domingo, 30 de abril de 2023

O mercado de combustíveis no Brasil e privatizações criminosas

Por Belarmino Mariano.

Você sabia que todos os postos de combustíveis BR Distribuidora, que eram da Petrobrás desde 1971, foram privatizados no governo Bolsonaro? Foram vendidos prioritariamente ao BTG-Pactual, banco em que o ex-ministro da economia Paulo Guedes é sócio.
A BR Distribuidora foi fundada em 1971 através de imprestimos ao FMI e era parte de uma política internacional para alavancar o setor automobilístico e de combustível multinacional no Brasil. Logo se tornou uma lucrativa empresa, mesmo concorrendo com grandes marcas multinacionais como Texaco, Esso, Atlantic, Mobil, Ipiranga, entre outras. Vale dizer que, enquanto as multinacionais controlava o setor nos grsndes centros, a BR ficava com o mercado periférico que era menos lucrativo.
Nos governos Lula e Dilma os postos BR passaram por uma forte repaginada e se tornaram líderes na venda de combustível em todo o Brasil. Inclusive com agressiva propaganda, patrocínio e qualidade comprovada dos produtos, além do lançamento de dezenas de produtos diferenciados para o crescente mercado de motores flex.
Podemos dizer que os programas Pró-álcool e carros híbridos ou flex só foram um sucesso, devido as grandes ramificações do BR Distribuidora, que era controlada pela Petrobrás enquanto estatal.
A capacidade de liderança da BR Distribuira esteve diretamente ligada ao patrocínio do Flamengo o clube com a maior torcida do Brasil, além do patrocínio aos vários esportes e atletas olímpicos brasileiros. 
Mas, Bolsonaro vendeu a preço de quase nada o setor mais lucrativo das estatais brasileiras, destruindo a soberania nacional do setor de combustíveis.
O outro crime de lesa pátria do governo Bolsonaro foi a privatização de várias refinarias e plataformas de petróleo do Brasil, pois esse é um setor extremamente lucrativo e só fortalecia a economia nacional.
O escandaloso caso dos presentes árabes em jóias de ouro, cravejadas de brilhantes, avaliadas em mais de 28 milhões, para Bolsonaro e esposa, estão na estranha venda da primeira refinaria de petróleo do Brasil, va antiga refinaria Landulfho Alves, vendida pelo insignificante preço de 1,6 bilhões de dólares.
Você sabia que os postos com as bandeiras BR ou outros nomes fantasia eram e continuam sendo os que vendem o combustível mais caro do Brasil. 
Estudos do (Brasil de Fato), deram conta que, na Capital São Paulo, os postos BR, chegaram a praticar preços de 8,32 reais por litro de gasolina comum, enquanto a média na capital paulista era de 7,32 reais pelo mesmo litro. Isso se repetia em todas as capitais e grandes centros do país, pois nos interiores e na região Norte eram ainda mais caros.
Portanto, os postos privatizados são os que estão mantendo os preços dos combustíveis em alta, em paridade internacional e não estão seguindo as sucessivas quedas de preços dos combustíveis do governo Lula.
Inclusive os preços do álcool etanol que já deveriam ser bem mais baixo, mas ainda estão proporcionalmente mais caros que a gasolina comum e alguns postos estão desabastecidos de álcool, obrigando os consumidores a abastecer com gasolina.
Você sabia que a gasolina brasileira é cerca de 30% misturada com álcool, justamente para conter possível aumento internacional do preço mundial do petróleo? Pois é, mas no governo Bolsonaro, essa política de preços foi abandonada totalmente, deixando que os combustíveis subissem em paridade com o dólar. 
Qual foi a tática do Paulo Guedes e do presidente do Banco Central? Elevaram a taxa de juros, aumentando o valor do dólar que, automaticamente desvalorizava o Real.
Quando falamos de privatização criminosa é no sentido de dizer que o grande debate das privatizações deveriam passar obrigatoriamente por empresas deficitarias, que dão prejuízos ao erário público. O que não são os casos de plataformas de petróleo, refinarias de petróleo e distribuição de combustível, que é o setor mais lucrativo do Brasil.
Acho que o governo Lula precisa urgentemente, rever os contratos da privatização dos postos BR, pois o Paulo Guedes, o famoso "Posto Ipiranga" de Bolsonaro, agiu por interesse próprio e do seu grupinho prejudicando todos os brasileiros. Só isso já é motivo suficiente para o cancelamento dessa privatização desonesta e golpista.
Se não for possível retornar o controle dos postos BR, chegou a hora do governo investir pesado em uma poderosa rede de postos, capazes de concorrer pesado, gerando milhares de novos empregos e baixando os preços dos combustíveis em todos os níveis. Usar o poder que o governo aina tem na Petrobrás e reinvestir pesado nesse lucrativo setor. Já pode começar comprando postos falidos em todo o Brasil, em seguida, começa acordos na compra de combustível mais barato, de países como Venezuela e Bolivia e em um ano o BTG pactual e outros, pulam fora, pois o negócio deles é lucro exorbitante e imediato. 
Por Belarmino Mariano
(Imagem google).
dados dos sites
Brasil de Fato
Brasil 247.
Portal A Tarde
BBC, 

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