Otário, o mesmo que tolo, bobo, iludido. Aquele que comete erros induzidos por outros, sendo ludibriado, enganado com facilidade.
Quando isso ocorre com um grande número de pessoas, que são enganadas por políticos e religiosos o otarismo é coletivo. Quando a pessoa é otária sozinha, os efeitos sociais disso não afeta tanto, mais o otarismo em massa é um perigo para toda a sociedade.
Teo é o radical para denominar Deus. Daí o surgimento de expressões como: monoteísmo, politeísmo teocentrismo etc.
A partir daí temos as religiões como: judaísmo, cristianismo, islamismo, budismo e tantas outras.
No Brasil, depois dessa misturada de politicagem e religião, pastores e padres fundamentalistas cristãos, com apoio de políticos corruptos, conseguiram criar uma horda de idiotas fanáticos que passaram a agir na defesa de ideias ilusorias, neofascistas e neonazistas sem questionar seus fundamentos.
Nas redes sociais passaram a reproduzir fake news como verdades absolutas. Gravam fakes e analisam situações falsas em suas redes perfis reais como verdades absolutas, postando essas visões despreocupados, dos crimes cometidos.
Foram aos milhares para as portas dos quartéis pedir a volta da ditadura, interditaram rodovias federais, agrediram pessoas, entre outras barbaridades.
No dia 08/01/2023, invadiram o Distrito Federal e tocaram o terror, invadiram os prédios dos três poderes, depredaram e destruíram bens incalculáveis da Nação. Filmaram tudinho e fizeram lives ao vivo, deixando suas assinaturas de internautas otários ao alcance da justiça.
Idiotismo parece ser essa nova seita de otários ou patriotarios que estavam lutando por um mito feito de barro fuleiro.
Agora que muitos foram presos e estão respondendo a processos por crimes federais, já vi alguns com tornozeleiras eletrônicas que não aprenderam a lição. Estão propagando as mesmas babaquices de antes.
Aí a gente começa a pensar que se trata de uma seita de idiotas fanáticos e se é assim, que tomem na tampa da tarraqueta.
A amiga Tania Brito postou em suas redes, um importante texto de Noam Chomsky que poderá nos ajudar a compreender esse fenômeno do otarismo coletivo:
As 10 Estratégias de Manipulação em Massa.
1. A estratégia da Distração:
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais”
2. Criar problemas e depois oferecer soluções.
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3. A estratégia da gradualidade.
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4. A estratégia de diferir.
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais difícil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.
Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças.
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental. Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a autoculpabilidade.
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.
No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, a neurobiologia a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos."
(Noam Chomsky)
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