de ambos. Nestes últimos 20 anos, muita coisa mudou, estabilidade econômica, atrelamento cambial ao dólar e total integração do país ao neoliberalismo globalizante. Maior acesso a renda,  e consumo para  classes B, C e D e muito mais informação.
Foram anos de mais educação para todos e país neoliberalizado fez suas adaptações com cresmento e estabilidade econômica, em meio a grandes crises mundiais.
Também notei o crescimento da violência, da criminalidade  e as mortes banais, por um simples tênis da moda ou um aparelho celular.
O que fazer diante  disso? Jovens negros assassinados nas periferias urbanas, 60 mil mulheres estrupadas  ou violentadas, o ódio escancarado e a intolerância religiosa  homo-afetiva, o preconceito racial, étnico e até a xenófobia aos estrangeiros. Muito  que venho acompanhando, desde  Collor para cá têm cheiro  fascismo midiático, com toques de injustiças togadas e requintes  de crueldades de ditadores militares. Dito isso, pensando bem, por amor a Pátria amada, minha decisão nesse dia 07  outubro, será #elenão #elenunca #elejamais.
* Belarmino Mariano Neto
Prof. de Geopolítica, Teoria da Geografia e Biogeografia da UEPB.

As coisas que vi desde que nasci

Por: Kerssia Melo

Nasci em 1979, ano do centenário de Bananeiras, tive minha infância e adolescência nas décadas de 1980 , 1990 e em 2000 entro na Universidade iniciando minha vida adulta. Filha de funcionário público estadual e uma agricultora, tive oportunidade de alguns privilégios, mas isto não era tão comum para tantos outros na minha cidade.

O que vou relatar do que vi não era na Venezuela, não era em país comunista . Era em Bananeiras- Paraíba -Brasil.

Vi pais e filhos pedirem sobras (sobrinha) de comida nas casas.
Vi famílias aguardarem no abatedouro público a sangria dos animais para colher o sangue e usarem como alimento.
Vi a normalidade de enterro de criança (anjos)
Vi mais de 60pessoas passarem o dia aguardando um atendimento de um médico na porta do Hospital e desejando ser medicado por lá, por não ter dinheiro para comprar remédio.
Vi só serem atendidos no ambulatório do INAMPS aqueles que contribuíam para previdência.
Vi escola pública estadual selecionar quem poderia estudar nela pela condição social e deixar para o "Maroquinha" os filhos das lavadeiras, empregadas, Pedreiro, Mães solteiras ...
Vi só ter acesso a Universidade filho de rico.
Vi casa de taipa e palha, sem banheiro e água, rua sem pavimentação no centro da cidade.
Vi usarem os afilhados pobres para servirem de babá,empregada e serem pagos com roupa, comida e dormida.
Vi funcionário público Federal sem salário e devendo nas Bodegas por causa de greve .
Vi faltar alimento nas prateleiras das Bodegas.
Vi comprar 1 pipoca com várias notas de dinheiro quase sem valor
Vi mulheres saírem para a  mata juntar lenha pra cozinhar , pois gás de cozinha era privilégio de poucos.
Vi o preço de alimentos básicos terem preço alterado diariamente.
Vi gente chorando e se matando quando confiscaram as poupanças.
Evangélico e espíritas serem discriminados.

Só nos anos 2000, já no século XXI, é que consigo VER toda essa realidade mudar .

Pobre ter comida na mesa

Poder comer Frango e Carne

Ter Médico na sua comunidade, especialistas na Policlinica municipal e SAMU universalizado para todas as classes sociais.

Escola pública para todos e levando estudantes para intercâmbio entre outros países. Professor ter piso salarial nacional.

Filho de pobre e aluno de escola pública ter acesso a Universidade e ser doutor.

Funcionário público valorizado e concursos públicos

O Brasil ser auto-suficiente em alimento e petróleo .

Pobre ter carro, fogão,  geladeira , Som, Televisão, telefone e internet.

Linha de crédito e financiamento para casa própria.

A indústria brasileira crescer e o Brasil ser respeitado no mundo inteiro.

A liberdade e diversidade religiosa sendo expressa e igrejas se multiplicarem

Muita coisa mudou, a bandeira brasileira continua a mesma!. Os governos  FHC edo PT contribuiram para esses avanços por causa da democracia.

O que não mudou foi a intolerância e o preconceito dos ricos que não aceita ter que respeitar os direitos adquiridos dos pobres,negros e outras minorias .

O ódio que vemos hoje é por você assalariado e por seus filhos  terem direitos nunca antes lhes dado .
Eu, estou do lado dos que vi sofrer e hoje podem ser gente."

Sem medo e na certeza de está do lado certo. #Elenão #EleJamais #EleNunca

Kerssia Melo. Culturalista e Historiadora pela UEPB.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Eleições, Estado Laico e Fundamentalismo Religioso

Por: Paulo Benício Vicente°
         Presidente do SINSERCAP

Querer ganhar eleição tentando enganar o povo com discurso pautado pelos princípios religiosos, quando vivemos num estado democrático e não teocrático.
O Estado é laico, precisa respeitar a diversidade religiosa, de gênero, de raça, não se pode impor uma doutrina religiosa como regime de governo. No Brasil, só denominaçoes religiosas cristãs, existem mais de 15. Católicos romanos, Umbandistas, Candomblé, Kibandistas, Daymistas, Adoradores do Sol (Povos das Florestas - Tupã) Espiritas Kardesistas, Católicos Ortodoxos, Judeus, Islâmicos, Budistas, Taoistas, Xitoistas, entre outras.
Os estados dos países árabes adotam o regime da Teocracia, onde o líder religioso governa em nome de Alá e sabemos que lá não existe democracia e predomina o fundamentalismo religioso entre xiitas e sunitas.
No Brasil, a Religião tem que ser propagada pelas igrejas e não pelo Estado. Na verdade é um disparete vermos gruoos religiosos como pastores e agregados formando uma verdadeira bancada religiosa, que tenta a todo custo, impor uma supremacia cristã que fere a Lei Petria da laicidade.
O papel do Estado é prover políticas econômicas e sociais que promovam a igualdade e combater qualquer tipo de discriminação e preconceito, que permita ao ser humano o direito a educação ao emprego, a renda.
Os candidatos que não têm a capacidade de entender o papel da política, que tem uma agenda vazia do ponto de vista econômico e social para o país, faz a política baixa, tentando arrebatar as pessoas mexendo no que há de sagrado que é a sua fé.
Não vamos aceitar que transformem o Estado brasileiro numa seita que dissemina ódio, tortura, violência e principalmente que se preste apenas a atender os interesses dos ricos em detrimento dos direitos dos pobres e excluídos. O uso do fundamentalismo religioso com a maquina financista das igrejas merece ser discutida e averuguada pelo TSE, pois sentimos que alguns pastoresve ministros de igrejas, em nome da fé e da familia, estão propagando ódio, preconceito e até mesmo violência.
"Quando o justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina o povo GEME". Provérbios 29,2.
por uma política humanitária, justa e fraterna.
° Paulo Benício Vicente
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Capim e Cuité de Mamanguape (SIMSERCAP)

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

PELA DEMOCRACIA E CONTRA O OBSCURANTISMO.

Por: Vitor Fernandes

Uma amiga professora ouviu algo semelhante em uma lanchonete no intervalo do trabalho: "Tô louco pra ter logo meu revólver para estourar miolo de comunista safado". E então, ainda tenho amigos que se sentem representados por esse inominável candidato?

PERDOO OS IGNORANTES, MAS NÃO OS INSTRUÍDOS QUE APOIAM O BOLSO!

O contexto que vivemos é assustador! Às vezes dá desânimo na humanidade! Ver o que as elites donas dos meios de comunicação fazem com a cabeça do povo, geralmente sem estudo, é devastador.
As elites produziram um massacre midiático à esquerda tamanho nas eras Lula e Dilma, que criou-se o combate ao comunismo num país que não tem um deputado comunista sequer... Estamos vivendo uma loucura onde a tudo que naõ é ultra-liberal é comunista.
Como professor de Sociologia me sinto profundamente decepcionado, fracassado! Tenho orgulho de mim, mas me sinto impotente. Chegamos ao século XXI para ver os jovens dizerem que a Terra é plana, que vacinas causam doenças, que nazismo é de esquerda, que a ditadura nunca existiu.
Esse ano tive que explicar várias vezes que o nazismo não era de esquerda.
Tive que explicar várias vezes que o kit gay não existe!
Tive que explicar que intervenção do Estado não é comunismo!
Vi aluno negro, numa comunidade, dizendo que não existe racismo.
Vi alunos pobres, dentro de uma escola pública dizendo que tem que privatizar tudo. E sei que a maioria deles não teria dinheiro para pagar a escola ou saúde privadas, mas eles acham que serão a elite de amanhã...
Vi familiares, amigos dizendo que votam no Bolsonaro para acabar com os bandidos e acabar com a corrupção! Como uma mágica! Como quem tem fé em algo completamente irracional.
Estamos vivendo a loucura! A era do irracionalismo! Mas sei que não é aleatório.
O bilionários estadunidenses e setores da nossa elite subalterna que bancam o MBL, Instituto Misses, etc, que difundem essas ideias loucas é que produziram isso, esse contexto de loucura.
O antipetismo, produzido pela grande mídia gerou Bolsonaro e pode nos levar ao fascismo. E não é exagero, é FASCISMO! É FASCISMO!
O mais triste de tudo, o mais solitário e frustrante é que não posso contar isso para eles, pois a maioria deles não tem condições de entender o que é fascismo. Foram formados pelos youtubers, pelas páginas do facebook que bombaram no contexto de combate ao "petismo/comunismo", na visão deles.
Vejo negros, pobres, desempregados, até gays, defendendo o fascismo... e não sei como alertar. Às vezes não sei como dizer: "o alvo é você, seu idiota"!
Já percebi que o debate não é racional. Não adianta apresentar argumentos racionais, pois é religioso, é fascista!
Eu perdoo os ignorantes que apoiam o fascismo, pois esses são teleguiados pelas mídias controladas pelas elites. Como posso ter raiva de alguém que apoia o fascismo se ele não tem a menor ideia do que isso seja? Se esses foram educados a odiar a política desde sempre e agora aparece um salvador da pátria que se apresenta como "não-político" que resolverá tudo.
Perdoo esses, mas não perdoo os intruidos. Os instruídos, os que tem noção de política, que apoiam o fascismo (Bolso) não terão o meu perdão!
A minha vida está em risco! É meu emprego! Minha profissão, que perderei... minha militância, minha liberdade, minha vida! Os ignorantes não sabem o mal que estão fazendo, mas os intruidos sim! E não podem alegar ignorância depois da tragédia que virá...!
Se você tem instrução e apoia o fascismo eu não quero estar perto de você e não quero que você faça parte da minha vida.
E não estou falando de divergência política, estou falando de caráter, da moral mais básica!
Com o fascismo não se dialoga! Se combate!

PROFESSOR e sociólogo Vitor Fernandes

Quem pariu o fascismo no Brasil?

A pergunta poderia ser: - "Quem pariu o ovo da serpente"? Parafraseando Ingmar Bergman.

Por: Belarmino Mariano

Recordar é viver. Tudo o que estamos vivendo hoje nos lembra as eleiçoes historicas contra Lula e o PT.

Collor foi emblemático, era o caçador de marajás, era o cara da bandeira nacional, tinha os cunhões roxos, simbolo de macheza e virilidade, era bonito, falastrão e tinha um partidinho (PRN) criado só para aquela eleiçãoo. 

Hoje ouvi alguns perguntarem quem pariu Bolsonaro, tentando colocar esse ovo podre no cesto da esquerda. Respondo: - puta que pariu, com todo respeito a sua mãe, mas foi ela mesmo.

Agora quem o educou foi uma sociedade prothofascista que alimeta ódios, preconceitos e violência, pricipalmente contra os pobres, que mais precisam de politicas públicas.

Agora se compararmos com Collor de 1989, temos a mesma coisa, com mais rigor...as cores da bandeira, metralhar petralhada, escancarar ódio e preconceito contra gays, lesbicas e trans, contra negros, índios e pobres que merecem ser castrados e comendo capim. 

O Antipetismo não é de hoje e digo, isso é muito mais que ataques a um partido; é antiesquerdismo, antisocialismo e antidemocracia, pois as elites já viram em suas pesquisas particulares que estão derrotados mais uma vez.


Não bastace atacam os paises vizinhos como Venezuela, Bolivia e Cuba.
Para refrescar a memória dos que não gostam da História,  a Venezuela vive golpes fascistas desde 2001. A Venezuela vive um boicote internacional comandado pelos Estados Unidos. A Venezuela depende em 95% do seu petróleo que saiu das mãos das elites entreguistas e passou ao Estado venezuelano (bolivariano). Grande empecilho para a geopolitica multinacional americana.


A Venezuela realizou eleições democráticas e o povo reelegeu Maduro e a grande maioria dos seus parlamento s e governos de províncias.


Os tratados latinoamericanos prezam pela autonomia dos seus paises e povos e como membros, devemos respeitar aquele povo e seu governo, participarmos de ajudas quando nos forem pedidas. Devemos condenar os boicotes e embargos americanos contra os povos.
A elite sem perspectiva e sem candidatos, enterrada no descredito social e pilitico, prende injustamente Lula, maior liderança popular da America e prefere o caminho do caos. 

O Amigo Joelson Oliveira escreveu algo muito forte, mas assustador e resume um fascista no poder: 

"Quando os gays da tua família forem assassinados nas ruas, teus amigos negros e indígenas forem desrespeitados, tua filha ou mulher estuprada na esquina e teu filho adolescente assassinado por um amigo armado na escola... não esqueça que a culpa foi toda tua, que apoiou e votou no ódio, no preconceito e na discriminação".

Portanto, não percamos o foco pois a luta é de classes. Por isso voto Guilherme Boulos e Sonia Guajajara 50 (PSOL, PCB, UP, MTST, MIDIA NINJA...). Digo mais, no Segundo Turno a luta continuará, pois derrotaremos os golpistas e fascitas com democracia e nas urnas. #elenão

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Propostas de Bolsonaro para a Educação

Por: Aparecida Alcântara

Atenção Professores!

Professores que votam em Bolsonaro,  precisam ficar atentos a três propostas dele que são nocivas a educação.
A primeira é a adoção do ensino fundamental a distância, que fechará milhares de postos de trabalho no Brasil, caso seja implementada.
A segunda é a não revogação da PEC do Teto (que ele votou favorável), congelando por 20 anos os investimentos em educação, impactando assim, diretamente no piso salarial e no plano nacional de educação.
A terceira é o PL 7180, que criminaliza o trabalho do professor e acaba com o pluralismo pedagógico no ambiente escolar.
Pesquisem sobre as propostas de seu candidato sobre educação e veja quais deles estão de fato comprometidos com o futuro do nosso país...#elenão.

OPINIÃO - projeto colabora

No caso de uma vitória de Jair Messias Bolsonaro, o que esperar do Brasil? Agostinho Vieira desenha o cenário de absoluto retrocesso: "Se ele tem o direito de dizer que não vai estuprar uma deputada porque ela não merece, e de chamar um reconhecido torturador de herói, o que esperar do guarda da esquina? Em um país onde o presidente usa o auxílio moradia para 'comer gente', conceitos como dignidade, igualdade e humanidade não fazem o menor sentido." #elenão #elenunca



segunda-feira, 1 de outubro de 2018

DILEMAS POLÍTICOS E PRESIDENCIAVEIS 2018

Por: Belarmino Mariano

Estamos diante de uma eleição presidencial atípica: um Cabo Darciolo (51) que usa a bíblia como arma. Um capitão do mal que morre de medo de debates, que elogia torturadores e usa arma e violência como discurso fascista. Um general que apoia ditadura e quer  detobar nossos direitos a 1/3 de ferias e 13" salário. Quatro ex-ministros de Lula que é um preso politico e, apenas 1 dos 4 lhe representa de fato (e olha que muitos ainda respiram por que Lula esta preso). 1 representante da República de Curitiba, com jeito de bom moço, mas morre de medo do Lula e do PT. Dois banqueiros com patrimônios em milhões, mas insistem que são bancários, querem privatizar tudo e entregar o Brazil aos financistas internacionais. Uma mulher do PSTU que a grande midia faz questão de esconder. Um Neto de Gulart, um Eymael como sempre, democrata cristão de mentiras. E, um lider popular e uma líder indígena e feminista. Eu prefiro esse último pois é nome de comida. Portanto prefiro Boulos, café, casa e Sonia Guajajara. Guilherme Boulos Psol.(50) PCB, MTST, UP, Mídia Ninja... Mas alerto os eleitores que existem os votos nulos e brancos. Estes permitem que outros descidam por você.
A saída é pela via democrática e pela esquerda de verdade. 50 de rombo.

O voto e o eleitor do fascismo

Por: Camylka Mohara

Pior que eu não acho que votar em Bolsonaro tem a ver com burrice, desculpa. Um pouco, sim. Mas é muito mais com maldade mesmo.
É nítido que esse cara não faz ideia de como se posicionar diante de muitos assuntos que competem à presidência da República. O histórico dele no exército brasileiro todo mundo sabe, ele foi expulso. EXPULSO, por má conduta lá dentro. A carreira política dele é completamente inoperante, quase 30 fucking anos ocupando cargo público, 2 ou 3 projetos aprovados, nenhuma atividade efetiva em prol da segurança do estado que ele representava, ou do país de um modo geral. (segurança essa que ele vive dizendo que vai repor ao povo brasileiro liberando o porte de armas e dando ao cidadão de bem o direito de se defender) ~cabe aqui também uma análise da figura do cidadão de bem brasileiro, cabe também uma análise das implicações de como se dá o uso de armas e as falhas que há nesse processo em se tratando de PROFISSIONAIS CAPACITADOS, dependendo da situação, imagine armar uma população inteira e de proporções imensas como a Brasileira~
Tem esse discursinho anticorrupção, mas se procurar direitinho a gente descobre que ele recebeu dinheiro de partido. Mais fajuto que nota de 3 reais.
É extremamente violento em se tratando de minorias como a comunidade lgbtq+, comunidades indígenas e quilombolas, a população negra do nosso país... (e lê-se minorias grupo de pessoas dentro da sociedade que têm/tiveram que lutar pra conquistar direitos que lhes deviam ser dados desde os primórdios, se formos falar de dignidade humana)
E juntando um pouquinho de cada uma dessas características, nós temos o macho alfa branco que não quer perder/ou quer reaver o direito à sua fala de soberania privilegiada. É daí que vem a popularidade dele, daí e só daí. Nós vivemos num país que é cheio de pessoas preconceituosas que estão incomodadas com a ascensão das classes que até pouco tempo eram suas subservientes. Mas devo dizer eu ainda tenho esperança em nós, muito mais depois das mobilizações que vem acontecendo pelo país inteiro e até fora dele.  #elenão #elejamais #elenunca

O Brasil não está dividido por um ParTido

Por: Thalyta Lima

Não, gente. O PT não dividiu o país e nem criou o mostro Bolsonaro como a mídia e alguns candidatos desesperados querem desenhar.
  A sociedade brasileira é que nunca superou a mentalidade machista e escravocrata herdada do colonialismo com sucesso geração após geração.
  Esse ódio e preconceito têm raízes bem mais profundas em nossa História. Ele só estava meio camuflado em milhares de lares brasileiros.
  Acontece que hoje, essa gente hipócrita  que nunca engoliu certas mudanças ao logo do tempo, possui um candidato que não tem nenhum pudor em demonstrar tudo isso abertamente. E, agora, finalmente, há quem se sinta por ele representado.
  O Brasil não está dividido por um partido. Isso é uma afirmação burra, simplista e apelativa. O Brasil está dividido pela desigualdade, violência, mesquinhez e falso moralismo que desembarcaram aqui junto com os baús, bíblias e espadas das caravelas.