Por: Marcelo Barros, monge beneditino.
Há um provérbio turco que diz: “As noites são grávidas, mas ninguém sabe o dia que delas nascerá”. Dizer que, atualmente no Brasil, vivemos uma noite escura e prolongada é algo evidente. Falar de que essa noite é grávida de algo novo pode ser, ao contrário, um ato de fé. Certamente, todas as pessoas que amam a paz e querem o bem para o Brasil mantêm ainda a esperança de que a Democracia possa vencer e posamos superar a tragédia maior nesse segundo turno das eleições. Apesar de ser uma luta desigual, marcada por tantos sinais de que lutamos contra um mundo de poder e dinheiro e lutamos como minoria abraâmica, temos esperança. No entanto, todos sabemos que a maioria do povo desinformado está mergulhado nessa onda terrível de intolerância e ódio que permitiu chegarmos aonde estamos hoje. E para quem é cristão, essas eleições estão revelando mais do que tudo que nossas Igrejas, ou seja, muitos de seus ministros e grupos religiosos optaram pelo pior e estão influenciando o povo a votar contra si mesmo.
Por isso, mesmo que essa noite traga no dia 28, a madrugada da vitória para a Democracia, trará também já na segunda-feira, 29, um desafio imenso para nós todos. Será preciso assumir o fato de que a sociedade dividida continuará sendo manipulada pelos meios de comunicação e dominada por uma ditadura do Judiciário que terá de conviver com um governo legítimo e justo, mas frágil diante de um Estado em ruínas. E não contaremos com o apoio e a força das Igrejas cristãs, já que essas também estão respirando um Cristianismo doente que aprisionou o próprio Deus na gaiola de um Cristofascismo violento e uma espiritualidade baseada no desamor.
É uma esperança ver no zap diversos grupos de ministros e de fieis que se posicionaram de forma justa e aberta contra o Fascismo. Tomara que eles todos percebam que para acabar com a doença temos de combater o vírus ou bactéria responsável pela doença . Não basta atacar os sintomas. Temos de ir até as causas. No caso das Igrejas, o modo de compreender a fé, a Moral e o ministério do padre ou bispo é que está por trás disso. Ao combater os escândalos morais que estão ferindo a Igreja, o papa Francisco tem afirmado que por trás de tudo o maior culpado é o Clericalismo. Estou convencido de que nesse caso que vivemos também. Ou deslegitimamos o Clericalismo ainda avalizado pela doutrina oficial, pelo direito canônico e pelo modo como a maioria dos bispos e padres compreendem o seu ministério, ou não conseguiremos vencer o monstro que ameaça a evangelicidade da nossa fé e da vida das Igrejas.
Pessoalmente, estou convencido de que a novidade que essa noite grávida vai gerar é a necessidade de “círculos de resistência e de profecia comunitária na Igreja e no mundo”. Como na Alemanha nazista, vamos ter que organizar a resistência e tomar posições cada vez mais claras por tudo o que de humano e sustentável está em jogo. Em nome da fé e em nome da humanidade.
Por isso, mesmo que essa noite traga no dia 28, a madrugada da vitória para a Democracia, trará também já na segunda-feira, 29, um desafio imenso para nós todos. Será preciso assumir o fato de que a sociedade dividida continuará sendo manipulada pelos meios de comunicação e dominada por uma ditadura do Judiciário que terá de conviver com um governo legítimo e justo, mas frágil diante de um Estado em ruínas. E não contaremos com o apoio e a força das Igrejas cristãs, já que essas também estão respirando um Cristianismo doente que aprisionou o próprio Deus na gaiola de um Cristofascismo violento e uma espiritualidade baseada no desamor.
É uma esperança ver no zap diversos grupos de ministros e de fieis que se posicionaram de forma justa e aberta contra o Fascismo. Tomara que eles todos percebam que para acabar com a doença temos de combater o vírus ou bactéria responsável pela doença . Não basta atacar os sintomas. Temos de ir até as causas. No caso das Igrejas, o modo de compreender a fé, a Moral e o ministério do padre ou bispo é que está por trás disso. Ao combater os escândalos morais que estão ferindo a Igreja, o papa Francisco tem afirmado que por trás de tudo o maior culpado é o Clericalismo. Estou convencido de que nesse caso que vivemos também. Ou deslegitimamos o Clericalismo ainda avalizado pela doutrina oficial, pelo direito canônico e pelo modo como a maioria dos bispos e padres compreendem o seu ministério, ou não conseguiremos vencer o monstro que ameaça a evangelicidade da nossa fé e da vida das Igrejas.
Pessoalmente, estou convencido de que a novidade que essa noite grávida vai gerar é a necessidade de “círculos de resistência e de profecia comunitária na Igreja e no mundo”. Como na Alemanha nazista, vamos ter que organizar a resistência e tomar posições cada vez mais claras por tudo o que de humano e sustentável está em jogo. Em nome da fé e em nome da humanidade.
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