Por: Belarmino Mariano Neto e Diego Irineu Pessoa
O Portal brasilelpaís.com, postou no dia 17 de outubro essa assustadora pirâmide da pobreza x riqueza orquestrada pelo modo de produção capitalista em escala mundial. Aproveitamos para uma breve
reflexão sobre a atual crise instalada no mundo capitalista, com reflexos
diretas para o Brasil, que vive um governo de coalizão entre o PT, PMDB e mais uma dezena de partidos burgueses, conservadores e de direita, completamente mergulhado em uma crise política, alimentada pela corrupção e manobras anticonstitucionais e antidemocráticas.
O Brasil pode ser considerado um país de grandes fortunas nas mãos de 1%, enquanto a grande maioria dos brasileiros, são obrigados a amargar todo tipo de "má sorte" em relação as turbulências econômicas provocadas pelos interesses do capital internacional.
A
questão central aqui é pensarmos que o Estado burguês como um dos braços fortes
do modo de produção capitalista, atua regulando através de suas políticas macroeconômicas,
taxas de juros, impostos e negociações internacionais que garantam uma
maximização dos lucros para suas empresas, sistema financeiro mundial e
acumulação desigual, combinada e globalizada como bem afirma o geógrafo
brasileiro Milton Santos, na sua obra “Por outra Globalização” (Editora Record,
2001).
A
reflexão dessa imagem piramidal deve ser diretamente relacionada ao atual momento em que
vive o Brasil, onde o governo adota políticas nitidamente neoliberais, com o
Ministro Joaquim Levy, com total anuência da presidente Dilma Rousseff, impondo pesadas taxas de juros, elevados aumentos nos serviços essenciais, como energia,
combustíveis, água, passagens, etc. O governo tenta atacar a tal crise
internacional, cortando programas essências para as populações pobres, retirando os recursos da saúde e educação por exemplo.
O
governo penaliza principalmente os trabalhadores dos serviços públicos, com
arrocho salarial e se nega a cumprir os preceitos constitucionais de reposição
salarial por perdas decorrentes de processos inflacionários. Isso afeta em
efeito cascata, servidores dos três entes federativos: municípios, estados e a própria união. Estamos acompanhando os gritantes desrespeitos dos governos as datas
bases e a negativa na reposição salarial das populações mais pobres.
Essa pirâmide
reflete muito bem a realidade brasileira, pois os mais ricos e que estão no ápice
da pirâmide, são os que mais sonegam impostos e os que menos pagam impostos em
nosso país. As grandes fortunas e os gigantescos patrimônios em capital de
algumas famílias e ou grupos econômicos brasileiros, estão em um verdadeiro paraíso fiscal, pois as leias são falhas, os governos são corruptíveis
e em muitos casos corruptores. Nada mais exemplar do que o envolvimento de
partidos políticos, empresários e estatais brasileiras, a exemplo da Petrobrás,
que servia para um esquema bilionário de compra e venda de licitações e de
desvio direto de dinheiro público, servindo de enriquecimento ilícito, financiamento
de campanhas político-partidárias de grandes partidos como o PSDB, PT e PMDB,
entre outros.
Nesse
atual momento, vale a pena refletirmos sobre essa pirâmide mundial, em que, o
sistema capitalista, funciona de modo desigual e combinado, fazendo com que perdure
a pobreza quase que absoluta em todos os continentes do mundo, enquanto uma
minoria passa imune, vivendo maravilhosamente bem, em seus castelos e mansões,
esbanjando e ostentando os frutos do trabalho coletivo.
Fonte: http://elpais.com/elpais/2015/10/13/media/1444754300_420807.html
Essa pirâmide analisada de baixo para cima, representa que 71% da população mundial, fica com apenas 3% de toda a riqueza produzida coletivamente. Se somar com a segunda base da pirâmide, veremos que 92% da população do mundo vive com apenas 15,5% de toda a riqueza. Enquanto isso, apenas 8% dos riquíssimos, concentram 84,5% das riquezas do mundo.
Na atualidade, bilhões de jovens em todo mundo, vivem sem escola e sem trabalho. Na América Latina, mais de 50% dos nossos jovens estão trabalhando em alguma atividade informal. Esse modelo destrói as esperanças e leva as famílias aos piores indicadores de vida.
De acordo com o brasilelpaís.com/brasil, “2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial. continue lendo >>>>>>> EL País Brasil
Mas antes, veja o reflexo disso tudo em imagens:
Fontes:
Imagens: andressaemarcelablog.blogspot.com
Imagens: blog.clickgratis.com.br
Imagens: dialogospoliticos.wordpress.com
SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização. SP/RJ, 2001.
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O Principal problema da economia brasileira
ResponderExcluirO principal problema da economia brasileira é a crescente concentração da renda produzida por todos. logo, não precisamos, num primeiro momento, nos preocupar com o crescimento da economia, com o PIB, mas como encontrar caminhos para melhorar a divisão da riqueza produzida, já somos a (7a) sétima economia do mundo. O que fazer para encontrar estes caminhos? Constituir uma Assembleia Nacional formada da forma mais democrática possível para discutir com a sociedade um novo projeto de País para o Brasil, após o que seria elaborada e votada uma nova Constituição Federal.
Eu apoio este projeto e você? Então, se apoia compartilhe!!!
Campina Grande, PB, em 21/10/2015.
Ozéas Jordao (ozeasjordao@gmail.com)
Olá Ozéas Jordão, muito boa essa sua reflexão. Concordo e ainda acrescento que estamos dentro de um pacto federativo que não é respeitado, pela UNIÃO que é o principal ente. Assim os estados e municípios ficam prejudicados pela macroeconomia e pelas políticas adotadas pelo governo federal. O bolo não é divido de maneira equânime.
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