Foto Belarmino Mariano. Imagem de engenho em madeira. Museu de Dona Inês/PB. |
Por: Belarmino Mariano Neto
Será que o conceito de oligarquia
ainda se aplica aos dias atuais? É o que vamos analisar a partir de uma
realidade objetiva, o município de Guarabira, considerando seu legado político
e administrativo dos últimos 70 anos. Será que existiram e/ou ainda existem oligarquias
em Guarabira? Como a região é permeada pelo mundo rural, será que as
oligarquias rurais deram a base para que novas oligarquias se instalassem no
poder, reproduzindo novas relações?
Primeiramente vamos dizer de qual
lugar estamos tratando nesse artigo. Em pesquisas realizadas sob minha
orientação, a acadêmica de
Geografia, CLAUDETE PEREIRA DO NASCIMENTO, realizou duas pesquisas que se
complementam, entre a graduação e pós-graduação pela UEPB, entre os anos de
2006 a 2009, sobre a dimensão territorial de Guarabira em sua microrregião e os
recortes espaciais que representaram desmembramentos, fragmentações e novas
municipalidades.
O foco com a pesquisa, também abarcou
o “mito geográfico” de que Guarabira em sua microrregião estivesse localizada
no Brejo paraibano, um erro que é propagado há décadas e por que não dizer, há
séculos, inclusive pelos meios de comunicação. Nesse ponto, começamos a dizer
que Guarabira, nunca foi e nem será Brejo.
De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE, 2000), o município de Guarabira/PB está situado
em uma área de transição na Depressão Sublitorânea do Agreste paraibano, entre a
Serra da Borborema e os tabuleiros litorâneos, com altitude média de 98 metros , com
altimetrias superiores a 200 m. do nível do mar.
É nessa região serrana, com vales e depressões
que iremos discorrer sobre o conceito de oligarquias, considerando o Dicionário
Formal em que o termo possui uma classificação morfossintática: substantivo,
feminino singular,
Oligarquia:
Significa, literalmente, governo de poucos. No entanto, como aristocracia
significa, também, governo de poucos - porém, os melhores -, tem-se, por oligarquia,
o governo de poucos em benefício próprio, com amparo na riqueza pecuniária. As oligarquias
são grupos sociais formados por aqueles que detêm o domínio da cultura, da
política e da economia de um país, e que exercem esse domínio no atendimento de
seus próprios interesses e em detrimento das necessidades das massas populares
(http://www.dicionarioinformal.com.br/oligarquia/).
Vera
Texeira Soares (1979), publicou uma importante obra, intitulada Coronelismo e Oligarquias,
analisando o período de instalação da primeira República (1889 a 1934). Nesse
caso, vale destacar que foi um período em que regiões e localidades municipais,
tinham seus administradores escolhidos por indicação dos governadores, e
recebiam uma nomeação como “intendentes”, com poderes até certo modo, de
caráter militarista e administrativo. Esse período ficou conhecido como a era
dos coronéis. Quem eram eles? As figuras de poder, que respondiam pelos
interesses do seu grupo político. Como eram grandes proprietários rurais, com
latifúndios que em muitos ultrapassavam áreas territoriais, às vezes maiores do
que um único município, estes eram revestidos de um poder, quase que ilimitado.
Quando em
suas terras existiam atividades econômicas de manufatura ao exemplo de
engenhos, ou eram grandes fazendas de gado, ou produção de monoculturas como a
cana-de-açúcar, algodão ou agave, estes grandes proprietários, conseguiam
interferir politicamente em toda uma região, influenciando diretamente em uma
escala macro política estadual e até em nível nacional. Nesse período eram
comuns os esquemas de compra de voto, voto de cabresto e todo tipo de corrupção
e repressão extremamente antidemocrática, contra as forças políticas de
esquerda que se colocassem na contra hegemonia do sistema oligárquico.
Fonte: |
Abro um
parêntese para memorias dos meus irmãos mais velhos, José Belarmino e Raul
Belarmino, eles contam uma história interessante: quando meus pais (já
falecidos) viviam no Vale do Pajeú, em Pernambuco, meu pai Mariano Belarmino analfabeto,
minha mãe Gessi Costa, alfabetizada nas primeiras séries, apenas ela podia
votar. Morávamos em terra alheia e tínhamos por obrigação (voto de cabresto)
votar nos candidatos do dono da terra. Depois da eleição, meu pai foi intimado
à fazenda, pois o proprietário ficou sabendo que minha mãe havia votado noutro
candidato. O fazendeiro questionou meu pai e ele disse que a sua esposa havia
votado no candidato que ela achava melhor e que ele não se metia em quem ela
votava. Então o latifundiário, deu um prazo para meus pais saírem de suas
terras. Ele deixou o chão com uma boa plantação de milho, feijão e teve que
retirar as poucas cabeças de gado e rebanho pequeno de cabras.
Esse
comentário reflete a exata política das oligarquias rurais em todo o Brasil e
no Nordeste, além do “voto de cabresto”, as pessoas viviam reféns de um espaço
controlado pelos latifundiários e nas cidades, os grupos políticos eram também
atrelados aos fazendeiros locais. Impedindo que outas forças de esquerda
ganhassem espaço na cena política. Será que ainda existe esse tipo de relação
nos dias atuais? Como muitas pessoas passaram a viver em cidades, sem emprego
para todos, com boa parte dos cargos públicos controlados pelos grupos
políticos e a falta de concursos públicos, os contratos de trabalhos em serviço
público, são um novo tipo de “cabresto político”, em que, para se conseguir
algum contrato, se é obrigado a assumir os interesses políticos daquele grupo
que esta no poder.
AS OLIGARQUIAS NA PARAÍBA E EM GUARABIRA
Se considerarmos as devidas
escalas espaciais, e teóricos como Michel Foucault, em Microfísica
do Poder (1982), mesmo que o autor não trate diretamente da questão, mesmo assim veremos
que as oligarquias estão estruturadas nos estados e municípios que compões a
estrutura territorial do Brasil. No caso de Guarabira a situação se aplica
facilmente. Pois existem modelos exemplares de famílias que durante décadas se
revezam no poder político local, controlando as estruturas de poder para si e
para os seus mais próximos, em que a prefeitura é um exemplo do “panoptico”, de onde os oligarcas
controlam a tudo e a todos.
Temos importantes
historiadores como Cleodon Coelho (1975) e Moacir Camelo de Mello (1999), que
tratam diretamente da História de Guarabira, mas existem muitas lacunas, quanto
às questões de disputa e controle oligárquico das famílias locais, ressaltando
muito mais o papel de valorização dos fundadores da cidade, sem uma preocupação
com os interesses políticos e as disputas de poder, dentro de uma lógica
elitista e conservadora de valores. De maneira que um leitor desavisado, pode
construir uma ideia falsa da realidade histórica da fundação e desenvolvimento
local.
Historiadores mais atuais, como Martinho Alves e o
professor Josias, tentam em seus blogs e até em livros, reconstituir a história
de Guarabira, em alguns casos elencando novos indícios de atuação políticas de
alguns grupos, em Martinho Alves, faz um resgate biográfico patriarca Antônio
Roberto Paulino. Já o historiador, José Octavio de Arruda Melo (1994, 1993 e
1997), consegue em suas diferentes obras, discutir as questões urbanas e dos
grupos familiares que se reversavam no poder, inclusive em Guarabira e região.
Vale
salientar que o modelo colonial brasileiro foi fundamentado historicamente para
que esse sistema oligárquico se tornasse a base de controle dos espaços de
poder, de cultura, economia, justiça e, dos meios de comunicações, quase que
hereditariamente, tendo sofrido pequenas alterações entre o colonialismo de
exploração, imperialismo regimental (monarquia) e períodos republicanos. Nesse
ultimo, foi colocado um pouco de fermento da ideia de “democracia torpe”,
balizada pelo poderio econômico de algumas famílias, pois a grade maioria dos
partidos políticos segue esquema oligárquico, ou seja, controlados por famílias
tradicionais.
PRIMEIRA REPÚBLICA, OLIGARQUIAS E POPULISMO NA
PARAÍBA E EM GUARABIRA.
De acordo com arquivos do TSE sobre o
histórico dos processos políticos e eleitorais brasileiros,
Em 15 de novembro de 1889 tem fim o período imperial
brasileiro, com a proclamação da República. A mudança na forma de governo, no
entanto, não significou, verdadeiramente, a instituição de um regime político
verdadeiramente democrático e livre das influências do poder econômico (http://jus.com.br/artigos/12872/historico-do-processo-eleitoral-brasileiro-e-retrospectiva-das-eleicoes#ixzz3jNp5Nprm).
Nessa perspectiva conceitual historicamente
representada, vale registar que, os governos municipais, foram durante décadas indicados
pelos governadores como intendentes, entre os anos de 1889 a 1929. Estes
assumiam o executivo com o papel de administrar as cidades, com poder de mando
policial, administrativo e tributarista. Eram conhecidos como Intendentes.
Fonte: www.grandesimagenes.com |
OLIGARQUIAS E POPULISMO NA ERA VARGAS
O período que compreende a era Vargas (1929 a
1947) foi muito conturbado em relação às eleições e os prefeitos eram nomeados
pelos governadores que eram escolhidos indiretamente. Entre esse período,
novamente tivemos como destaque a frente do poder executivo, como maior exemplo
a família Aquino, com vários mandatos, apesar de não terem sido sucessivos em
todos os momentos, além dos Guedes e Pimentel. Como podemos observar, as
nomeações estavam relativamente atreladas ao poder de mando dos governadores
que precisavam das famílias mais poderosas de cada região do Estado para
garantia de sua governabilidade, atribuindo-lhes poderes e a ocupação dos
diferentes cargos públicos aos familiares em uma nítida troca de favores e
benesses.
Fonte: hiltonfranco.com.br Fonte: entracossaco.wordpress.com
Melo (1994) destaca em seu livro História da
Paraíba: lutas e resistências, que um dos mais fiéis representantes das
oligarquias rurais paraibanas, foi o interventor Argemiro
Figueiredo (1936 - 1940), sua principal base de apoio foi o grupo da várzea,
tanto do rio Paraíba como do vale do Mamanguape.
Se pensarmos em governadores ou interventores
da Paraíba, vale registrar que em todo o período republicano, se destacaram
mais de vinte (20) oligarquias, que se espalharam pelo Estado da Paraíba, e
interferiram diretamente em algum momento da História política paraibana, entre
elas: Almeida; Andrade, Aquino; Araújo; Pessoa; Bandeira; Borges; Braga; Brito; Cabral;
Carneiro; Cavalcante; Coutinho; Cunha; Dantas; Leal; Lima; Lins; Lucena; Miranda; Melo; Moreira; Odilon; Paulino; Pimentel; Rego; Ribeiro; Targino; Toscano; Vasconcelos; Veloso; entre outras, com destaque em negrito
para as que influenciaram na formação oligárquica de Guarabira. Vale registrar
que muitas dessas famílias se uniram através de matrimônios, entre os filhos/as,
o que representava a ampliação das possessões territoriais tipicamente
latifundiárias.
Outras famílias chegaram à Paraíba através dos
Estados de Pernambuco ou do Rio Grande do Norte, influenciando tanto em áreas
rurais, como em atividades urbanas na capital ou em centros urbanos
polarizadores mesorregionais, entre o Litoral, Agreste, Borborema e Sertão,
além de microrregiões (Cariri, Brejo, Seridó e Curimataú). As atividades
rurais, atreladas às manufaturas e ao comércio fez com que a política paraibana
irradiasse seu poder para as classes dominantes.
Ainda da Era Vargas, vale destacar que as oligarquias uniram ao seu espeço de poder, práticas populistas de atrair eleitores e apoiadores para os seus projetos políticos de sustentação e governabilidade. Melo (1994) considerou que o populismo como uma espécie de estratégia de poder, não restrito ao Brasil, pois em outros países como a Argentina com Juan Domingos Peron (pós 1929) e no Brasil com Getúlio Vargas (1930). Na Paraíba ele afirma que Ruy Carneiro interventor (1940-1945) foi o melhor exemplo de oligarquia populista, posteriormente seguido por dezenas de outros governadores e prefeitos, em especial nos centros urbanos maiores como João Pessoa; Campina Grande; Patos; Guarabira; Cajazeiras; Areia; Itabaiana; Mamanguape, entre outras áreas.
Ainda da Era Vargas, vale destacar que as oligarquias uniram ao seu espeço de poder, práticas populistas de atrair eleitores e apoiadores para os seus projetos políticos de sustentação e governabilidade. Melo (1994) considerou que o populismo como uma espécie de estratégia de poder, não restrito ao Brasil, pois em outros países como a Argentina com Juan Domingos Peron (pós 1929) e no Brasil com Getúlio Vargas (1930). Na Paraíba ele afirma que Ruy Carneiro interventor (1940-1945) foi o melhor exemplo de oligarquia populista, posteriormente seguido por dezenas de outros governadores e prefeitos, em especial nos centros urbanos maiores como João Pessoa; Campina Grande; Patos; Guarabira; Cajazeiras; Areia; Itabaiana; Mamanguape, entre outras áreas.
OLIGARQUIAS
E POPULISMO LOCAL NA ERA DO VOTO E DA TORPE DEMOCRACIA
Outro importante período político para
os municípios foram às décadas entre 1948 até 2015, pois os prefeitos eram
escolhidos por eleições diretas, com disputas acirradas entre as oligarquias
locais. No estudo de caso sobre Guarabira, considerando que a maioria dos
municípios circunvizinhos fazia parte de um único colégio eleitoral, esse
período foi marcado inicialmente por disputas familiares entre os Aquino e
Pimentel e posteriormente entra no jogo político a Família Paulino e Toscano,
como sendo um novo ramo oligárquico, fruto de uniões familiares entre
Aquino/Paulino e de abertura de espaço político dos paulinos aos toscanos.
Nesse período também teremos
importantes movimentos urbanos, mais independentes dos traços oligárquicos, mas
durante décadas sem muito sucesso, pois o poder econômico e de mando era quase
que inabalável. Então, para que um profissional liberal chegasse ao poder,
precisava está ligado familiarmente a uma oligarquia local. Então, para além do
populismo e do conservadorismo das elites agrárias, alguns dos seus filhos com
ares de modernidade, chegaram a atuar na política, arejando em algumas cidades
a perversa lógica autoritária, impetrada pelos militares e uma oligarquia populista.
Outras oligarquias comandaram a política em períodos distintos, sob a liderança de políticos individuais, como Ernani Sátiro (Patos), Ivan Bichara (João Pessoa), João Agripino maia (Catolé do Rocha), ou sob a liderança de famílias como Pereira (Pombal), Ribeiro Coutinho (Santa Rita) e Veloso Borges (Alagoa Grande). (MELO, 1994).
Além dos exemplos, também tivemos a situação em que algumas figuras históricas da política paraibana, mesmo com forte influencia oligarca, seguiram um pouco da ideologia de esquerda, como Osmar de Aquino (Guarabira); Agassiz Almeida (Cariri paraibano) Abelardo Jurema (João Pessoa) e Vital do Rêgo (Campina Grande). Estes políticos foram diretamente perseguidos pela Ditadura militar e tiveram seus mandatos cassados. É importante dizermos que estamos apenas tratando de questões relativas às oligarquias, o que não caberia uma análise sobre as esquerdas paraibanas, foco de resistência contra as tradicionais famílias oligarcas e populistas ou que todos os citados fossem de fato esquerdistas.
Fonte: outraspalavras.net |
Apesar das duras críticas que alguns grupos tentam jocosamente relacionar as atuais oligarquias locais, como os Paulinos e os Toscanos, vale registrar que no caso da oligarquia dos Paulinos, esse grupo familiar, tenha até certo ponto substituído a família Aquino ou herdado seu legado político para os dias atuais, pois se trata de um grupo familiar muito jovem na história política local, tendo uma maior tradição oligarca no vizinho Estado de Pernambuco.
Destacamos um momento político em que
apesar da ditadura militar, os paulinos se colocavam em um campo oposto ao das
famílias Pimentel, pois optaram politicamente pelo Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) crítico da ditadura militar, talvez por herança da oligarquia
dos Aquino, também fortemente atreladas ao campo de defesa e assistencialismo as
classes populares mais pobres, adquirindo importantes dividendos
político-eleitorais e herdando um pouco do populismo assistencialista da época.
Enquanto que o grupo político da família Pimentel estava atrelado às forças
conservadoras da antiga Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido de
sustentação da Ditadura Militar, ao qual também estiveram ligados
representantes familiares das oligarquias Bandeira e Amorim. Isso não vale para
todos os membros familiares, pois alguns dos políticos, dependendo da formação
profissional como o jurídico, também adotaram o assistencialismo em suas
estratégias para chegar ao poder.
Como grupo político de oposição aos
governos militares, o MDB, posteriormente PMDB, conseguiu com a Oligarquia
local dos Paulinos, eleger sucessivos prefeitos, desde Antônio Roberto Paulino
(MDB - 1977-1982); Zenóbio Toscano (PMDB - 1983-1988); Antônio Roberto Paulino
(PMDB - 1989-1992). Perdeu a eleição para Jader Pimentel que havia trocado a
ARENA pelo Partido Democrático Brasileiro (PDT – 1993-1997), uma versão crítica
do antigo regime militar e ligado nacionalmente ao Leonel Brizola, que era
governo gaúcho e havia sido perseguido pela ditadura militar, com perda de mandato
e exílio político.
Uma nova situação politica se fez com
a eleição de Maria Hailéa de Araújo (Lea) Toscano (PMDB/1997-2000 e
de 2000-2004), primeira mulher eleita e reeleita para a prefeitura de
Guarabira, com o total apoio dos paulinos. Depois de 2001, com o rompimento das
oligarquias Targino Maranhão e Cunha Lima (PMDB) em escala estadual, essa cisão
afetou as relações oligarquias também em Guarabira, pois os toscanos também
rompem com os paulinos e seguiram o grupo Cunha Lima que entraram no Partido
Democrático Social Brasileiro (PSDB).
Na sequência de disputa pelo poder
municipal, o grupo Paulino elegeu Maria de Fátima de Aquino Paulino
(PMDB – 2005-2008 e 2009-2012), eleita e reeleita, tornando a oligarquia
Paulino/Aquino a que mais governou o município de Guarabira, desde a época das
intendências e nomeações indiretas, até os dias atuais. Se fizermos um quadro
das oligarquias dos Aquino e Paulino, juntos somam duas décadas de domínio da
política de Guarabira (Quadro 01):
QUADRO
01 – PRINCIPAIS OLIGARQUIAS DE GUARABIRA NO PODER
OLIGARQUIAS
|
PERÍODOS
À FRENTE DO PODER EXECUTIVO
|
DURAÇÃO
NO PODER
|
AQUINO
|
1921/1923; 1940/1942; 1946/1947 e 1955/1957
|
11 anos
|
PIMENTEL:
|
1912/1915; 1946/1946; 1963/1969; 1973/1976 e
1993/1996.
|
20 anos
|
PAULINO:
|
1977/1982; 1989/1992; 2005/2008 e 2009/2012
|
12 anos.
|
TOSCANO:
|
1983/1988; 1997/2000; 2001/2004 e 2013/2016 (atual)
|
13 anos
|
Fonte:
Organizado pelo autor, a partir de dados históricos referendados.
Das quatro principais oligarquias que
já governaram Guarabira e ainda possuem remanescentes familiares nos governos e
no poder legislativo local, se juntarmos as famílias Aquino e Paulino, em
função das ligações familiares matrimoniais, chegaremos a mais de duas décadas.
Outro aspecto a considerar é que se caso os toscanos indiquem alguém da família
para Sucessão de Zenóbio Toscano, em sendo eleito/a, os toscanos poderão
atingir 17 anos no poder. Para evitarmos imagens pessoais, optamos por expor
aqui apenas os brasões das famílias, em respeito ao legado histórico,
independente das posições de poder que alguns membros assumiram em diferentes momentos
da vida política local (Figuras de brasões):
Fonte: https://www.google.com.br/brasões/...
Para fazermos justiça histórica aos
políticos de Guarabira, a família Pimentel foi a que mais tempo passou no
controle do poder executivo local e se consideramos as alianças políticas
feitas entre essas oligarquias como garantia de poder paralelo e parcial, todas
as oligarquias já se misturaram para governar em uma verdadeira política de
revezamento dos grupos. Uma sincronia que até parece combinada, onde as brigas
históricas entre as famílias existem como uma espécie de “teatralização
política”, da qual o povo participa como massa de manobra, torcida organizada,
que trabalha nas eleições em troca de migalhas ou favores políticos, com um
carguinho de 5º escalão nos órgãos públicos municipais, que respingam
diretamente em órgãos do governo estadual, caso um dos grupos seja aliado
direto do governador de plantão.
E importante registrarmos que a
oligarquia dos Toscanos é muito tradicional e forte em várias regiões do
Brasil, oriunda de território italiano da região Toscana em termos políticos é
muito nova em Guarabira, aparecendo no cenário político basicamente por
intermédio da Oligarquia Paulino, com o racha entre as duas famílias por volta
de 2001, os paulinos dão a entender que houve uma traição política dos toscanos
ao grupo do PMDB. Esse argumento é facilmente intendido em entrevistas do
Ex-governador Roberto Paulino ao afirmar que os toscanos só governaram
Guarabira, depois que tiveram o apoio dos paulinos e dentro do tradicional PMDB,
partido que elegeu o maior número de prefeitos do período democrático e por
eleições diretas e pela “vontade popular”, como argumenta o político Roberto
Paulino.
É importante registramos que vários
políticos ligados a estas quatro oligarquias, já chegaram a assumir mandatos
parlamentares na Assembleia Legislativa estadual, Câmara Federal e no caso do
Ex-governador Roberto Paulino, que foi o político local que atingiu o maior
cargo executivo, como Vice-governador e depois assumiu o cargo de governador,
na chapa do também ex-governador José Targino Maranhão (PMDB – 1999 a 2002).
Outro exemplo de influencia em governos estaduais foi o do Deputado Estadual Zenóbio
Toscano, que chegou a assumir a Secretaria de Infraestrutura da Paraíba,
durante os governos de Ronaldo Cunha Lima, Cássio Cunha Lima e no primeiro
governo de Ricardo Vieira Coutinho, chegou a assumiu a direção da Empresa
Paraibana de Gás (PBGÁS). Isso demonstra que o poder local sempre esteve de
certo modo, atrelado aos interesses estaduais, em que as famílias sempre ocupam
importantes cargos, não apenas na esfera municipal.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Feita essa exposição histórica acerca
dos grupos oligárquicos que já estiveram no poder local, ou estadual, bem como,
alguns ainda permanecem claramente no controle da vida pública local,
gerenciando milhões de reais em recursos dos tesouros: nacional, estadual e
municipal, justifica o quanto esse jogo político superficialmente democrático, aparentemente
festivo e de uma disputa do jogo democrático, em que poucos são os escolhidos
para participar da festa, impede que outras forças políticas se aproximem da
gestão pública local. O que de fato esta em jogo, não é o controle
administrativo de uma prefeitura, existem muitos mais e maiores interesses em
jogo.
Grupos empresariais financiam as
campanhas milionárias para um prefeito e vice-prefeito, milhares de reais são
gastos para uma simples candidatura de vereador, em que, sempre estão colocados
entre os 10 ou 15 primeiros lugares, alguns sobrenomes familiares ou algum
candidato completamente comprometido com essa ou aquela oligarquia, com esse ou
aquele grupo político estritamente oligárquico. Raros são os candidatos de
dentro da população pobre, raros são os eleitos que pertencem a uma classe de
trabalhadores.
Cria-se uma falsa ideia de que se
trata de uma política apaixonada, como se fosse uma cultura de cordões azuis e
encarnados, disputando a simpatia do público em uma festa religiosa de
“Lapinha”. Ou algo como o bumba meu boi da Ilha de Parintins (Amazonas), em que
um é garantido (vermelhão) e outro e caprichoso (Azulão), disputando as
melhores fantasias, alegorias e passes de danças.
Se quiserem outras alegorias, vamos
para torcidas de futebol, em que os times, Flamengo X Vasco, se enfrentarão em
uma partida clássica no Maracanã. Então, se estabelece uma ideia de “rivalidade
sadia” entre os torcedores, abre-se uma bolsa de apostas populares, em
dinheiro, objetos de valor e até mesmo animais de estimação são colocados nas
apostas, em que são apresentados placares em número de votos que cada candidato
poderá obter.
Talvez em uma analogia mais infantil,
podemos pensar em um “cabo de guerra”, em que os dois grupos esticam a corda ao
máximo de suas forças para ver quem consegue desestabilizar o outro, dentro de
uma arena delimitada por um risco e, perde o grupo que se desequilibrará. Nessas
horas, vale xingamentos, provocações, empurrões e todos os tipos de manobras e
astúcias que cada grupo tiver em mãos para usar contra o seu oponente.
Terminadas todas estas "brincadeiras", com as coisas sérias da vida pública com essas disputas, o grupo vencedor passa de 4 a 8 anos fazendo quase nada que
beneficie o público, arruma todo tipo de vantagem para os seus familiares e
aliados próximos.
O Grupo perdedor se resigna a esperar, pois sabe que também chegará a sua vez. Sempre que pode, usa seus aliados inconformados ao denuncismo, às críticas e muitas vezes aos ataques pessoais, se possível através de algum meio de comunicação, que pertence aos mesmos grupos que disputaram aquela brincadeira de ganhar ou perder a eleição.
O Grupo perdedor se resigna a esperar, pois sabe que também chegará a sua vez. Sempre que pode, usa seus aliados inconformados ao denuncismo, às críticas e muitas vezes aos ataques pessoais, se possível através de algum meio de comunicação, que pertence aos mesmos grupos que disputaram aquela brincadeira de ganhar ou perder a eleição.
Nos quatros cantos da cidade, iremos
ver lamentações e defesas. Um grupo ataca o eleito e lamenta a falta de obras, a falta
de cuidados com a cidade e os cidadãos. Do outro lado, aqueles que receberam um
carguinho qualquer ou tem algum familiar “mamando” e sem concurso em alguma
repartição, defende com “unhas e dentes” aquele gestor de plantão.
Sempre aparecem aqueles que aparentam
neutralidade para defender a tese de que isso nunca mudará, de que o povo é o
culpado por esse jogo político, etc. e tal. Que as pessoas se vendem por um
saco de cimento, ou por um milheiro de tijolos e que os vereadores são todos uns "paus mandados". As críticas e comentários não passam dessa falácia lamentável.
A questão central agora é entendermos
que, o povo não é e nunca foi culpado pelo que acontece na política local. Na
verdade, existe uma longa história de compra de votos, de voto de cabresto e de
votos assistencialistas, instituída pelas oligarquias brasileiras há séculos.
Um esquema de falsos favores, de falsas promessas e apadrinhamentos temporários
que impedem as pessoas de um amadurecimento mental sobre as questões políticas
as quais estão atrelados.
Se o poderio econômico das oligarquias
funciona há séculos, se existe um verdadeiro aprisionamento das pessoas, pois
cargos de baixo escalão, em troca de misero salário e da fidelidade política
aquele oligarca no poder, como se libertar desse jogo sujo e de azar, pois ao final
o povo sempre sai perdendo?
Abro um parêntese para a ideologia de
que perder nesse jogo é algo inaceitável para os eleitores menos
esclarecidos. Como me disse um dia desses o poeta e músico Arthur Silva, as
pessoas estão tão presas a esse esquema perverso que não querem votar naquele
candidato que acham que vai perder e, na maioria das vezes, perdem por votar
naquele candidato que distribuiu mais dinheiro, mais tijolos, mais feiras,
mais remédios, mais “promessas”, mais “santinhos”. Então, o perder nesse caso é
matematicamente simples. Tudo aquilo que o político corrupto deu em troca do
seu voto, ele vai tirar triplicado, pois terá que dividir com esse ou aquele
empresário corrupto, que financiou a campanha do político vitorioso.
O preço para esse tipo de politicagem
é bastante elevado, pois em todas as eleições são três ou quatro meses de festa
e quatro anos de lamentação, de falta de investimentos na coisa pública, de
denuncias e escândalos, por desvio de dinheiro, por contratações e licitações
irregulares, com obras superfaturadas, com serviços públicos de péssima
qualidade, entre milhares de outras mazelas que a cena política local
representa para a grande maioria dos eleitores, que não é total, pois uma
minoria se deleita com os recursos e espaços de poder republicanos conquistados
pela lógica da corrupção.
O desafio é superarmos essas
contradições, dando um salto mental em nossos atos cotidianos. Vamos começar a
pensar que os 15 vereadores do município de Guarabira precisam assumir o
compromisso com o povo que votou nele. Com a população, pois foram eleitos para
fiscalizar o executivo, para cobrar do executivo, para apresentar projetos e
exigir que o prefeito execute as obras previstas. Os vereadores foram eleitos
para legislar em causa do povo, nunca em causa própria. Então meus camaradas,
nesse quesito, precisamos fazer uma limpeza geral nessa Câmara de vereadores,
pois do contrário não adianta trocar de prefeito, esse jogo de azar de tirar um
vermelhão e botar um azulão ou vice versa, de nada adianta com uns vereadores
comprometidos apenas com os seus interesses e os interesses do prefeito que se
elegeu, como faz a sua família há décadas.
Para vereador é preciso votar em
pessoas ou partidos que não estejam nesse esquema viciado, então, não vendam os
seus votos para vereador por dinheiro nenhum, pois vereador que sai comprando
voto é bandido da pior espécie. Quando chegar à Câmara, vai armar uma
quadrilha, com outros para extorquir o prefeito, em troca da aprovação de
projetos, logo, fica preso aos interesses daquele oligarca da prefeitura.
Se o cara vier comprar seu voto, e se
você for corajoso, grave, filme e entregue uma cópia para a justiça eleitoral.
Se não tiver essa coragem toda, “você já sabe o que fazer”, para que ele não
possa comprar o voto de outro eleitor. Têm candidato a vereador que nessa época
se traveste de Santo, de religioso, mas depois de eleito, só atende as demandas
exclusivamente familiares, assessorias e cargos dos melhores é pra família, às
vezes deixa de fora até os seus mais fieis cabos eleitorais.
Atentos, pois alguns são empresários
travestidos de democratas e populares, compra seu voto e depois que você
precisa de uma ação em defesa da sua comunidade, da sua classe, ele lhe diz
logo, - “O que eu podia lhe dá já dei na época da eleição”. Nesse caso, escolha
vereadores de sua classe social e de partidos que sejam independentes, que não
entrem em coligações alimentadas com o desvio de dinheiro público.
Quanto aos candidatos para prefeito,
veja a história dos candidatos, conte quantas vezes ele já foi prefeito,
quantas vezes a mulher dela já foi prefeita, o filho ou a filha dele já foi
prefeita, ou vereador/a, ou deputado/a. Às vezes aparece um genro ou uma nora
dele se passando por novidade, até mesmo um fiel assessor de longas datas, pois
existe um limite de dois mandatos por família, exatamente para evitar vícios e
esquemas de corrupção.
Tomadas estas precauções, não preciso
lhe dizer mais nada, pois todos estes prefeitos ou prefeitas e familiares que
já passaram pela prefeitura de Guarabira, fizeram péssimas ou fracas
administrações. Digo sem medo de errar, pois as obras que por aqui aparecem,
foram feitas diretamente com recursos do governo federal, ou diretamente com
nossos impostos. Obras que na placa custam cinco ou seis milhões e na prática
gastou-se um ou dois milhões e se desviou a outra parte, pode ficar certo/a que seu
dinheiro foi para o ralo da corrupção, com seu aval, pois você o elegeu.
Veja o tamanho dos partidos, partidos
grandes, com fortes estruturas, vá ver e existem grandes empresas e empresários
financiando estes partidos. Grandes estruturas de campanha, palanques
gigantescos, com milhares de bolas de festa. Lembre-se do aniversário de sua
filha, como aquelas centenas de bolas ficam caras, imagine agora milhares de
bolas, para cada grande comício? Muito material de campanha sendo derramado pelo
meio das ruas, grandes placas de propagandas, outdoors gigantes em pontos
estratégicos da cidade.
Vamos para grandes arrastões, para
vermos quem bota mais gente? Começa logo com a distribuição de um “kit Montilha/Coca-Cola”,
galões da “cachaça batizada”, vindas direto do engenho e ainda saem deixando
nas esquinas, montando esquadrões, com uma batucada, bandeiras e tudo mais. “Tudo
financiado pelo candidato a Vereador Biu da botija”, que recebeu uma herança,
que desenterrou umas joias da família e esta investindo na campanha.
Se for uma carreata, veja como “surge
do nada”, várias ordens de combustível, aqueles postos estratégicos fazem fila
de carro e moto, quem está bancando tudo isso? Esses grandes partidos sempre
estão ganhando as eleições, pois são viciados e profissionais, contratam logo
uma equipe de Marketing, o mais caro marqueteiro,
contrata um instituto de pesquisa, compra jornalistas e radialistas para que
façam análises de conjuntura, de quem pode esta na frente, de quem pode ganhar
com tal ou qual vantagem.
Então meu companheiro e minha
companheira, esse é um esquema secular de campanhas, que mudou basicamente a
forma e os materiais, mas no fundo no fundo é a mesma, surrada e velha política
das oligarquias que matam e morrem, mas não querem deixar o poder por nada
nessa vida.
Especializaram-se nesses esquemas de
usar o povo como massa de manobras. Profissionalizaram-se na política e seus
partidos e suas famílias são verdadeiras empresas de fazer política e políticos,
por que não dizer verdadeiras máfias, que saem comprando partidos pequenos ou
legendas de aluguel para dizer que é: “coligação em nome do povo”; “Coligação da vontade popular”; “Coligação povo
de futuro”; “Coligação pelo bem de todos”, entre outras mentiras que ludibria as
pessoas de bem.
Ano após anos, vemos partidos políticos de esquerda, sérios e independentes se apresentando com uma nova forma de fazer política, totalmente contrários aos esquemas viciados desses grandes partidos, então algum eleitor diz: “-Eu não vou votar, por que esse candidato não vai ganhar e eu não quero perder meu voto”. Aí, vai e vota naqueles candidatos que acha que vão ganhar, e eles realmente vencem a eleição. Então concluo dizendo que você acabou perdendo seu voto do mesmo jeito, ou pior ainda, pois já tinha indícios de que aquele político era “macaco velho”, que já havia “enfiado a mão em cumbuca” e era viciado em esquemas de corrupção.
Com exceção de uma minoria ainda muito jovem, que talvez ainda não compreenda a complexidade do que esta por dentro da politicagem e dos politiqueiros, todos nós sabemos exatamente o que é, e compreendemos como funciona. Então, não podemos ser apenas espectadores ou coadjuvantes da cena política, apenas em períodos eleitorais. Precisamos ser protagonistas da nossa vida política, pois a política interfere diretamente na qualidade de nossas vidas, nos rumos da nossa economia, nos investimentos ou não, em saúde, educação, segurança, moradia, transportes, cultura, lazer e até mesmo nas condições ambientais de nossa cidade, de nosso estado e do nosso planeta. Seja um ativista político, fortaleça as menores forças que tentam mudar essa lógica perversa de políticos corruptos.
Com exceção de uma minoria ainda muito jovem, que talvez ainda não compreenda a complexidade do que esta por dentro da politicagem e dos politiqueiros, todos nós sabemos exatamente o que é, e compreendemos como funciona. Então, não podemos ser apenas espectadores ou coadjuvantes da cena política, apenas em períodos eleitorais. Precisamos ser protagonistas da nossa vida política, pois a política interfere diretamente na qualidade de nossas vidas, nos rumos da nossa economia, nos investimentos ou não, em saúde, educação, segurança, moradia, transportes, cultura, lazer e até mesmo nas condições ambientais de nossa cidade, de nosso estado e do nosso planeta. Seja um ativista político, fortaleça as menores forças que tentam mudar essa lógica perversa de políticos corruptos.
Fontes de
Pesquisa:
COELHO, Cleodon. Guarabira através dos tempos. Guarabira: Nordeste.
1975.
FOULCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro/RJ:
Graal, 1982. (file:///D:/Documentos/UEPB/Downloads/Microfsica%20do%20Poder.pdf).
MELO, José Octávio de Arruda. Guarabira: democracia, urbanismo e repressão
1945-1965. João Pessoa: União, 1997.
MELO, José Octávio de Arruda (org.). A Paraíba das origens à
urbanização. João Pessoa, Editora Universitária, 1993.
MELLO, Moacir Camelo de. Itinerário Histórico de Guarabira, João Pessoa.
1999.
MELO, José Octavio de Arruda. HISTÓRIA
DA PARAÍBA: Suas lutas e resistências. João Pessoa: Editora União, 1997 (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABMVMAF/historia-paraiba-jose-octavio).
SOARES, Vera Teixeira. Coronelismo e Oligarquias - 1889 – 1934. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
https://www.facebook.com/groups/1602079500033833/
ResponderExcluirE a família Amorim prof,? Tmbm foi peça importante no cenário político de Guarabira
ResponderExcluirTexto muito interessante👏👏
Também temos elementos da família Amorim Steven Kelevra. Na verdade em menor escala que as demais.
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