sábado, 12 de março de 2022

Para os que negam o Nazismo e Neofascismo na Ucrânia

 


Por Belarmino Mariano.
Diante de uma imprensa extremamente seletiva e coorporativa, nitidamente alinhada aos interesses do imperialismo norte-americano, utiliza o conflito na Ucrânia para tentar destruir a imagem da Rússia e mais diretamente do presidente Vladimir Putin. Mas quando alguém afirma que na Ucrânia existe um governo fantoche dos interesses dos Estados Unidos e da OTAN, com o financiamento de armas e propaganda antirússia, inclusive financiando grupos de extrema-direita, de matriz nazista e neofascista, Toda a grande mídia passa pano, ou desvia completamente o tema. Alguns chegam a dizer que a existência de grupos nazistas ou neofascistas não justifica o conflito da Rússia contra a Ucrânia.
Mas diante de um mundo globalizado, informatizado e com ferramentas de propagandas de grupos e ideologias, fica difícil negar ou esconder a realidade dos fatos.
Os grupos nazistas e neofacistas na Ucrânia, atuando legalmente e inclusive com representação política e cargos de poder, bem como comando de batalhões militares e comando de policiamentos do país é impossível de esconder, pois desde 2014, com a articulação imperialista capitalista de um golpe político para a constituição de um governo pró-americano e pró-OTAN, deram poder, armamento e espaço de propaganda para que esses grupos de extrema-direita, assumissem importantes parcelas de poder no país.
Outro argumento que precisamos levantar é o fato de que, nas últimas décadas de expansão do neoliberalismo e de suas falhas na dinâmica do capitalismo, com a geração de crises e o aumento de governos de esquerda em vários continentes, notamos que o financiamento aos grupos de extrema-direita, neonazistas e neofascistas, ou grupos suprematistas brancos, aos moldes dos doutrinários manifestos norte-americanos, aos nazistas e fascistas de antes da 2ª Guerra Mundial, começaram a voltar do submundo, dessa vez, através do ciberespaço e da instalação de movimentos para desestabilizar governos em várias partes do mundo. 
Os grupos de extrema-direita voltaram com força ao cenário político europeu e norte americano com a eleição de Donald Trump (EUA), se expandindo para a Itália, Alemanha, França, Espanha, Europa Oriental e países latino-americanos ao exemplo do Brasil, Argentina, Uruguai,  Paraguai, Chile, além dos golpes no Peru, Bolívia, Equador e Brasil, inclusive com o financiamento de grandes empresas americanas e com apoio de instituições do próprio governo americano. Em todas estas ações políticas foram possíveis as identificações de grupos de extrema-direita que em algum momento, defenderam a retomada de ditaduras militares de direita, ou, em meio as suas manifestações, sempre se destacaram propagandas de grupos identificados com o neonazismo e neofascismo.
Apesar que tentaram evitar o tema, ou abafarem essas tendências em escala global ou internacional, é sabido que os grupos se articulam internacionalmente, inclusive com encontros fechados, viagens de lideranças entre os países, treinamentos e negócios que envolvem financiadores, inclusive quando se trata de envolvimento militar armado.
Desde que a grande mídia coorporativa passou a noticiar exaustivamente o conflito na Ucrânia, conflito esse que já dura 8 anos, mas que deram uma versão puramente do agora, também trataram de abafar ou evitar tratar de neofascistas e nazistas atuando no governo e forças militares ucranianas.  Mas minha leitura geopolítica dos fatos, me permitiu fazer uma direta relação do golpe da Ucrânia em 2014 com a tentativa de golpe em 2013 e a consolidação do golpe contra Dilma em 2015.
Agora fica mais fácil de observar e perceber a movimentação desses grupos mascarados e de palavras de ordem como a volta da ditadura militar, os patriotas e nacionalistas que em uma mão colocavam a bandeira do Brasil e na outra a bandeira dos Estados Unidos. Grupos neofascistas notadamente aprendizes como o MBL, Vai Prá Rua, O Gigante Acordou etc, com um discurso antipolítica e antipartidário, em algum momento estampavam uma suástica nazista ou outros símbolos supremacistas brancos americanos e nazistas ucranianos.
Até que vimos a consolidação de uma golpe, que apesar da violência psicológica e de alguns conflitos de rua, não tivemos a mesma quantidade de sangue e destruição ocorridos na Ucrânia em 2014, mas o golpismo na América Latina tem a mesma receita dos golpes na Geórgia, Ucrânia, ou os vários golpes traçados no Oriente Médio, que ficou conhecido como "Primavera Árabe".
Um discurso fora de ordem e fora de moda, ganhou as ruas e nele palavras de ordem contra os comunistas, socialistas ou esquerdistas. Eu me perguntava, voltamos para os anos 1950?
Entre 2010 e 2020 parece que a caixa de pandora foi aberta, pois explodiu no ciberespaço muitos grupos de ideologia extremista, aparentemente nacionalistas, antiglobalistas e sempre com algum símbolo em que se remetia ao nazismo ou a supremacia branca.
O mais importante é observarmos que estes grupos não querem mais ficar nos bueiros da história, não querem voltar ao submundo ao qual foram colocados durante a 2ª GM e com as redes sociais, pretendem expandir suas ideologias ao máximo. 
Até recentemente, a presidiária Sara Winter, declaradamente extremista, líder do grupo os 300 de Brasília, bolsonarista e assumidamente pertencente a um grupo nazista ucraniano, dizia em suas lives na internet que era preciso "ucranizar o brasil". Nas mãos desses grupos brasileiros, vimos bandeiras e tridentes da extrema-direita nazifascista ucraniana sendo usadas aqui no Brasil. Uma clara articulação desses grupos.
Mas ainda existem muitas pessoas que negam e inclusive afirmam que são pessoas isoladas ou grupos sem expressão nenhuma. Será? Aqui segue algumas imagens, mas a internet é um fértil território para se encontrar as ações formais e militância destes grupos.
Ainda não sabemos os desdobramentos desse conflito na Ucrânia, mas em algum momento, algumas células destes movimentos irão fugir para outros países, inclusive através dos grupos de refugiados, que serão recebidos com carinho pelos países europeus e até mesmo pelo Brasil, pois temos uma grande comunidade de ucranianos por aqui. Claro que não iremos generalizar, mais não se espantem se grupos nazistas do pós-guerra da Ucrânia, em breve possa se encontrar em território brasileiro para nos "ucranizar", como disse a Sara Winter, que queria fechar o STF, o Congresso e implantar uma ditadura bolsonarista no Brasil. Talvez mudem apenas o bolsonarista por (Hu)Mourista.
O mais grave é sabermos que, enquanto alguns países condenam, proíbem e até punem a apologia e o uso de imagens sobre o Nazismo e o Fascismo, notamos que eles crescem com erva daninha. Mas quando os interesses do imperialismo capitalista liderado pelos Estados Unidos e OTAN, justificam financiar ou apoiar determinadas excrecências, não importa a verdade dos fatos. Segue imagens de grupos, pelotões, tridentes e suásticas que confirmam as ações nazistas e neofascistas na Ucrânia e o pior, financiados com a justificativa de combate aos russos há pelo menos uma década:
Vejam como perece tudo inocente, quando se trata de combater a Rússia, os nazistas e fascistas com as armas e o dinheiro imperialista servem. Enquanto isso, esses grupos conseguem espaço social e vida normal, como se o holocausto fosse papinho de comunistas. Mas para quem bancou duas bombas atômicas na cabeça dos japoneses, os fins justificam os meios. 

Fonte das imagens: 

https://horadopovo.com.br/fotos-e-videos-documentam-nazistas-incorporados-ao-exercito-da-ucrania/

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/05/associacao-entre-bolsonaristas-e-ucrania-incomoda-a-russia.shtml

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/06/01/O-que-representa-a-bandeira-ucraniana-usada-em-atos-no-Brasil

https://revistaforum.com.br/global/2022/2/25/somente-eua-ucrnia-votaram-contra-resoluo-da-onu-de-combate-ao-nazismo-110706.html

https://revistaforum.com.br/global/2022/2/24/pravyi-sektor-quem-so-os-neonazistas-da-ucrnia-apoiados-por-bolsonaristas-110638.html

https://www.causaoperaria.org.br/rede/dco/opiniao/editoriais/o-que-a-imprensa-fala-da-russia-cabe-perfeitamente-a-ucrania/


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