sábado, 25 de maio de 2019

Dia #30M em Guarabira


*#Dia30VaiSerMaior:* nossa tsunami em defesa da educação estará mais uma vez nas ruas na próxima *quinta-feira (30 de maio)*, *a partir das 15h*, *na Praça Lima e Moura,  em frente a Kiberg*, seguindo em caminhada pelo  Centro de Guarabira.
-
As entidades que estiveram no #15M estarão lá, mas não somente elas, mais pessoas estão chegando pra lembrar ao governo Bolsonaro que a sociedade está organizada e mobilizada contra os cortes na educação, contra a Reforma da Previdência, rumo à *Greve Geral em 14 de Junho.*
-
Ah, não esqueça de ir com a camisa do seu curso, congresso, simpósio, extensão ou pesquisa.

domingo, 19 de maio de 2019

Bolsonaro sabe a fórmula da água?

Texto de Hélio Messeder Neto - professor de química da UfBA

Eu duvido. A gente pode achar que saber a fórmula da água é repetir H.2.O. Pronto. Permita-me discordar do presidente

Saber a fórmula da água é conseguir olhar para essa representação e reconhecer que nela se encontra a partícula formadora de um recurso natural do planeta que não está disponível para todos. Tá sendo privatizado

É reconhecer que tem H2O na lágrima da mulher preta que chora por seu filho morto.E chorar junto com ela. E não aceitar. E lutar para mudar isso

É saber que o conjunto de moléculas de água que não chega no sertão tem relação com a falta de políticas publicas e não com os limites naturais que nós já fizemos recuar.

Saber a  fórmula da água é reconhecer que essa substância está presente na composição de uma porção de medicamentos que não chegam nos postos de saúde por falta de uma política que valorize o SUS

Saber a fórmula da água é saber que esse liquido corre nas nossas veias e compõe o sangue. Sangue derramado todo dia por uma galera que insiste em lutar

Caro Bolsonaro, quem sabia, de fato, a fórmula da água estava lá para lutar. Quem não sabia estava lutando pelo direito de saber. Lutava por uma educação que não ensina "apenas" a formula da água ou regra de três, mas a humanidade encarnada e as contradições em cada um desses conceitos

A gente sabe a fórmula da água. Mais do que você.Tem molécula H2O na saliva que a gente não consegue engolir quando gritamos:" A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador"

Eu não ensino meus alunos a recitarem H.2.O. Eu ensino o que essa representação significa para formar humanidade

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Para a família mais poderosa do Brasil, o governo Bolsonaro acabou


Por Rodrigo Vianna: Da Redação do Viomundo, em 16/05/2019 -

Para o jornalista e historiador Rodrigo Vianna, um editorial de O Globo demonstra que a família mais rica do Brasil decidiu rifar o governo Bolsonaro.

Nas manifestações do 15M, como já havia feito durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a TV Globo fez flashs das manifestações na TV aberta e “liberou” a Globonews  — ontem, inclusive, com a transmissão na íntegra de discursos de parlamentares do PT e do PCdoB na Câmara, Paulo Pimenta e Jandira Feghali.

Segundo o historiador, o editorial equivale a um Tchau, querido.

“Vai custar caro às elites desalojar do Planalto esse bando de desajustados. Leiam o editorial em que a família mais poderosa do país decreta o fim do governo”, aduziu o jornalista:

Um governo em que só a derrota interessa

Não passa um dia sem que a corte de Jair Bolsonaro cometa um atentado contra seu próprio patrimônio. A ação deletéria do círculo mais próximo do presidente é cruel, e em alguns casos, ridícula.

Já foram escritas algumas milhares de páginas gloriosas relatando graves e disruptivos equívocos históricos que ao longo dos tempos destruíram reis, imperadores, ditadores, presidentes.

Uma nova página está sendo escrita nestes dias no Brasil. Esta, porém, não tem uma gota sequer de glória. Ela é composta apenas por erros pernósticos e grosseiros.

Um elenco de erros que ultrapassa o limite do bom senso. O pacote de bobagens começou a ser oferecido já na posse, quando o filho mais mimado do presidente abancou-se no Rolls-Royce presidencial. Parecia uma coisa juvenil, sem maior importância.

Não era, como verificou-se em seguida, quando o menino demitiu o primeiro ministro do pai.

A partir daí, o país acompanhou atônito uma sequência de episódios capazes de arrasar qualquer reputação.

Aos poucos, a República do Tiro no Pé foi se consolidando no entorno do presidente e hoje está instalada de maneira inequívoca e soberana no Palácio do Planalto.

Dos eventos que tornam difícil o trabalho dos bombeiros de Brasília, o mais impressionante é o tratamento que o governo dá à educação.

Primeiro, nomeou um maluco desprovido de bom senso que iniciou sua breve jornada na Esplanada dizendo que brasileiro é um ladrão canibal quando viaja ao exterior.

Depois, indicou um sucessor mão de tesoura que anunciou um corte bilionário no orçamento das universidades em nome de um revanchismo cego e tolo.

Nem o mais leal bolsonarista consegue entender uma medida como esta, a menos que imagine estar assim nivelando o Brasil ao seu próprio patamar. E ache isso bom.

Na política externa, o governo tomou todos os atalhos que o manual do bom diplomata condena.

Na área ambiental, nadou e segue nadando contra a maré global.

Nem a China, país mais poluidor do mundo, foi tão longe no descaso com o meio ambiente.

Não vale a pena falar da senhora que viu Jesus numa goiabeira, nem do cavalheiro que comprou um laranjal em Minas, ambos ministros do governo Bolsonaro.

Melhor se concentrar na política. Em menos de cinco meses, Bolsonaro teve tantas indisposições nesse campo que já está tomando café frio. Não ganhou um embate importante no Congresso.

Depois de ver estraçalhada sua proposta de reforma administrativa na comissão criada para analisá-la, o governo experimentou uma derrota fragorosa ao tentar impedir que o ministro mão de tesoura fosse convocado para se explicar na Câmara.

Enquanto ele dava vexame no plenário, escolas ao redor do país pararam e foram às ruas em protesto contra o governo. Nem Temer no pior de seus dias foi tão mal.

Ao lado das questões graves, há outras patéticas. Imaginem dois líderes de partidos aliados recusando chamamento do presidente da República para irem ao Palácio conversar.

Os “famosos” Elmar Nascimento (DEM) e Arthur Lira (PP) agradeceram convite feito pelo líder deputado major Vitor Hugo (PSL) e não foram ouvir Bolsonaro.

Caso raríssimo na história da política nacional, o Centrão disse não ao governo. Logo o Centrão, que faz das tripas coração para estar sempre ao lado de quem dá as cartas e solta as verbas.

Além disso, os três filhos continuam azucrinando. O mais velho, o 01, teve seu sigilo bancário e fiscal quebrados e antes do fim do ano estará experimentando o calor abrasador do inferno, e incendiando o governo.

O mimado, o 02, agora está torpedeando os ministros Onyx, Moro e Guedes, porque não suporta nenhuma sombra maior que a sua ao lado do papai.

E, finalmente, o 03 disse que o Brasil deveria ter sua bomba atômica para ser levado mais a sério. Quem não pode ser levado a sério é o 03.

E, claro, o presidente pode sempre contar com a inestimável colaboração de Olavo de Carvalho, a cereja no topo do bolo.

Se os filhos afastam do pai os ministros políticos e técnicos, Olavo afugenta os militares.

O perigo do isolamento de Jair Bolsonaro é real.

Para quem faz tudo para parecer que somente a derrota interessa, o caminho para o fracasso não poderia estar mais aberto e desimpedido.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

*Nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sobre a Reforma da Previdência.*


*Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB e a PEC 06/2019: a retórica da reforma e a realidade da desigualdade social*

“O Senhor ilumina os cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos, O Senhor cuida dos migrantes, sustenta o órfão e a viúva, confunde o caminho dos ímpios” (Salmos, 146 8-9)

A iníqua proposta de reforma da Previdência feita pelo Governo Federal, em tramitação na Câmara dos Deputados, é contra os interesses dos segurados e benéfica para empresas e para o sistema financeiro.

Os elogios à proposta divulgados pelos meios de comunicação não são verdadeiros quando dizem que esta Reforma é necessária para o país sair da crise econômica e que sem ela o atual modelo de seguridade social vai quebrar em pouco tempo. Isto é uma falsidade para angariar o nosso apoio. A verdade é outra. A reforma correta de que a Previdência precisa é exatamente o contrário desta que estão propondo.

Esta reforma da Previdência, tem que ser firmemente denunciada, pois é a mais injusta e a mais cruel tentativa de demolição dos direitos dos trabalhadores e segurados, garantidos na Constituição Federal. Se ela vier a ser aprovada, aqueles que hoje dependem do INSS e os que dele vierem a precisar amanhã, estarão sujeitos a se transformarem em indigentes, como já acontece em todos os países em que esta falsa reforma foi feita, como é o caso do Chile.

Ao contrário do que apregoam seus defensores, a proposta de emenda à Constituição nº 06/2019, “quebra” as contas públicas e aumenta as desigualdades. Quase todo o valor de 1 trilhão de reais, que segundo eles vai ser gerado, será retirado dos setores mais vulneráveis. Não apresentaram nenhum cálculo que comprovasse esta poupança, esconderam os estudos feitos.

A causa do chamado “déficit da previdência”, é, na verdade, decorrente dos desvios dos recursos da DRU, “Desvinculação de Receitas da União” e das injustificáveis dispensas de pagamento dos impostos, “desonerações”, sem as devidas contrapartidas sociais e decorrem ainda das milionárias dívidas das empresas para com o INSS que não são devidamente cobradas.

Diferentemente do que insinuam, a Previdência Social, que nas últimas décadas tornou-se um potente instrumento de diminuição das desigualdades e motor da “economia social”, eis que fortalece as economias locais, como tem sido reconhecido em estudos e em depoimentos de prefeitos e governadores, principalmente dos municípios menos desenvolvidos.

A PEC 06/2019 cria, sem nenhum fundamento, regras perversas de transição, obrigam os trabalhadores a contribuírem por muito mais tempo e, aqueles poucos que conseguirem se aposentar, receberão proventos menores do que os que hoje recebem. É uma verdadeira “quebra de contrato”.

As mulheres, os trabalhadores rurais, os idosos, os deficientes e os aposentados por invalidez serão penalizados pela malandragem de cálculos financeiros e pela esperteza contábil de tal reforma. Os homens e mulheres contribuintes deixam de ser pessoas e são transformados em números, servindo aos interesses do “mercado”, isto é, de uma economia desumana.

O Papa Francisco, ao refletir sobre a situação atual dos excluídos, principalmente idosos afirmou: “Em uma civilização em que não há lugar para os idosos ou são descartados porque criam problemas, esta sociedade leva consigo o vírus da morte”.

Assim como venderam a ilusão de que com a terceirização (lei nº 13.429/2017), a aniquilação dos direitos trabalhistas, a PEC 95, os empregos, os salários e os investimentos privados voltariam, agora renovam as vãs promessas para aprovação desta reforma.

Ledo engano. O que se repete a cada crise, é o contrário: a fortuna dos ricos aumenta, na mesma medida em que aumenta a pobreza dos pobres. Essa repudiável realidade é usada para se alegar que a suposta crise, artificialmente gerada, para ser vencida, exige de “todos” muitos sacrifícios. Mas todos sabemos que quem paga no final a conta, são os mais desvalidos. As melhorias prometidas não chegam nunca. De crise em crise, quem lucra são os insaciáveis interesses financeiros.

A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, reunida em Sessão Ordinária nos dias 26 e 27 de abril, cumpre seu dever de se colocar ao lado das forças sociais que defendem os interesses dos trabalhadores e segurados que resistem para impedir a retirada “dos pobres do orçamento e da Constituição”. Isto é a luta para impedir que se enfie o dinheiro dos impostos no bolso de poucos abastados.

A Seguridade Social é um direito do cidadão e um dever do Estado, um projeto de nação e não um negócio de compra e venda!

A histórica manifestação unitária das centrais sindicais de 1º de maio teve a nossa solidariedade e queremos compartilhar de novas iniciativas que almejem impedir o desmonte da Previdência pública como maior conquista do povo brasileiro.

Brasília, 06 de maio de 2019
Carlos Moura
Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB.

sábado, 11 de maio de 2019

LISTA DE UNIVERSIDADES EM LUTA CONTRA OS CORTES!

Imagem extraída da https://aduepb.com.br/2019/05/06/15-de-maio-greve-nacional-da-educacao/

Bolsonaro mexeu com fogo ao aplicar este corte generalizado na educação. Estudantes, funcionários e professores das universidades, institutos e redes de ensino em todo o país estão entrando em luta, que cresce como uma maré. Dia 15 de maio será paralisação nacional para derrubar os cortes e a reforma da Previdência! Só a radicalidade, greves, piquetes e paralisações em todas as instituições são capazes de derrotar o governo e derrubar o ministro!
Veja a lista de universidades e categorias que já decidiram parar dia 15, ou que estão se mobilizando pelas assembleias de base:

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Belíssima carta ao Lula...


Pai Rodney de Oxóssi*

Presidente Lula,
Venho trazer-te um abraço de minha mãe e minhas tias. Gente simples, suas eleitoras, que sofreram e ainda sofrem com as injustiças dessa vida. São mulheres negras, que conheceram as privações, as dores, as perdas. Mulheres marcadas pelas estatísticas mais perversas. Que criaram seus filhos sem pais, que os perderam antes que completassem 20 anos. Mulheres que carregaram sacolas pesadas nas filas das detenções, que foram condenadas a viver sozinhas. Mulheres guerreiras, que lutaram muito pelo simples direito de existir. Sou filho de todas elas, sou um sobrevivente.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Bolsonaro e seu projeto de governo

Imagem extraída das redes sociais.
Por Belarmino Mariano
Escutamos muitos dizendo que Bolsonaro não tem projeto de governo, que é um louco e possui uma equipe de desvairados. Mas isso é falso, um erro de interpretação ou uma visão apressada de um governo que se encontra em apenas três meses de aplicação.