As imagens que seguem é um antes e um depois recentes sobre o Rio Guarabira (considerado rio tranquilo) e o riacho Jacaré, que foi transformado em canal do Juá, com uma obra milionária que comentou o fundo do riacho e transformou em um canal de esgoto e dejetos urbanos.
Recentemente vi uma reportagem do gestor municipal afirmando e gabando que estava fazendo uma limpeza no Rio Guarabira, que o trabalho não parava e que precisava continuar.
Me pergunto, que trabalho? Será que ele acredita que violentar o rio, esgarçar as margens do rio com uma máquina pesada é um trabalho sério e ambientalmente correto?
Nos trechos escolhidos para essa reportagem, destacamos o rio com pequenas áreas que estavam cobertas por pastagem e vegetação herbácea e arbustiva, mas com nítido despejo de esgoto e depois, a área totalmente rasgada pela máquina, em uma declarada violência ambiental de suas margens.
As terras, lama ou barro extraído de dentro do rio, foram depositadas em uma das margens e, nas primeiras chuvas fortes, todo esse material será arrastado novamente para dentro do rio.
Como é um solo remexido, grande quantidade desses detritos serão arrastados pela força da água diretamente para a barragem Araçagi, aterrando ou assoreando o leito do reservatório.
Esse é o atual compromisso da gestão municipal com o meio ambiente, fazer um faz de conta e empurrar esse problema com a barriga. Para quem não entende, até parece uma boa ação, pois dá aquele ar de limpeza.
Mas não sabem que a questão ambiental que afeta o rio Guarabira, está por toda a cidade, com galerias pluviais que recem materias de esgoto, possivelmente clandestino, pois em vários pontos dos rios, encontramos tubulação de água, jorrando material com aparência de esgoto.
Esfolar o rio, rasgar as margens do rio, pisotear o rio com máquina prsada e ao cavar as margens, jogar os materiais da escavação para uma margem do rio é como limpar a criança com a frauda suja.
Se em 12 anos de gestão desse mesmo grupo político, só foram feitas essas ações paliativas e em véspera de ano eleitoral, acho que chegou a hora de dar um basta nessa situação.
Ou se faz uma ação ambientalmente correta, eliminando todos os focos de esgotos que caem no rio, recuperação da mata ciliar, nas margens do rio e retirada de moradias irregulares para ampliação da reserva legal da bacia, ou iremos continuar assistindo o funeral do rio em seu leito de morte.
Por Belarmino Mariano. Imagens do autor.
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