Por Belarmino Mariano Neto
Hoje, 17/03/2016, tivemos o melhor exemplo do que afirmou o ex-membro e fundador histórico do PSB, Roberto Amaral, ao afirmar que o PSB havia decaído ideologicamente. Pois o Partido chegou ao extremo de assumir um papel exclusivamente delegado aos partidos de extrema direita, ou seja tentar confrontar os poderes constituídos, ao ponto de provocar o judiciário do Distrito Federal a interferir na nomeação e posse do ex-presidente Lula para Ministro da Casa Civil.
De acordo com o portal Cenário MT (17/03) "O PSB protocolou no Supremo Tribunal Federal na manhã desta quinta-feira (17) uma ação contra a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil, marcada pelo governo para 10h. O documento do PSB é uma Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, com pedido de liminar (decisão provisória), que pede o cancelamento do termo de posse de Lula, publicado nesta quarta-feira (16) no "Diário Oficial".
De acordo com o Portal Tijolaço "o juiz Itagiba Catta Pretta Neto, deu a liminar suspendendo a posse de Lula na Casa Civil do Governo Dilma, em exatos 28 segundos desde que recebeu os autos conclusos para decidir; "Um deferimento de liminar com esta repercussão e sobre um assunto absolutamente subjetivo – o de conter eventual desvio de finalidade no ato presidencial – em menos de um minuto?"
Luiza Erundina e Roberto Amaral saíram do PSB no dia 10 de março, exatamente pelo completo desvio ideológico do partido. Erundina veio para o PSOL, mantendo sua posição de esquerda democrática. Veja o que disse o companheiro e histórico re-fundador do PSB, Roberto Amaral: "decaído ideologicamente, o PSB se alia aos projeto elitista, agora também golpista, que sempre combatera (...). "O Partido que ajudei a refundar-se em 1985 era o PSB herdeiro da Esquerda Democrática, fundado em 1947 por João Mangabeira para empunhar a bandeira do socialismo com liberdade" (Revista Carta Capital, 10/03/2012).
O blog Ficha Corrida fez alguns trocadilhos com as siglas e símbolos de partidos como o PS(D)B, conforme a imagem de abertura dessa artigo, e se fizermos um pequeno levantamentos das posições políticas do partido em alguns estados brasileiros, veremos que o partido optou por alianças tipicamente do campo da direita e das elites dominantes. São Paulo é o maior exemplo de alianças do PSB e PSDB, Minas Gerais e quem não se lembra da celebre aliança do PSB/PSDB/DEM aqui na Paraíba. Com Ricardo Coutinho, Cássio Cunha Lima e Efraim Morais de braços dados por toda a Paraíba.
Mesmo com o rompimento posterior, o atual governador Ricardo Coutinho aprendeu muito bem o receituário do neoliberalismo tucano, passando a estruturar uma velha política que beneficia empreiteiras, com obras de preços estranhos, contratos precários de trabalhos, milhares de codificados, arrocho salarial, fechamento de escolas, desrespeito aos direitos dos servidores com medidas de congelamento de salários, congelamento de gratificações e de ascensões funcionais.
Essa experiência de alianças teve seu ponto alto com o segundo turno das eleições presidenciais de 2014, em que o PSB, aliado com Marina Silva (Rede), escolheram apoiar o tucano Aécio Neves, ignorando todas as suas políticas neoliberalistas e todas as denúncias de corrupção das quais, Neves estaria diretamente envolvido. Nesse momento o PSB se encontrava completamente dividido, entre os interesses de compor um governo neoliberal com o PSDB, enquanto em alguns estados, governos completamente dependentes de partidos como o PT para ganhar as eleições e brigados com a ala tucana local, resolveram apoiar Dilma.
Terminadas as eleições presidenciais, o PSB excluiu seus dirigentes descontentes das instâncias de direção partidária ao exemplo do histórico Roberto do Amaral e Luiza Erundina, além de Glauber Braga, que era deputado Federal pelo Rio de Janeiro. Sob forte pressão e opção da direção nacional do PSB em integrar a base de oposição de direita, comandada pelo PSDB, DEM e PPS, os companheiros Glauber e Erundina escolheram sair do PSB e integrar a bancada do PSOL.
Outra forte mancada de descontrole ideológico do PSB foi a tentativa de fusão com o PPS, partido completamente comprometido com as políticas e estratégias neoliberais do PSDB. Essa fusão partidária gerou uma forte crise interna, pois em vários estados, coma a Paraíba, as duas siglas eram inimigas políticas. O PSB, apesar de ter ampliado o seu número de deputados federais e estaduais, além de governadores e prefeitos entres os anos de 2012 e 2014, nos esta dando a entender que o quantitativo não correspondeu ao qualitativo, quando se trata de manutenção dos seus princípios elementares como o socialismo, com democracia e liberdade. Haja visto que sua direção nacional se desviou completamente para os braços do jogo de poder e interesses golpistas que estão sendo tramados por partidos aliados como PSDB, DEM, PSB e PPS, entre outros como grande ala do PMDB.
Fonte: blogdolevanyjunior.com
Se fossemos entender essa guinada para o campo da direita conservadora e elites locais dominantes, chegar a região de Guarabira, em que o PSB se aliou em vários municípios com o PSDB, com destaque para Guarabira. Aqui entre 2009 e 2013 houve uma forte aliança entre o grupo político do atual prefeito Zenóbio Toscano e o grupo de Ricardo Coutinho (PSB), nessa trupe entraram o DEM, PSD, PTB e uma reca de partidos nanicos. Essa aliança, criou as condições para eleger Ricardo Governador, Cássio Senador e Zenóbio Prefeito de Guarabira.
Dessa aliança estabelecida em nível estadual, para Guarabira ficou um saldo de mistura ideológica sem tamanho, principalmente depois do rompimento político, pois um bancada de vereadores e aliados do DEM, PSD, PTN, PSB, e PDT, além de membros do PSDB, entre outros, passara a ser aliados diretos do governador do PSB. Em nível local e como Guarabira é uma cidade polo, concentra muitas das regionais em Guarabira e estes espaços de poder se tornaram cabides de empregos dos aliados da direita. Hoje o grupo Girassol se coloca com uma novidade na política, mais seus membros são predominantemente praticantes da velha político do "é dando que se recebe" ou do "toma lá dá cá".
Essa foi uma aliança puramente eleitoreira e completamente descomprometida dos interesses da sociedade e do direito dos servidores. O esquema da velha política de troca de cargos e de uso da máquina pública como cabide de emprego, se tornou a máxima do governo Ricardo Coutinho. Na Paraíba inteira se comentava que mais de 60% dos cargos e órgãos estaduais eram comandados por pessoas aliadas de Cássio, As regionais eram todas controladas por pessoas da confiança do Senador.
Mesmo com o rompimento posterior, o atual governador Ricardo Coutinho aprendeu muito bem o receituário do neoliberalismo tucano, passando a estruturar uma velha política que beneficia empreiteiras, com obras de preços estranhos, contratos precários de trabalhos, milhares de codificados, arrocho salarial, fechamento de escolas, desrespeito aos direitos dos servidores com medidas de congelamento de salários, congelamento de gratificações e de ascensões funcionais.
Essa experiência de alianças teve seu ponto alto com o segundo turno das eleições presidenciais de 2014, em que o PSB, aliado com Marina Silva (Rede), escolheram apoiar o tucano Aécio Neves, ignorando todas as suas políticas neoliberalistas e todas as denúncias de corrupção das quais, Neves estaria diretamente envolvido. Nesse momento o PSB se encontrava completamente dividido, entre os interesses de compor um governo neoliberal com o PSDB, enquanto em alguns estados, governos completamente dependentes de partidos como o PT para ganhar as eleições e brigados com a ala tucana local, resolveram apoiar Dilma.
Terminadas as eleições presidenciais, o PSB excluiu seus dirigentes descontentes das instâncias de direção partidária ao exemplo do histórico Roberto do Amaral e Luiza Erundina, além de Glauber Braga, que era deputado Federal pelo Rio de Janeiro. Sob forte pressão e opção da direção nacional do PSB em integrar a base de oposição de direita, comandada pelo PSDB, DEM e PPS, os companheiros Glauber e Erundina escolheram sair do PSB e integrar a bancada do PSOL.
Outra forte mancada de descontrole ideológico do PSB foi a tentativa de fusão com o PPS, partido completamente comprometido com as políticas e estratégias neoliberais do PSDB. Essa fusão partidária gerou uma forte crise interna, pois em vários estados, coma a Paraíba, as duas siglas eram inimigas políticas. O PSB, apesar de ter ampliado o seu número de deputados federais e estaduais, além de governadores e prefeitos entres os anos de 2012 e 2014, nos esta dando a entender que o quantitativo não correspondeu ao qualitativo, quando se trata de manutenção dos seus princípios elementares como o socialismo, com democracia e liberdade. Haja visto que sua direção nacional se desviou completamente para os braços do jogo de poder e interesses golpistas que estão sendo tramados por partidos aliados como PSDB, DEM, PSB e PPS, entre outros como grande ala do PMDB.
Fonte: blogdolevanyjunior.com
Se fossemos entender essa guinada para o campo da direita conservadora e elites locais dominantes, chegar a região de Guarabira, em que o PSB se aliou em vários municípios com o PSDB, com destaque para Guarabira. Aqui entre 2009 e 2013 houve uma forte aliança entre o grupo político do atual prefeito Zenóbio Toscano e o grupo de Ricardo Coutinho (PSB), nessa trupe entraram o DEM, PSD, PTB e uma reca de partidos nanicos. Essa aliança, criou as condições para eleger Ricardo Governador, Cássio Senador e Zenóbio Prefeito de Guarabira.
Dessa aliança estabelecida em nível estadual, para Guarabira ficou um saldo de mistura ideológica sem tamanho, principalmente depois do rompimento político, pois um bancada de vereadores e aliados do DEM, PSD, PTN, PSB, e PDT, além de membros do PSDB, entre outros, passara a ser aliados diretos do governador do PSB. Em nível local e como Guarabira é uma cidade polo, concentra muitas das regionais em Guarabira e estes espaços de poder se tornaram cabides de empregos dos aliados da direita. Hoje o grupo Girassol se coloca com uma novidade na política, mais seus membros são predominantemente praticantes da velha político do "é dando que se recebe" ou do "toma lá dá cá".
Essa foi uma aliança puramente eleitoreira e completamente descomprometida dos interesses da sociedade e do direito dos servidores. O esquema da velha política de troca de cargos e de uso da máquina pública como cabide de emprego, se tornou a máxima do governo Ricardo Coutinho. Na Paraíba inteira se comentava que mais de 60% dos cargos e órgãos estaduais eram comandados por pessoas aliadas de Cássio, As regionais eram todas controladas por pessoas da confiança do Senador.
Essa aliança entre tucanos e girassóis como é conhecido o grupo do PSB, durou mais de três anos e só terminou porque o Senador Cássio e seus aliados romperam, achando que poderiam derrotar o atual governador e foram para um embate político eleitoral em 2014. Para o governador Ricardo a aliança com a direita continuaria sem problemas, tanto é que manteve a aliança com o DEM e dezenas de outros partidos que em tese eram leias ao Senador Cássio, mas preferiram continuar com o governador para garantir seus cargos e suas fatias políticas no governo.
com esse modelo político de práticas puramente fisiologistas, com o uso e abuso das estruturas de governo, o que temos é um partido que aos seus mais de 70 anos, com origens nas esquerdas democráticas, com inserção nos movimentos sociais, a exemplo da luta pela terra através das Ligas Camponesas, com as fortes perseguições contra os seus militantes em período da Ditadura Militar, agora prefere seguir os interesses ideológicos de partidos neoliberais a exemplo do PSDB. Levando o partido para dentro das entranhas da direita conservadora e golpista.
Fonte:
https://fichacorrida.files.wordpress.com/2014/06/psb-do-b.jpg
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/03/17/psb-vai-ao-supremo-para-anular-posse-de-lula/?from_rss=None
blogdolevanyjunior.com
http://guarabira50graus.blogspot.com.br/2016/03/imagens-do-golpe-direita-tem-passe.html
http://www.cartacapital.com.br/blogs/cartas-da-esplanada/roberto-amaral-segue-erundina-e-deixa-o-psb
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