terça-feira, 29 de março de 2016

BRICS, PRÉ-SAL E TENTATIVAS DE GOLPE NO PAÍS DO FUTEBOL



Fonte: Imagem extraída do Instituto Ciência Hoje, Uol, 2012. Chefes de Estado e de governo dos BRICS reunidos em junho de 2012 no México. Segundo Gustavo Ribeiro, é preciso incorporar uma forte agenda de justiça social no bloco. (foto: Roberto Stuckert Filho/PR – CC BY-SA 2.0)
Por: Belarmino Mariano (Prof. de Geopolítica da UEPB/CH)

Em plena era do capitalismo veloz que circula em um tempo @ com bolsas de valores que não dão mais conta das tantas cambalhotas das frações de segundos em que se perde ou se ganha bilhões ou trilhos de dólares. Os países, os governos e as grandes corporações já entenderam que a crise do sistema é constante e cumulativa. As regras humanitárias, a ética protestante ou até mesmo a ideia de soberania nacional são completamente engolidas pelo "mundo louco" da mega-lucratividade (MARIANO NETO, 2001). 

O Brasil que já é totalmente domado pela lógica combinada e desigual do neoliberalismo transnacional, nos colocando na mesma condição em que já vivemos por mais de 500 anos (SANTOS, 2001), ou seja: colônia de exploração, império submisso aos britânicos, Nação dependente do capital internacional, República agro-exportadora agro-industrial que se tornou potência emergente dentro da submundialização globalizada. Vive momentos paradoxais, pois conseguiu fazer descobertas energéticas extremamente potentes como o Pré-Sal e entre os governos Lula e Dilma, ampliou suas ações econômicas internacionais, com a criação de um novo bloco econômico fora do eixo de interesses americanos do Norte.


Junte-se a isso, um país que por 500 anos era governado por elites conservadoras, preconceituosas e entreguistas. Nesse momento, temos um dos mais retrógrados e entreguistas congressos nacionais da história das repúblicas brasileiras. Completando a cena, mas de 80% dos congressistas estão diretamente envolvidos em situações de corrupção, sejam membros do governo ou membros da oposição de direita. Em meio a constante crise econômica mundial, o país vive uma das suas piores crises políticas, alimentadas pelo ódio, pelo atraso e pela nítida guerrilha jurídico-político-midiática de extrema direita. Querem dar um golpe branco contra o Estado Democrático de Direito, este orquestrado por partidos como o PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSD e PSB, entre outros.

O pior é vermos as manobras do Vice-Presidente Michel Temer (PMDB), do Presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e Presidente do Senado Renan Calheiro (PMDB), articulando com a extrema direita o loteamento do estado, pois golpe e uma formação ministerial capaz de oferecer ao capital internacional através de um programa anteriormente construído, intitulado "Uma Ponte para o Futuro", as condições políticas adequadas para que o imperialismo capitalista se apodere de nossa soberania nacional, através dos programas de privatizações de setores estratégicos, terciarização das relações de trabalhos, golpe nos nossos direitos previdenciários, desmantelamento dos nossos sistemas públicos de saúde, educação e moradia.

Neste golpe estão os constantes ataques a Constituição de 1988, em que dezenas de Comissões, tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado, estão alterando as leis, direitos e garantias constitucionais que eram benéficas a sociedade, em especial direitos que protegiam as classes mais pobres do nosso país. Completando o Golpe, querem extrair o legítimo poder de governar da presidenta eleita Dilma Rousseff, bem como encobrir os esquemas de corrupção nos quais estão envolvidos quase todos os deputados e senadores, que foram beneficiados pelo Petrolão que originou a operação Lava-Jato. 

O golpe vai para além da elite brasileira, será uma entrega aos interesses do grande capital. Vejam que estão boicotando o BRICS - Acordo Internacional entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Esse bloco econômico entre duas ou três décadas superará o dólar e o Euro. Com o Pré-Sal o Brasil deixará de ser uma potência regional e se tornará, talvez a maior potência energética do Planeta - Isso não interessa as grandes potência e se aproveitam de sua crise econômica, alimentando uma crise político-jurídico-midiática contra a Democracia brasileira. 

Os partidos de esquerda criaram um movimento intitulado "Povo sem medo", em que se precisa reagir ao golpe e apresentar um Plano B contra a direita, as elites e o capitalismo predatório. De acordo com os organizadores, como Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a saída é pela esquerda! com uma profunda reforma política, econômica, jurídica, tributária e federalista. É preciso mudar o jogo dos tributos para proporcionar maior cobrança para as grandes fortunas, por exemplo, a re-estatização de setores estratégicos da economia brasileira, e a adoção de políticas públicas voltadas para os trabalhadores. Não podemos admitir que o sistema de concessões públicas para os meios de comunicações seja o mesmo com mais de 40 anos, quando houve uma verdadeira revolução das comunicações, pois o que temos é um sistema de concessões públicas nas mãos de uma elite golpista.

Temos que ter um país comprometido e alinhado a outras forças econômicas internacionais. Para Claudio Raza (2008), o B do BRICS é do Brasil, que sozinho não irá muito longe dentro da selva do capitalismo monopolista, mas a união entre esses países, que são considerados emergentes por economistas liberais e neoliberais, poderão em menos de uma década ultrapassar toda a economia Americana, em duas décadas ultrapassar as economias americanas e britânicas e em quatro décadas poderão ultrapassar as seis maiores economias do mundo, incluindo aí: USA, Inglaterra, Alemanha, Japão, França e Itália. Raza deixa claro que esse bloco foi gestado a partir de 2002, quando o governo Lula estava começando seu primeiro governo.


Raza (2008) argumenta que o BRICS não é um bloco político, militar, como é a Organização Tratado do Atlântico Norte (OTAN), nem um bloco econômico aos moldes do Acordo de Livre Comércio das Américas (Alca) ou do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), onde o Estados Unidos da América é o país líder e beneficiado pela sua moeda mais forte. Os tratados econômicos do BRICS alimenta a ideia de equidade entre os países para que todos ganhem igualmente com seus movimentos econômicos, sem que o bloco atrapalhe as demais relações econômicas de cada país em suas regiões de orgiem.

Em relação ao Pré-Sal, vejam alguns exemplos da elevação na produção de Petróleo brasileiro depois do Pré-Sal, em artigo produzido por Fernando Brito em 12//10/2015. Esses dados são evitados pela grande mídia, que preferem dizer que a Petrobrás encontra-se quebrada, devido ao escândalo da "Lava-Jato". Mas, em 30 meses o Pré-Sal já triplicou a produção petrolífera, chegando a produzir bem mais do que o previsto para os primeiros anos de extração.


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Fonte: Extraído do Tijolaço, em 12/10/2015 

A geopolítica e a geoestratégia dos mega-blocos econômicos aponta para países como o Brasil, um cenário positivo de controle da direita aos moldes dos Estados Unidos da América, pois o Brasil é rico em recursos naturais, recursos de solo e água (energéticos/petroquímicos), mão-de-obra qualificada e semi-qualificada de baixo preço, além de uma máquina estatal estratégica que precisa ser desmontada em nome de programas neoliberais de privatização generalizada. O Brasil é um excelente exemplo de potência regional com pouco poder bélico e com governos subservientes aos interesses neoliberais.


Ainda em 2011, João Paulo Moraes faz uma excelente análise do potencial geoestratégico e de garantia da soberania energética que o Pré-Sal poderá representará para o Brasil, se este adotar uma política correta de aproveitamento de toda a cadeia petroquímica, ao invés da exportação do petróleo cru. Mas isso precisa ser feito por um governo que compreenda a importância da socioeconômica dessa valiosidade natural. Se governos neoliberais assumirem o país mais uma vez, todo esse potencial poderá ser jogado na "lata do lixo" para o aproveitamento direto do grande capital.


Se fossemos pensar os avanços de governos de esquerda na América Latina, estaríamos vendo as dificuldades americanas para controlar as economias nesses países. Teremos bons exemplos, mesmo considerando que nem todos os países citados tem ou tiveram governos totalmente de esquerda. Mas alguns países como: Cuba, Venezuela, Chile, Bolívia, Brasil, Uruguai e Argentina, são bons exemplos, mesmo que na parcialidade, entre assumir o poder e manter programas de governos próximos das bandeiras ideológicas do socialismo real. Alguns governos nos citados países incomodaram por demais, as políticas e geoestratégias Norte-Americanas para o continente, pois os EUA preferem governos que adotem políticas afinadas diretamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).


A Jornalista argentina, Stella Calloni (dez/2011), deu uma importante entrevista para o Portal Molina Curitiba, em que ela analisou a interferência direta dos EUA na geopolítica para as Américas, em especial para a América Latina. Seu resgate histórico adentra a Doutrina Monroe, "América para os americanos" e que hoje teria pretensões  ainda maiores de "O mundo para os americanos". Nesse sentido o BRICS incomoda em muito as geoestratégias políticas e econômicas dos EUA. A descoberta do Pré-Sal também preocupa essa potência capitalista, pois o Brasil finalmente poderá ter sua soberania energética garantida, além de acesso ao mercado internacional com exportadora de petróleo e derivados.


Calloni (2011) faz todo um resgate das ações americana, ora silenciosas ora efetivadas com ações bem nítidas dos EUA, passando pela interferência na Colômbia que originou o Canal do Panamá, passando pelas ditaduras militares até chegarmos aos dias atuais, como por exemplo, a tentativa frustada de golpe na Venezuela em 2001, tudo orquestrado pelas mídias de direita com manipulação de interesses do Pentágono. Os EUA só esqueceram de combinar com o povo Venezuelano que reagiu ao golpe e foi as ruas, restituindo a democracia e o governo de Hugo Chaves.


Calloni (2011) falou de uma Guerra Midiática e se observarmos no Brasil as ações de revistas, jornais e emissoras de TV nacionais como: Veja, Isto É, Época, Folha de São Paulo, Estadão, Rede Globo, SBT entre outros meios de comunicação que orquestram um modelo econômico, cultural, político e social americanizado, passando pela massificação do Inglês, da música, do pensamento, dos hábitos alimentares, das marcas e nos momentos políticos mais agudos, com um choque constante de manipulação midiática da opinião pública. Inventam heróis políticos e tentam destruir os heróis do imaginário popular. Tudo em uma guerra silenciosa pela manutenção de governos leais aos interesses imperialistas.


Na atualidade e com forte ajuda de grande parte da bancada do PMDB, notamos movimentos estranhos de tentativa de golpe contra a democracia brasileira. O Golpe tem inicialmente um caráter político-jurídico-midiático, mas nas entrelinhas vemos a mascara do neoliberalismo estrangeiro, caindo e contribuindo para esse fim. Vejam que em grande parte, existe no escandaloso esquema da "Lava-Jato", um esquema de corrupção que nasceu dentro do próprio EUA, o que dará aos americanos a possibilidade de intervir geo estrategicamente  no problema que envolveu a Petrobras, com empresas petrolíferas americanas.


Podemos falar sobre geoestratégias para o golpe que se delineia. Esse é um golpe de Direita, articulado pelas elites nacionais no poder, de interesse direto para o grande capital, que controla a grande mídia e aquece os tambores para uma violenta exploração dos trabalhadores do Brasil e do mundo. A lógica será de arrocho salarial, crise controlada por dependência econômica e financeira, tanto dos estados, quanto das pessoas, fragmentadas em suas dívidas bancárias, facilitadas em seus cartões de créditos. Homens corruptos e sem vibra ética moral nos empurram para uma crise política que se agrava com a crise energética, a crise de superabastecimento e aumento da concentração de riquezas nas mãos das elites dominantes.


Quado digo homens sem fibra ética e moral, não me refiro a qualquer homem. Expresso aqui, pelo menos três em cada um desses grandes partidos, pelo menos três em cada um do poder legislativo federal, executivo e judiciário; pelo menos três nas grandes corporações econômicas; pelo menos três das federações de Industria, Comércio, agentes financeiros, Assim temos mais de uma centena de grandes líderes nacionais, que tramam esse golpe. Não se trata de um golpe contra uma mulher chamada Dilma Rousseff (PT) e um ex-presidente que veio da classe operária e sindical. O golpe ao qual nos referimos é contra a Democracia, aquela que nos inspira ao ideal de liberdade e de respeito ao povo. 


O Brasil que em quase 500 anos sempre foi governado pelas elites dominantes, e quando uma outra ideologia diferente do que defende as elites, se aproximou do poder central, as elites tramaram golpes e se colocaram em marcha para esse tipo de artificio autoritário e covarde. Logo para o Brasil e sua economia pujante e suas grandes riquezas nacionais, incluídas aí a riqueza cultural do povo. 


Até no mundo do Futebol os EUA tentaram usar da sua geoestratégia. Quem lembra da Copa do Mundo em 2014 que ocorreu no Brasil? Logo em seguida os EUA interviram diretamente na FIFA, usando como argumento o envolvimento de empresas americanas em esquemas de corrupção dentro da FIFA e das Federações de Futebol da America do Norte e Central. A Copa do mundo no Brasil, movimentou bilhões de reais, licitações frouxas e grande esquema de corrupção na construção ou reforma de estádios de futebol ou na construção de equipamentos urbanos para facilitar a recepção de turistas aos estados onde ocorreriam os jogos da copa.


O mundo todo se perguntou: Qual o interesse dos Estados Unidos em intervir diretamente na FIFA, através do FBI e com o apoio direto das agencias de segurança da Suíça? Outras questões podem nortear essa analise geográfica de perspectiva geoestratégica. O mundo encurta sua expectativa temporal e fica demonstrado claramente que os megaeventos internacionais estão se tornando um grande negócio em curto e médio prazo. Então em 2018 teremos a Copa do Mundo na Rússia e em 2022 será a Copa do Mundo do Qatar. Então temos quase uma década pela frente, em que trilhões de dólares correram para territórios que não estão na escala de interesses norte-americanos. Diga-se de passagem, temos de um lado o mundo árabe e do outro, resquícios do sonho socialista que marcou profundamente a “Guerra Fria” e a velha ordem Geopolítica. Esse é o desenho de fato, esquadrinhado pelos dirigentes da FIFA e que estrategicamente desagradou os Estados Unidos, que começou a se interessar pelo mundo do futebol.

A bola escolhida para provocar uma crise nesse mundo futebolístico foi exatamente o que melhor caracteriza seus dirigentes maiores. A corrupção, os contratos bilionários, as compras de liberações, os negócios escusos cotidianamente praticado nesse mundo do futebol e ao qual ficamos conhecendo mais diretamente, pois o Brasil foi sede da ultima copa do mundo. O Brasil deu exemplo de que corrupção na organização da copa foi escandalizada em todos os pontos cardeais desse país. Para a realização da copa do mundo no Brasil, foram alteradas até leis na Constituição; foram abertas as porteiras dos negócios e as regras do jogo da corrupção facilitadas.

Os movimentos sociais foram às ruas e protestaram contra esse jogo sujo, dizem até que houve interferência de grupos organizados patrocinados para expor uma violência nas ruas. A gente ainda fica se perguntando, se de fato houve conspiração contra a Copa no Brasil? Se havia o dedo dos Americanos para provocar um fiasco de evento. Ficou claro que havia dois grupos nas ruas. Aquele historicamente reconhecido como de esquerda e que lutavam contra a corrupção, contra as obras faraônicas da copa, enquanto faltava saúde, educação e segurança para o povo; e havia também um grupo de direita que orquestrava uma campanha contra o governo petista que ao lado da CBF e da FIFA organizavam a dita copa. Não há dúvidas de que, em meio às manifestações, surgiu uma onda de violência orquestrada, não se sabe por quem, uma espécie de tumulto e violência para além do tolerável, meio que tentando, através do vandalismo, melar o grande evento mundial. A mando e a serviço de quem?

O site da BBC destaca que os norte-americanos se apaixonaram pelo futebol e pela Copa do Mundo no Brasil e este foi o segundo pais que mais comprou ingressos e veio ao Brasil. Mas as audiências da Copa foram altíssimas em todo o país. O site ainda falou sobre a dança dos milhões de dólares que foram movimentados para retransmissão de futebol nos Estados Unidos, nas duas ultimas copas do mundo e faz previsões para os anos de 2018 e 2022, nesse mercado bilionário, talvez os norte-americanos estejam acordando para as perdas que já tiveram até agora, enquanto o povo americano começa a se deleitar com uma paixão há muito tempo vivida pelos brasileiros.

Assim como no mundo do futebol, uma situação semelhante se dá no campo da política e dos governos que querem dominar o país. Em que os grandes partidos, estão profundamente envolvidos em corrupção, envolvendo instituições públicas estatais e empreiteiras que compram agentes governamentais para ganharem licitações de gigantescas obras do governo federal, em diferentes setores como o petroquímico, hidrelétrico, rodoviário, entre outros. 
Controlar esse gigantesco estado brasileiro, seja na esfera dos poderes executivo, judiciário e legislativo é o que os grandes grupos partidários lutam para garantir. Nesse processo unem forças com grandes empresas brasileiras e até estrangeiras. Quebrar com esse potencial estatal em nome da iniciativa privada é o maior proposito dos partidos de direita, para isso contam com ajudas significativas, tanto dentro do país, quanto externas. Para isso, não existe nenhuma preocupação com os princípios democráticos dentro de um estado de direito. 

A força organizada do povo, compreendida pela organização política dos movimentos sociais, comprometidas com os interesses deveras democráticos e com a defesa e o respeito a soberania nacional, podem evitar que oportunistas e aventureiros das elites dominantes sirvam de avalistas de golpes e/ou da entrega de nossa economias aos ditames internacionais do capitalismo monopolista.

Fonte:


LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2009.

MARIANO NETO, Belarmino. Ecologia e Imaginário: Memória Cultural, Natural e Submundialização. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2001.
SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização - do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro - São Paulo: Editora Record, 2001.
Memorial da Ditadura, Jan/1984 <http://memoriasdaditadura.org.br/linha-do-tempo/diretas-ja/>
http://www.cronicon.net/
http://molinacuritiba.blogspot.com.br/2011/12/entrevista-com-com-escritora-e.html
http://www.cartacapital.com.br/politica/coordenador-da-fup-o-pre-sal-e-o-tsunami-na-geopolitica-do-petroleo
http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/09/brics-a-geopolitica-de-um-mundo-novo
http://olharesgeograficos.blogs.sapo.pt/geopolitica-americana-nas-entranhas-da-9962

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