terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

A Exploração do Dízimo e os Falsos Profetas



Por Belarmino Mariano.
Às vezes penso que o capitalismo tenha nascido com o dízimo, inventado pelos judeus e das 12 tribos de Judá, os Levitas que eram mais pobres, continuaram pobres, enquanto seus líderes religiosos se tornaram ricos e poderosos.
Claro que, inicialmente, eram doações em trigo, olivas e animais. As doações eram para os mais pobres, as viúvas, os órfãos, os idosos e até mesmo os estrangeiros.
Não ficaram claros os motivos de João Batista e depois de Jesus fazerem críticas ásperas contra os escribas, fariseus e saduceus?
De acordo com Lucas (11:37-54 & 29:45-47), assim como Mateus (23:1-38), e Marcos (12:35-40), aparecem relatos sobre os
os escribas, fariseus e saduceus, sendo comparados a víboras, covil de serpentes, entre outros xingamentos duros contra esses segmentos sociais, religiosos e doutores das leis hebraicas.
Esses grupos eram os controladores e reguladores dos ensinamentos do judaísmo, controlavam os templos, cobravam dízimo como se fossem impostos, regulavam o comércio nas entradas dos templos, criavam as normas de vestimentas e quais cidadãos podiam frequentar esses recintos de fé. 
Eram homens ricos, bem sucedidos, bem vestidos, vindos da elite hebraica e se julgavam limpos e puros. Alimentavam a ostentação de suas riquezas materiais e organizam esquemas de arrecadações, com a desculpa de construção e ampliação dos templos dedicados a Javé.
Parece que Jesus, assim como as comunidades dos Essênios e até mesmo os Zelotes criticavam as práticas econômicas e comerciais no Templo de Jerusalém. 
Jesus fez a opção pelos pobres, leprosos e pelo povo comum que não conseguia acesso ao maravilhoso Templo de Jerusalém. Os sermões e pregações de Jesus eram fora das igrejas, geralmente em locais abertos, montes, às margens dos rios, mares e nos vilarejos.
Trazendo as críticas de Jesus aos dias atuais, parece que alguns pastores, grandes empresários e políticos que se dizem conservadores e cristãos, lembra bem os fariseus, escribas e saduceus da época de João Batista e do próprio Jesus de Nazaré, em meio a ostentação e pretensões de pureza, em meio as suas ricas famílias. 
Se compararmos aos pastores, familiares e sócios, ostentando Rolex, roupas de marcas carissimas, carros de luxo, mansões, jatinhos e contas bilionárias, as peças desse quebra-cabeça da fé se encaixam perfeitamente. 
Os gigantescos e ostentosos "Templos de Salomão", na atualidade, os carrões nas lortas desses templos revelam o que Jesus criticava ao vendilhões de sua época.
O impacto desse modelo religioso, que se espalhou pelo mundo, demonstra que Jesus Cristo foi realmente crucificado e aqueles que ainda seguem seus ensinamentos, são perseguidos como Jesus foi.
Dados recentes do Censo (IBGE, 2022), revelaram que no Brasil, um comparativo estatístico confirmou que existem mais templos religiosos do que escolas e hospitais.
São quase 587 mil templos, para cerca de 265 mil unidades educacionais e quase 248 unidades de saúde (IBGE, 2022).
Nestes 522 anos de colonização do Brasil, a ideia de salvar as almas dos indígenas e dos negros escravizados, fizeram do Brasil um país cristão, resta saber se de fato, praticam os ensinamentos de Jesus.
Uma coisa é certa, entre os bilionários e milionários do Brasil, muitos são pastores e/ou bispos evangélicos. Alguns estão envolvidos com lavagem de dinheiro da corrupção, se tornaram políticos profissionais e estão entre os que fazem chantagens para obtenção de ilícitos.
Tenho quase certeza que Jesus constatou que essas riquezas dos fariseus e saduceus, adivinham da exploração dos fiéis do Templo de Jerusalém. Ou seja, a cobrança do dízimo, como se fosse um imposto, aos moldes da dominação do Império Romano, no Oriente Médio.
O dízimo foi uma tradição que existiu de Abraão, até Levi (Hb 7:9). O apóstolo cristão Paulo explicou que, o dizimo terminou em Levi. 
Ao analisar com cuidado esse tema da exploração dos fiéis ou "ovelhas de Deus", de acordo com Paulo, em carta aos Hebreus (Hb 7, 1 - 28), Jesus Cristo aboliu as obrigações levíticas e todas as suas as leis, dízimos e costumes.
Em diferentes passagens do Novo Testamento, essa passagem bíblica se repete: (Hb 7.18). E ainda: "O mandamento precedente é, na verdade, ab-rogado pela sua fraqueza e inutilidade" (Hb 7, 18); (2 Co 3:14), até o momento em que Jesus faz duras críticas aos Escribas e Fariseus sobre a cobrança de dízimo, como se fosse um imposto (Mt 23:23).
Parece que o calmo e pacífico Jesus Cristo, só se irritou com as práticas de uso do nome de Deus para explorar os fiéis, ais chamar de "raça de víbora", "raça maligna", "covil de serpentes venenosas", "corja de vendilhões do templo".
Quando observamos o governo sionista de Israel massacrando o povo palestino, com apoio de outros governos de pauses ditos cristãos da Europa ou dos Estados Unidos, concluímos que Cristo continua sendo crucificado secularmente.
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Por Belarmino Mariano. Imagens das redes sociais.

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