Ontem fiz questão de assistir o Jornal Nacional da Rede Globo para ver a posse de Flávio Dino. Fizeram uma cobertura pífia, basicamente deram a notícia. E isso tem uma explicação, morrem de medo do agora Ministro Flávio Dino e de suas posições em relação ao abuso do poder midiático.
Em seguida, continuaram dando ênfase e passando pano no massacre da extrema direita em Gaza, enquanto insistiram que Lula cometeu um erro histórico em sua fala contra o governo de Israel.
Insistem em noticiar esse massacre de um exército contra uma população civil, como se fosse uma guerra entre dois países. Sempre elegem narrar os fatos sob a ótica das autorides sionistas, não mostrando o massacre contra mulheres e crianças.
Continuam se aproveitando da fala de Lula para dizer que o discurso do presidente gerou uma crise diplomática do Brasil com Israel e não o contrário, pois desde o começo desse conflito a posição da diplomacia brasileira foi forte e incisiva em reprovar as ações desumanas da extrema direita sionista.
Tentaram emplacar um discurso de que era antisionista e apoiardor do Hamas, excluido das análises a parte em que Lula condenou os atentados do Hamas e exigiu a libertação de reféns judeus.
Depois usaram um quadro inteiro do JN e fizeram uma matéria destacando HERÓIS antônimos, que salvaram vidas em meio as chuvas e desmoronamentos do Rio de Janeiro. Nada contra e acho bom perceber que, em meio ao egoísmo capitalista, ainda existem pessoas altruístas.
Foi uma reportagem longa, com detalhes, imagens chocantes e o salvamento de duas crianças, em meio a uma tempestade. Mas fiquei me indagando:
30 mil mortes em Gaza, com cerca de 10 mil crianças palestinas assassinadas; 70 mil feridos e amputados; cerca de 1,5 milhões de pessoas expulsas de suas terras, casas, cidades e confinadas no Sul de Gaza.
Israel segue descumprindo todas as decisões e resoluções da ONU, a grande maioria dos conselhos da ONU, condenando Israel e a gigantesca maioria da população mundial se manifestam condenando o genocídio de Israel contra os palestinos. A grande mídia brasileira ignora e nem pautam esses atos mundiais, inclusive com grupos de judeus, contrários aos massacres.
A Rede Globo e outros meios ignoram tudo isso, por exemplo, poderia dar a notícia de que Lula ao criticar os atos criminosos do governo Israel e exigir um cessar fogo imediato, teve uma atitude heróica, enquanto outros líderes mundiais estavam em silêncio ou neutros.
A Rede Globo ignora que dos 15 Conselhos de Segurança da ONU, 13 votaram contra Israel e seu genocídio.
Cadê uma matéria sobre os heróicos médicos e agentes de saúde, tendo que salvar vida de mulheres e crianças estraçalhadas pelos bombardeios de Israel. Crianças estão sendo heroicamente salvas dos escombros e soterramentos.
Cadê uma reportagem sobre os heróis palestinos que estão fazendo milagres para alimentar milhões de pessoas sem teto, sem alimentos, sem água, sem medicamentos e com seus corações, corpos e almas dilacerados por bombardeios israelenses?
A rede Globo poderia fazer uma reportagem sobre os milhões de pessoas que, heroicamente, saem às ruas de Paris, Londres, Madrid, Nova York, Sidney, Terā, Cairo, Estambul, Minsk, entre outros.
A Rede Globo e a grande mídia profissional ao silenciar muito mais coisas do que a gente imagina, envergonha o país. E quando a reação mundial foi pró fala de Lula, foi condenatória dos atos genicidas de Benjamin Natanyahu, essa mesma mídia fica com cara de "cachorro que caiu da mudança".
Ao percer o erro a imprensa golpista recua, mas não reconhece o erro, não se desculpa e nem convida o presidente Lula para que ele possa restituir a sua imagem de homem público e líder politico do mais importante país da America Latina e a oitava economia mundial.
Uma concessão pública de comunicação, com redução de impostos e lucrando com os serviços do governo, usa o dinheiro público, mas escamoteia a realidade.
Não há nenhum editorial da grande mídia questionando os ataques do diplomata Israel Katz ao presidente Lula e ao governo brasileiro. Foi grosso, deselegante, injusto e mentiroso, distorcendo completamente a declaração de Lula, inclusive chamando Lula de ignorante e desconhecedor da história. Fala de Lula que estava apoiada diplomaticamente por mais de 70 paises da Liga Árabe e Africana.
Essa narrativa midiática brasileira propaganda igualmente pelos grandes canais, na verdade, é a reprodução ideológica dos interesses geopolíticos dos Estados Unidos e alguns países membros da OTAN.
O pior é sabermos que o isolamento geopolítico dessas grandes potências que alimentam esse genocídio não têm mais sustentação no mundo civilizado. A queda do extremismo do governo de Benjamin Netanyahu está próxima e isso não é o que queriam os aliados de Israel, mas terão que recuar e rever suas posições em escala global, com a total reprovação da comunidade internacional.
Lula foi pintado pela grande mídia golpista como um criminoso que deveria pedir desculpas aos genocidas. Tentaram massacrar o Lula para desviar o principal problema que é o genocídio de Benjamin Netanyahu.
Ou seja, os fatos foram escondidos, o discurso de Lula foi completamente distorcido, e a grande mídia brasileira se colocou como porta voz da extrema direita de Israel.
Essa narrativa de defesa israelense que a líder das comunicações do Brasil encabeçou, deu o tom para os demais e alimentarem a extrema direita golpista e bolsinarista, que insiste em desestabilizar a democracia brasileira.
Essa grande imprensa brasileira, pode até se achar independente, profissional e como empresas, usam esse poder para mentir e distorcer a realidade dos fatos.
Agora que nas redes sociais, milhões de pessoas apoiaram Lula e em todo o mundo, líderes mundiais se posicionaram contra Israel e em apoio ao discurso de Lula, as mídias brasileiras estão fazendo uma meia culpa, mas o estrago já foi feito, as tentativas de manipular a opinião pública geram dúvidas e contra informação.
Como disse Lula em sua defesa, quando estava sendo julgado por Sérgio Moro, a grande mídia hoje tem dificuldade de segurar a farsa de que sou culpado, mas quando eu conseguir provar a minha inocência, se preparem.
Não vi nenhum destaque do Jornal Nacional condenando os Estados Unidos, que já vetaram pela terceira vez, a decisão do Conselho de Segurança da ONU pelo cessar fogo imediato na Faixa de Gaza, mas foram rápidos e grotescos para condenar Lula.
Parece até que preferem um ditador no poder, pois continuam tentando destruir a biografia de Luis Inácio (Lula) da Silva.
Atacam a política econômica de Lula, atacam a imagem de líder mundial do Lula; atacam as relações de Lula com o Congresso e atacam Lula e o Brasil na composição do BRICS+, dizendo que Lula negocia com ditaduras, mas essa invertida global do Lula em relação aos crimes de Israel, deixou a nossa imprensa golpista atordoada e sem rota.
Incrível como temos uma imprensa que presta um des-serviço ao país. Mas Lula é bem maior que interesses obscuro de uma mídia a serviço de narrativas imperialistas.
Ainda bem que temos jornalistas sérios, independentes e progressistas. Ainda bem que temos plataformas e canais sérios e que não somos mais reféns de três ou quatro redes nacionais de notícias. Destaco aqui o ICL Notícias, Plantão Brasil, Brasil 247, DCM Notícias, Fórum, Portal Mídia e muitos outros que em 24 horas por dia, exploram os fatos como eles são.
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Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais. As imagens ilustram as opiniões dos aeus autores.
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