Por: Avenzoar Arruda PSOL-PB)
Em uma democracia formal, do tipo liberal, onde a individualidade é superior à coletividade e o processo mais importante que o resultado, as escolhas eleitorais parecem fora da racionalidade humana, mas só parecem.
Se o processo eleitoral está previamente filtrado pelas oligarquias partidárias, pelas oligarquias econômicas e pelas oligarquias burocráticas, todas agindo em defesa de seus próprios interesses de classe ou de casta, QUEM VAI DEFENDER O INTERESSE DA COLETIVIDADE?
A democracia de tipo liberal tem fundamento no direito do eleitor, individualmente falando, escolher o melhor para ele ainda que seja o pior para a coletividade.
Pois bem, o melhor para um eleitor de Bolsonaro e para um eleitor de Fernando Haddad (Lula, PT, etc.) é um segundo turno entre esses dois candidatos, pois qualquer um deles terá imensas dificuldades de vencer qualquer outro no segundo turno. Assim, para esses eleitores e seus líderes, é interessante um segundo turno desse tipo, não interessa se isso é o melhor ou o pior para à coletividade, apenas é um direito desses eleitores.
Antes que alguém pergunte, afirmo que voto e defendo os candidatos do PSOL, de cabo a rabo, e, na dúvida, voto na legenda 50, por dois argumentos fundamentais: o primeiro é que acredito na construção de projetos coletivos e rejeito qualquer tipo de messianismo, independente da coloração do messias da vez. O segundo é que também vejo a alternância de liderança política como um processo, em regra, progressista, apesar das exceções.
No segundo turno, se existir, pensaremos na coletividade.
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