quarta-feira, 16 de setembro de 2015

DILMA: O preço da permanência

   


POR:   LUIZ ARAÚJO (Presidente Nacional do PSOL)


Acossada pelo rebaixamento da nota de investimento do país e após editoriais dos grandes jornais exigindo mais concessões, a presidenta Dilma começou a anunciar as medidas que podem garantir a sua permanência no cargo.
 
A sua opção foi pelo aprofundamento do seu isolamento da base social que viabilizou a sua eleição. Mesmo ainda não detalhado, o pacote de medidas é um ataque frontal aos direitos sociais.
 
Novamente a “economia” não será feita com o pagamento dos juros e amortização da dívida pública, mas às custas dos servidores públicos que terão o adiamento do ridículo reajuste de 5,5% para agosto de 2016, o incremento do sucateamento dos serviços públicos com a suspensão dos concursos públicos e, ao mesmo tempo, a extinção do abono permanência. Ou seja, força servidores se aposentarem, mas não autoriza contratação de seus substitutos.
 
Há também ataque aos programas sociais, como o corte no Minha Casa Minha Vida, em obras do PAC, em investimentos previstos na área da saúde e corte em subvenções de preços agrícolas.
 
Infelizmente os sacrifícios que Dilma está impondo ao povo brasileiro não foram considerados suficientes pelas elites e mais concessões serão exigidas.
 
Considero absurdo que se penalize as principais vítimas da paralisia econômica e não se altere nada da proteção oferecida ao grande capital. Os bancos continuam lucrando e o prejuízo da crise está sendo pago pelos trabalhadores e pelo povo pobre brasileiro. Vejamos a que preço:
 
1. Adiamento do reajuste dos servidores: R$ 7 bilhões
2. Suspensão dos concursos públicos: R$ 1,5 bilhão
3. Eliminação do abono de permanência: R$ 1,2 bilhão
4. Projeto sobre o teto de remuneração dos servidores: R$ 800 milhões
5. Redução nos gastos administrativos e com cargos: R$ 2 bilhões
6. Corte no Minha Casa, Minha Vida: R$ 4,8 bilhões
7. Corte no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) via emendas parlamentares: R$ 3,8 bilhões
8. Corte na Saúde, via emendas: R$ 3,8 bilhões
9. Corte no programa de subvenção de preços agrícolas: R$ 1,1 bilhão


Fonte na Integra: http://www.psol50.org.br/site/artigos-e-entrevistas/846/o-preco-da-permanencia

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