terça-feira, 7 de junho de 2016

Lutas do Movimento Estudantil de Esquerda


Imagem extraída das redes sociais. biografia.ahistoria.com.br

Por: Igor Bento e Sâmila Nascimento

A juventude é a chama da revolução, traz como legado o engajamento na luta contra os retrocessos, o conservadorismo e a defesa de direitos já conquistados. Manifestações e protestos marcaram a história das conquistas em muitos países, a juventude integrou-se, mais que isso, protagonizou e passou a intervir na forma de agir e de pensar, criticando governantes e as políticas adotadas, questionando os valores do entendido como “família tradicional” e o tradicionalismo que determinava as regras e normas, o modo como se devia viver.
O movimento feminista norteia nos anos 1960 o inicio de uma efervescência revolucionária em todo o mundo, tomado pela onda de contestação, manifestou-se contra a condição de subalternação. Foi um dos primeiros movimentos a chegar à raiz da desigualdade.
A burguesia brasileira e setores conservadores da sociedade à época realizou em 1964, por meio do exército brasileiro, um golpe que reprimiu violentamente os trabalhadores e a juventude. Tortura, censura e morte. Nesse período foram a luta os grandes movimentos estudantis, como os Diretórios Centrais de Estudantes (DCE), os Grêmios Estudantis e a União Nacional dos Estudantes (UNE).  Alguns grupos da esquerda decidiram que a oposição democrática era inviável, a juventude ergueu-se perante a inaceitável situação de caos e o horror no Brasil, e colaborou, unindo-se aos trabalhadores na luta contra a ditadura militar.

O mundo fervia em 1968 com a Primavera de Praga e o Maio de 68 na França, que influenciaram todo o mundo em seus movimentos. No Brasil, no mês de Abril, o estudante Edson Luiz foi assassinado, o que desencadeou protestos e uma greve estudantil. No Rio de Janeiro, uma passeata organizada por jovens estudantes reuniu mais de 100mil pessoas em luta contra a ditadura militar. Neste mesmo momento a repressão foi legalizada através do Ato Institucional número 5 (AI-5), que extinguia direitos políticos e civis de todos os cidadãos e cidadãs. O grande legado da resistência ao regime militar de 64 inspirou a luta pela redemocratização do país, foi a revolução comportamental e abertura para a discussão de questões de pauta das chamadas “minorias”.

Em 1968, ano auge de transformações do Séc. XX, americanos exigiram o fim da Guerra do Vietnã. O início do movimento que culminou nos protestos antiguerra foi pequeno, com base na esquerda do fim dos anos 50, incluindo no movimento grupos de universitários, pessoas que lutavam pelos direitos civis e trabalhistas, que defendiam a igualdade e a justiça social. A oposição à Guerra no Vietnã mobilizou os principais campi das universidades dos EUA. Anos mais tarde os Estados Unidos saiu do combate e extinguiu a convocação compulsória para o serviço militar. Assim, o governo atendeu às exigências do movimento antiguerra.

Em um contexto histórico é verificado a importância das lutas, dos protestos, das revoltas, quando os jovens de todo o mundo, em diferentes situações, clamaram por liberdade, independência e igualdade. As revoltas servem para demonstrar insatisfação, denunciar e lutar contra a violência opressora é instintivo para a esquerda. As conquistas e direitos só são, por vezes, alcançados através das lutas, mesmo quando esta é iniciada “sem direção”, como foram às manifestações de 2013 no Brasil onde conquistamos, posteriormente, a destinação das verbas do pré-sal à educação e saúde e o Marco Civil da Internet.

A atual resistência democrática contra o golpe parlamentar, jurídico e midiático, erguido no Brasil, inspira às organizações políticas e sociais a ter vontade e coragem de enfrentar os novos desafios com o “Espírito Revolucionário” que a juventude e os movimentos estudantis de esquerda mostram ter ao longo da história. Dessa forma, é fundamental reorganizar as forças das esquerdas, resgatando o legado dos que já compraram essa luta e deram suas vidas por ela, colocando-se ao lado dos oprimidos.

A JUVENTUDE FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER! VEJAM VÍDEO DA MÍDIA  NINJA:


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Um comentário:

  1. Muito Obrigada Igor Bento e Samila pela esperança em tempos sem repressão e sem desigualdade. Texto conciso e preciso.Excelente.

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