segunda-feira, 3 de outubro de 2022

2º Turno - Democracia Popular X Fascistas Milicianos

Imagem campanha Lula Oficial 2022.

Por Belarmino Mariano

Falta um Ciclo Lunar, estamos aos 28 dias de uma luta entre os milicianos e democratas. Muitos não gostam de usar o termo fascistas para indicar o grupo de extrema direita que se apoderou do governo federal. As práticas e ações desse desgoverno são fascistas sim. Usam a religião, os meios de comunicação e a violência para instilar o medo na sociedade.
Grupos armados paramilitares e milicianos, mancomunados com criminosos e constantemente ameaçam as instituições publicas em todos os níveis.
Usam as brechas da democracia para incutir na sociedade brasileira o que existe de pior no imaginário social, como o artifício do golpe militar e a imposição pela força, dos valores e preconceitos, contra negros, mulheres, LGBTQIA+ e, principalmente contra os pobres, pois governam para as elites ou burgueses.
Lula nunca ganhou uma eleição no primeiro turno, pois os grandes meios de comunicação forçam a corda para tentarem estrangular qualquer candidato popular ou força de esquerda que se aproxima do poder.
A declaração da candidata a presidente Simone Tebet (MDB) foi curta e grossa, ficará do lado da democracia e do povo, recado para os partidos que lhe apoiaram no primeiro turno. Essa esse recado também vale para candidato Ciro Gomes (PDT), que ainda não entendeu o recado das urnas, colocando Lula com 58 milhões de votos (48,43%), como o candidato mais bem votado da histórica eleitoral do Brasil.
Mesmo assim, as ameaças fascistas milicianas rondam a nossa democracia, inclusive com muitos políticos de sua base eleitos governadores, senadores e deputados, agora, continuam a falar em fraude eleitoral para presidente da república, o último voto da urna e que, que a votação de cada eleitor só é computada quando todos os votos são executados pelo eleitor.
Os partidos ditos de esquerda, acabam por apostar em aventuras regionais e locais, sem considerar as análises conjunturais das superestruturas de poder. Mora da história, um Ciro Gomes, levou o PDT, um histórico partido de lutas em defesa da democracia, para servir ao projeto ultra neoliberal da extrema-direita. Agora fala que ficou preocupado com os rumos do Brasil.
O reposicionamento político de Ciro, conclamado por todos os grupos democráticos desse país teria evitado essa brecha de oportunidades para os milicianos, que no segundo turno, vão querer tumultuar os resultados das eleições.
Mas em minhas criticas, não quero poupar a extrema esquerda (PCB, PSTU, UP) pois, sabendo das regras eleitorais desse país, fica claro que não conseguem expor seus projetos políticos, pois a clausula dos cinco parlamentares no congresso, os impedem de participar de debates em escala nacional.
Vejam o erro grave em querer lançar candidaturas próprias, mesmo que válidas. Do nada, aos 45 minutos do primeiro turno, aparece um padre falso ou laranja (PTB) que tem cinco parlamentares, e propagada sua ideologia de extrema direita, com sucesso.
A Esquerda gasta energia política e freia ou impede sua aguerrida militância revolucionária, quando tenta atuar em eleições burguesas como se existisse algum tipo de equidade entre as forças. Não há, o jogo é sujo e duro.
Temos o Lula (13), um candidato popular, surgido da classe operária e das massas proletárias desse país. Objeto clara das contradições de classes, mas comprovadamente, capaz de ameaçar parcialmente essa elite, mas, o que a extrema esquerda faz? Se isola e vira peixe miúdo.
Ou seja, urge que esses grupos repensem suas estratégias para o futuro, do contrário, serão tão pequenos e isolados, quanto a esquerda dos Estados Unidos, pois em séculos, os partidos marxistas americanos, não ultrapassam os 1% do coeficiente eleitoral. Esse isolamento da esquerda norte-americana sufocou o movimento sindical e não apresentou nenhuma alternativa revolucionária de fato.
Alguns criticam o PSOL e a sua aproximação política com o PT, Rede, PV, PCdoB e PSB, por um lado, bem como em disputas locais, fortalecendo o campo da extrema esquerda com a UP e PCB. O resultado disso é a ampliação da bancada da esquerda nacional. E URGENTE uma frente de esquerda para lutar contra o fascismo miliciano, declaradamente instalado em nosso país.
Governos Democráticos e Populares, são o mínimo que conseguiremos em tempos azedos e ruins como o que estamos vivendo. Mas a Unidade Popular, precisa ser construída com base na realidade ou seja, no Materialismo Histórico e Dialético, do contrário, estaremos fadados ao fracasso, pois nossas cerras, martelos e bigornas não conseguem moldar as peças das transformações.
Por falta de estratégias e táticas políticas pautadas pelas as análises corretas das conjunturas políticas do presente, responderemos com o fracasso em nossos propósitos de libertação do proletariado.
Também temos que os quatro pilares de uma decisão política, considerando a educação, o nível social das pessoas, o poder econômico, o controle ideológico da mídia, fundamentais para alterar um resultado ou os rumos políticos de um pais:
1. Educação - O baixo nível educacional é a melhor maneira de manipulação política, principalmente com uso de notícias falsas e com o estimulo ao medo.
2. Nível Social - Quanto mais pobre for a pessoa, mais será submetida politicamente, sendo manipulada em troca de migalhas, então as populações pobres serão usadas pela compra de votos, alterando o resultado de uma eleição em benefício de candidatos da elite dominante.
3. Poder Econômico - O preço de uma eleição sai muito caro, então as elites dominantes, buscam controlar todos os níveis de poder, para retirar os devidos proveitos econômicos, assim, eles não gastam seus próprios recursos e manipulam orçamentos públicos em seu favor.
4. Ideologia e Mídia - Os meios de comunicação e as redes sociais que em sua maioria, são controladas pelas elites dominantes, temos um discurso político que beneficia os interesses políticos dessas mesmas elites.
Atualmente a grande mídia faz análises as mais diversas, tentando naturalizar resultados absurdos, principalmente de políticos golpistas, vigaristas, ladrões, corruptos, entre outros adjetivos. A mídia agora passou a usar o termo votos dos CONSERVADORES que elegeram estes políticos bandidos. O termo conservador esconde golpistas, fascistas, neonazistas, milicianos, juízes parciais, religiosos corruptos, ex-ministros/as criminosos/as.
Por tanto, não se surpreenda com os resultados políticos das eleições em 2022, principalmente para os cargos de senadores, deputados federais e estaduais. O poder econômico, elegeu as maiores bancadas em todo o Brasil, usando o baixo índice educacional da população, comprando votos como quem compra alface na feira e impondo sua ideologia perpassada por notícias falsas que se propagam mais rápido que qualquer verdade.
Quando olhamos para o resultado das eleições de alguns governadores, senadores, deputados federais e estaduais, apesar do pequeno avanço de forças progressistas e de esquerda, notamos um profundo retrocesso, em especial no Congresso Nacional, que ficou parecendo uma casa de horrores, diante de deputados e senadores que se elegeram com muito dinheiro do fundão partidário e do orçamento secreto, o que poderá dificultar ainda mais a defesa dos direitos da classe trabalhadora desse país.
Mas existe um fator de incerteza, em especial, quando a força popular consegue ser canalizada em torno de alguma liderança carismática e sensível aos anseios populares. Nesse caso, historicamente temos a figura do Presidente Lula (13) que, apesar de todas as perseguições, surpreendentemente, atingiu 57 milhões de votos, agora no dia 02 de outubro, a maior votação já atingida por um candidato a presidência da república brasileira.
No poderemos ultrapassar os 63 milhões de votos, só depende de nós.

Antes tarde do que nunca, uni-vos e avante, Com Lula presidente em 30 de outubro de 2022.

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