Existe um ditado popular sofisticado que diz: "não podemos contar com o ovo na cloaca da galinha", quem melhor sabe disso é o empresário do ramo da avicultura, que em Guarabira é um forte setor.
o mesmo vale para uma partida de futebol, para a política e para as pessoas que estão esperando um benefício financeiro, nada de contar com o que ainda não tem. Só é gol quando o juiz confirma e só pode dizer que ganhou quando a partida acabou.
O político só pode dizer que ganhou, quando o último voto for computador e acabar com as chances matemáticas de vitória do adversário.
Mas alguns políticos e seus correligionários, sempre tentam criar uma onda que já ganhou e, às vezes, nem é o candidato em si, mas os babões e puxa-sacos de plantão.
Em muitos casos, as disputas eleitorais nem começaram, nem as chapas estão inscritas, mas já tem gente fazendo apostas, bradando aos quatro cantos que fulano está garantido.
Nos bastidores da política guarabirense, alguns grupos políticos já estão dando a vitória como certa. Um dos nomes mais citados como vitória garantida é a pré-candidata Léa Toscano, que saiu do PSDB e foi para o União Brasil.
Pesquisando o quadro político de Guarabira, Léa já disputou quatro eleições para prefeita, tendo sido derrotada duas vezes, a primeira para Jáder Pimentel (PDT), entre 1993 a 1996, por 95 votos e a segunda para Fátima Paulino, que foi prefeita entre (2005 e 2012), pelo PMDB. Talvez, na época, as vitórias eram dadas como certas.
Depois foi eleita e reeleita (1997 a 2004), pelo PMDB, tendo derrotado o médico Aluísio Paredes e depois Beto Meirelles (PFL). Vale ressaltar que nas duas vitórias, Léa contou com o apoio do grupo Paulino, que na época ainda não era rompido com os Toscanos.
Em 2001, ainda no cargo de prefeita, rompeu com o PMDB e se filiou ao PSDB. Esse rompimento impacta a política de Guarabira até os dias atuais, com a grande rivalidade entre os Paulinos e Toscanos e talvez, um dos motivos do nosso grande atraso municipal.
Na disputa de 2008, Léa perdeu a eleição para Fátima Paulino (PMDB), que obteve uma vitória esmagadora com quase 1.280 votos de vantagem.
Léa vai para sua quinta disputa de prefeita e, aos 74 anos, já passou por quatro partidos (PMDB, PSDB, PSB e agora União Brasil). Foi deputada estadual (PSB), mas antes mesmo de terminar o mandato rompeu relações com o partido.
Atualmente é Secretária do atual prefeito Marcos Diogo, que tem um elevado índice de rejeição e reprovação em sua gestão, pois Guarabira vive uma profunda depressão administrativa, para não dizermos caótica ao quadrado.
O grupo Toscano está no poder político de Guarabira há quase 22 anos (1983/1988; 1997/2000; 2001/2004 e 2013/2016, 2017 a 2020), destes, estarão completando os últimos 12 anos seguidos no poder, pois com o falecimento de Zenóbio, Marcos Diogo, apoiado por Léa e Camila Toscano, deram continuidade a administração de Guarabira.
Entre Zenóbio e Léa, com 22 anos de poder, é a família com mais mandatos políticos em Guarabira e isso é uma prática tipicamente oligarca, em que um grupo se encastela no poder a todo custo.
A família Toscano ultrapassou a família Pimentel, que obteve 20 anos de mandatos (maioria como interventores). O grupo Toscano, já ultrapassou a família Paulino, que contou com 12 anos no controle da prefeitura guarabirense.
Para concluir, sigo com outro ditado popular, "quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro". Parece que a sede de poder é tão grande, que ninguém quer largar "o osso" ou o controle das contas do município. Porque será?
A realidade política e a história política são muito importantes, para quem desconhece os fatos vai uma dica, só cante vitória depois das urnas apuradas e decretado o vitorioso.
O povo de Guarabira, principalmente aquelas pessoas que ficam caladas, que não botam bandeira para ninguém, podem estar cansadas, estão observando, estão vendo tudo e em toda política, sempre temos alguns surpresas.
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Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais (Jornal da Paraíba).
Fontes:
Blog de Martinho Alves, Portal da PMG, Portal Mídia, Fato a Fato e Guarabira 50 Graus.
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