terça-feira, 9 de outubro de 2018

Tentando dialogar com um bolsonarista


Por Belarmino Mariano

Tentando tabular uma conversa com quem insiste nas opiniões inquebráveis.
Eu quero um voo comercial promocional e a simplicidade de roupas limpas. 
Quero um descanso de minha alma em uma comunidade indígena do Alto Xingu. 
Quero um recanto de pobreza na favela da Maré, vender bolas de gude para crianças, enquanto observo traficantes nas esquinas da favela, negociando com milicianos e bicheiros a compra de votos para eleger fascistas. 
Nos filhos da liberdade vejo skates com as caveiras de jovens com tatuagens de dragões coloridos entrelaçados com signos do infinito. 
O mais psicodélico e louco é vê um amigo evangélico que antes tentava me convencer a ler a bíblia e aceitar Cristo como salvador, mas agora quer que eu vote em um anti-cristo.
Maneiro mesmo, deve tá rolando maconha estragada. Podemos sentar em qualquer lugar, mas quando a mesa estiver pronta essa arma vai disparar. 
Alguém quer uma gelada? Um chá de ervas? A primeira rodada é por minha conta.
Vai vê se estou lá na esquina. Pega leve cara, pois não quero nem chegar tão perto. Cruzar a fronteiras do caos me fez esquecer onde eu morava e quando acordei, percebi que havia dormido em uma lata de lixo. 
Em plena globalização do século XXI, percebi ter perdido as digitais de minha identidade. Os códigos de barra e o Bob esponja educaram essa geração.
Os caras conseguem vê o satanás na tampa de uma coca-cola, conseguem vê a besta fera na figura do pokemon ou o anticristo nos chifres de um unicórnio, mas um nazifascista ele chamam de o mito salvador. Fuiiii....

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