sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Guarabira da Depressão: Canal do Juá, 12 milhões de reais em total abandono


Fotos do face de Jose Alves de Andrade (Juca) outubro de 2015.

Por: José Alves de Andrade (Juca vigilante do Nordeste) e Belarmino Mariano Neto

Recebi na manha de hoje essas imagens em putrefação, vidas do canal do Juá, riacho Jacaré que limita dos bairros do Nordeste, Nossa Senhora Aparecida e o Juá. Juca Vigilante do Nordeste, foi orientado pelos moradores para denunciar essa situação. 
Se voltássemos no tempo diríamos que ai estão enterrados quase 12 milhões de reais, da época da Prefeita Léa Toscano (PSDB). Recursos provenientes do Ministério do Meio Ambiente do então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC do PSDB). Também no período em que o governador era o Sr. Cássio Cunha Lima (CCL do PSDB). Todos estavam nas mais importantes instâncias do poder, em seus três níveis.
O grande primeiro problema. Essa obra é um erro ambiental sem precedente na história de Guarabira. Obras como essas só foram executadas nos anos de 1960, época em que as preocupações ecológicas ainda não eram tão grandes. Se a gente for em Campina Grande veremos vários desses canais, feitos por engenheiros, sem a minima preocupação ambiental.
O deveria ter sido feito: 
1) Diminuição o  assoreamento do leito do riacho Jacaré/Juá e fazer um pequeno aprofundamento em seu leito para que ele retomasse o seu estado de natureza;
2) Era para ter sido feito uma limpeza geral do riacho, para que a água pudesse escorrer livremente pelo leito do rio;
3) Implantar em uma faixa de 15 a 20 metros de afastamento do leito principal, a tubulação de esgoto dos bairros do entorno, em parceria com a CAGEPA e com o governo do Estado da Paraíba, que era aliado da prefeita e co-responsável pelas áreas de bacias hidrográficas;
4) Era para ter sido feita a recuperação da mata ciliar que já existiu nessa região, com a plantação de muda de plantas nativas (jurema, juá, espinheiro, Pau D´arco, jatobá, ingá, marmeleiro, além de frutíferas (cajueiro, jambeiro, jaqueira, mangueira, pitombeira, oliveira), para atrair meninos e animais ao ambiente;
5) Era para ter sido definido um trajeto de trilhas unicamente para transeuntes e ciclistas, para que pudessem fazer caminhadas e pedaladas. Na medida em que as árvores fossem crescendo, poderiam ser instalados locais com banquinhos e mesas em concreto, para que as famílias pudessem fazer pique-niques ou passar as manhãs de feriados e finais de semanas com a família curtindo a natureza.
6) O local era para ter sido transformado em um parque ecológico, um corredor ambiental que aumentaria o verde da cidade, melhorava o clima local e embelezava a nossa cidade com efeitos puramente naturais.

O canal hoje é um problema ambiental

Erro grave foi o que fizeram com essa obra. Escavaram o leito do rio, em seguida concretaram o leito, depois fizeram paredões. Na sequência fizeram vias de calçamento para automóveis. a prefeita Fátima Paulino e Josa da Padaria (PMDB), já encontraram a obra de concreto pronta. Aí tentaram implantar uma pracinha, mas essa foi completamente abandonada pelo atual prefeito Zenóbio Toscano, que também deixou o canal e as suas vias de acesso quase que intransitáveis, por dois motivos: a buraqueira e a escuridão, além da insuportável fedentina. 

                    

Em um trecho bem próximo da pracinha abandonada o atual prefeito instalou uma "Academia da Saúde", muito boa por sinal, mas ninguém consegue se exercitar pois é obrigado a respirar um ar podre, uma fedentina insuportável, pois fica claro que existem restos de esgoto doméstico escorrendo para dentro do canal a céu aberto. 
Muitas famílias, por falta de espaço para caminhadas, são obrigadas a fazer seus exercícios matinais e as tardes, tendo que respirar essa podridão. Durante a noite, poucos são os que se arriscam em passar pelo canal, pois a iluminação é insuficiente, não existe segurança e o calor do dia, parece que aumenta ou fermenta ainda mais esse caldo de água contaminada que escorre pelo canal.

                 
Esta é um obra da esposa do atual prefeito, com recursos públicos federais liberados no governo FHC, ambos do PSDB e que agora esta completamente abandonado pelo atual prefeito, também do PSDB. Estes são os governos que criticam Dilma e o PT, que criticam o governo do Estado Ricardo Coutinho (PSB), mais estão fazendo muito pior. A pergunta que não nos deixa calar: 12 milhões, basicamente em cimento, ferro, brita e paralelepípedo?

Veja Vídeo: Canal do Juá abandonado

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