Imagem extraída das redes sociais, 05 de abril de 2016.
Por Belarmino Mariano Neto
Depois de cinco meses de espera, aproximadamente 150 dias, quase a metade de um ano, o Ministro Teori Zavascki, deu parecer para afastamento do mandato e da presidência da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que foi referendado pelos demais membros do STF.
Para os articuladores políticos do bloco de esquerda e mídias livres, contrários ao impeachment, essa decisão foi tardia demais, pois os estragos a democracia foram lançados pelo ex-presidente da Câmara, que adotou manobras e chantagens, juntamente com seus compassas para atrapalhar o andamento da Comissão de Ética.
Vejam que o ato tardio foi programado para dar tempo as ações golpistas comandas por Cunha, Temer (PMDB), Aécio (PSDB) e suas mídias golpistas. O tempo suficiente para que o golpe entrasse pelas portas do Senado e fosse acolhido pelo Renan Calheiros (PMDB), para ser conduzido por Raimundo Lira (PMDB) e Anastásia (PSDB). Essa ação do STF é programada, uma satisfação provisória para calar as críticas sociais. Esta tudo combinado e agora, Cunha será um delator premiado, para Moro transformar em vítima. Cunha sai do esquema com os bolsos cheios de dinheiro, pois deve ter negociado todo esse teatro de gangsteres.
O que aconteceu durante todo esse período? Tempo suficiente para que Cunha, se prestasse ao serviço sujo de abertura de processo contra a presidenta Dilma Rousseff. Tempo suficiente para manobras escabrosas e de ataques aos direitos sociais e trabalhistas, com as pautas retrogradas, conservadoras e neoliberais encaminhadas por Eduardo Cunha: Terciarização; redução da maioridade penal, contrareforma política, fim do 13º salário, quebra da CLT, tentativa de entrega do pré-sal as empresas estrangeiras, aprovação de novo modelo de família com ataques aos direitos das minorias, com racismo, intolerância religiosa, machismo, homofobia e criminalização dos movimentos sociais.
O STF cruzou os braços e deixou o Ex-presidente da Câmara fazer todos os tipos de manobras contra a democracia e contra os direitos constitucionais do povo brasileiro, usando o cargo para seu beneficio e dos seus aliados, também envolvidos em escândalos de corrupção, decoro parlamentar e falta de ética.
Durante esses cinco meses foram apresentados, mais de vinte novos pedidos contra Eduardo Cunha e até o dia de hoje, estavam mofando, nas instâncias da Câmara e do STF. Para muitos analistas do bloco de esquerda e dos movimentos sociais. Essa decisão veio tarde, mas veio, restituindo assim um pequeno crédito para o judiciário brasileiro, há algum tempo desacreditado perante a sociedade.
Gostaria de registrar que, em parte, essa decisão tem até certo ponto, a pressão das ruas, dos movimentos sociais organizados, bem como das ações deflagradas nas redes sociais, com milhões de postagens em blogs, portais, facebook, twitter, whatsapp, telegram, youtube, fanpage, issuu, vimeo, além de dezenas de outros aplicativos de internet que passaram a e repercutir nacionalmente e internacionalmente a situação política brasileira e as manobras de Eduardo Cunha.
Os movimentos em redes sociais em defesa da democracia, estão antenados com o neologismo mais recente. CiberDemocracia, expressa ´por teóricos como Pierre Lévy. Então, não pensem que é atoa, a tentativa de frear os movimentos de internet, como o projeto de Lei apresentado pelo Senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB), que tenta criminalizar ações de internautas contra políticos. Não podemos esquecer as tentativas de tirar do ar, o Whatsapp, pois é um dos melhores aplicativos para a criação de grupos sociais, por afinidades e com capilaridade para mobilizar milhares e até milhões de pessoas, com informação, ações e reações imediatas dos internautas em qualquer parte do mundo.
Vale registrar que essa saída temporária de Cunha, não aplacará sua sede de destruição dos direitos sociais, pois ainda ficaram centenas de deputados leias as políticas neoliberais e golpistas de agentes do PMDB, PSDB, PP, DEM, PSD, PPS, PSC, e tantos outros partidos de extrema direita que comungam do mesmo jogo político adotado por Cunha.
Só nos resta uma saída, organizarmos um Bloco de Esquerda capaz de defender a democracia e as reformas urgentes e necessárias para os brasileiros: Forte combate a corrupção, Reforma Tributária, Urbana, Agrária, Educacional, Ampla Reforma Política, Reforma e democratização das comunicações e um Novo Pacto Federativo, capaz de equilibrar a relação entre o poder central e os entes estaduais, com equidade e autonomia efetiva.
Milhões de brasileiros apresentaram abaixo assinados pela cassação de Eduardo Cunha, milhões de brasileiros postaram em suas redes sociais, duras críticas contra a morosidade do STF, milhões de brasileiros estão na luta contra o golpe e em defesa da democracia, milhões de brasileiros estão com os olhos bem abertos, em relação as mídias golpistas, em relação aos atos dos Ministros do Supremo ou de qualquer outra instância de poder em nosso país, que tramam contra a soberania popular.
Estamos vivendo um nova fase, uma nova experiencia em se fazer democracia, mesclando-se a Democracia Direta, tão fortemente defendida pelos libertários de todo o mundo, com a ciberdemocracia, que nas ruas e com os instrumentos tecnológicos em nossas mãos, impediremos que a velha política controlada pelas elites e pelo capital, tome conta de todas as cenas, que eram geridas pelas suas mídias burguesas. Aqui termino com aquela pequena cansão dos movimentos populares: "Quem não pode com as formigas, não assanhe o formigueiro!".
#ForaCunha! #ForaTemer!, #ForaGolpistas!
De acordo com o PSOL na Câmara -
Mais e 1,3 milhões de pessoas assinaram pela saída de Eduardo Cunha -
1.3 MILHÃO DE PESSOAS PEDEM A CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA
A bancada do PSOL somou-se a campanha que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O representante da Avaaz, Diego Casaes, a bancada do PSOL e outros deputados entregaram para o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), uma petição com 1.3 milhão de assinaturas de brasileiros que pedem que o Colegiado “exerça seu papel” no processo contra Cunha.
“Nós acreditamos que vocês darão voz à milhares de brasileiros que estão indignados em terem como líder da Casa do Povo alguém suspeito de estar envolvido com corrupção”, diz o texto.
Durante a sessão, deputado aliado de Cunha tentou impedir a entrega do documento.
De acordo com o PSOL na Câmara -
Mais e 1,3 milhões de pessoas assinaram pela saída de Eduardo Cunha -
1.3 MILHÃO DE PESSOAS PEDEM A CASSAÇÃO DE EDUARDO CUNHA
A bancada do PSOL somou-se a campanha que pede a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O representante da Avaaz, Diego Casaes, a bancada do PSOL e outros deputados entregaram para o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), uma petição com 1.3 milhão de assinaturas de brasileiros que pedem que o Colegiado “exerça seu papel” no processo contra Cunha.
“Nós acreditamos que vocês darão voz à milhares de brasileiros que estão indignados em terem como líder da Casa do Povo alguém suspeito de estar envolvido com corrupção”, diz o texto.
Durante a sessão, deputado aliado de Cunha tentou impedir a entrega do documento.
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