Por Belarmino Mariano
O Brasil, a torcida do Flamengo e o universo sertanejo das mulheres estão enlutados com a antecipação de partida da Marília Mendonça e sua equipe de trabalho.
No Brasil, a música sertaneja nos é empurrada goela abaixo, forçada mesmo e, quando vem carregada de muita sofrência, de muita história de cangalha e traição, aí é que os meios de comunicação gostam de executar.
Marília Mendonça era uma mulher de atitudes. Foi uma das poucas sertanejas a declarar apóio ao movimento #elenão e sempre fazia duras críticas ao machismo estrutural.
Quem nunca se pegou cantarolando uma música de Marília Mendonça? Quem nunca passou a manhã inteira com aquele chiclete sertanejo nos badalos da mente?
Nunca gostei de sertanejo, nem mesmo aquele sertanejo raíz, apesar do desgosto musical pelo estilo, tenho que reconhecer que o mercado musical apela para esse setor e rapidamente se faz fama.
Mas pra isso, também precisa talento e era o que a Flamenguista Marília Mendonça tinha. Ela seguiu os passos da paraibana Roberta Miranda e quebrou a barreira machista desse seguimento, abrindo a porta para muitas outras mulheres cantoras.
Seu estilo não morre e sua voz vai continuar ecoando ainda mais. Morreu a mulher, a mãe, a amiga e a cantora, seu legado musical continua de onde parou, pois é um estilo que apela para o sofrimento e nesse caso, muita gente se identifica...
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