Beto Quirino,um camarada versado na arte de botar bonecos e amigo de mais de 30 anos atrás, sempre me chamou de Berlioz. Esses dias ele me disse uma coisa que me deixou assustado: - Berlioz, tu sabe que a gente que é do tempo que mulher ficava de boi, deve tá evitando esse negócio de sair na rua, pois esse tal de Covid-19 tá pegando até pensamento.
Beto é um camarada que eu conheço, desde antes da UFPB e da praça da Alegria do CCHLA. A gente se conhece das épocas de movimento secundarista, dos tempos que IFPB ainda era Escola Técnica Federal.
Das nossas histórias, a melhor dela foi nossa sociedade para vender cerveja e refrigerante em latinhas no carnaval, na portaria do ASESEX de Jaguaribe. O dinheiro foi emprestado pelo amigo endinheirado, Jailton que fazia história. Os empreendedores eram: Eu, Beto Quirino, Fan Sousa e Germana Menezes. O objetivo era arrecadar dinheiro prá ir passar o carnaval em Maceió, na caso de um amigo. Compramos caixa de isopor, gelo e as latinhas. Levei o carro de mão do meu pai de Bayeux pra Jaguaribe, amarrado em minha bicicleta Monareta. Tu é doido!? Só vendemos duas cervejas e uma lata de sukita. Pense num prejuízo grande para nosso amigo Jailton. A geladeira de Germana, ficou semanas com as mercadorias, até que consumimos tudo. Pagamos a Jailton com o isopor. Se isso já faz uns 35 anos, imagina o risco do Covid-19, vir cobrar as nossas dívidas?
Aí eu fiquei matutando e vi que é mesmo perigoso ser velh(aco) nestes tempos de pandemia.
Aí eu disse: - Beto Quirino, a gente ainda é do tempo que Papa Figo pegava menino e da Loura do banheiro, com lã de algodão ensanguentado nos buracos da venta e dos ouvidos, sempre pronta prá pegar a gente, tocando punheta no banheiro do colégio.
Homi, tu é doido! Eu tinha um medo da peste dessa tal dessa galega do banheiro, até sonhava com ela.
- A gente é do tempo de Xuxa fazendo filme pornô com adolescente e participação especial de Pelé. Ei, pense numa galega bonita da gota serena era a Xuxa! E as pakitas? Essas sempre estavam na lista dos 5 contra 1.
Tú é doido! Medo mesmo eu tinha era de assombração e de estória de Trancoso. A gente é do tempo de barra bandeira, garrafão e vacina de pistola. Nessa época a gente usava Konga, Kichute e tomava K'Suco. Refrigerante era Grapette, Crush, Baré cola, Dore e Sanhuá, mas isso era só quando tava doente. Homi, tu é doido? Se você tomou Grapette e repetiu, fica quietinho em casa e deixa a banda passar.
Agora eu também tô dizendo prá um monte de gente do meu tempo que, se a pessoa for das eras em que mertiolate ardia mais que a ferida, o cara num deve tá se arriscando de botar o pé prá fora dos batentes da porta não, pois é muito perigoso.
Eu estava lembrando que eu e Beto Quirino somos do tempo de Luiz Henrique, com seu chapéu de couro nos corredores do DAC/UFPB. Mas não podemos esquecer de Luciana Sales, Chico Viola, Joana Darc e Maria. Chico era de todos os cursos, Maria era de Pedagogia e Joana era de Serviço Social. Tu é doido! Pense num povo que gostava de movimentar a universidade. Dava pra juntar as duas, Maria + Joana, sentar com Luiz Henrique e Chico Viola, naqueles troncos das clareiras da mata da Central de Aulas, prá gente fazer poesia, ir lendo, fumando e queimando as palavras dos poemas, uma a uma.
Eita Beto, tu queimava as tuas poesias e a cada palavra queimada, se formavam outros poemas. Eu evitava queimar as minhas, mas viajava no "Manifesto Caleidoscópio da Paixão Poética pelo Nada". Pense nas paixões proibidas e nas viagens astrais que até às matas da UFPB tinham trilhas pra encurtar os caminhos e esconder as clandestinidades.
Beto disse "-Meu querido Belarmino Mariano Neto, Berlioz. Explica o que eram as poesias auto destrutivas que eu fazia. Foi um método poético que eu bolei em uma das minhas tantas viagens canábicas. Eu escrevia uma poesia no papel e dava para alguém ler, depois que a pessoa lia eu entregava um cigarro aceso para ela queimar uma palavra da poesia, e com isso cada um que lia transformava a poesia para o leitor seguinte. E a última palavra que sobrava virava o título da poesia" (BQ).
No meio dessas nossas memórias e esquecimentos, no meio dessas poesias redes-construídas, Beto Quirino me relembrou logo de Aurélio, Solon Andrade (In Memória) e Luciano Candeia. Os três filosofando e historicizando sobre a Escola de Frankfurt. Homi tu é doido?! Prá quê lembrar dos críticos do marxismo em plena pandemia do Covid-19? Se os bolsonaristas sabem dessa escola, vão virar frankfurtianos (kkkkk). Mas uma coisa puxa a outra e, esses três passam horas se afiando nestes debates, pois gostavam de perturbar os marxistas esquentados, Antonio Radicale Feitosa, ao mesmo tempo.
Beto Quirino, meu camarada, eu tô preocupado é com a galera da Central Única das Galinhas (CUG). Aquela mulherada arretada que não tinha frescura com nada. Eita que Nilda (hoje Antônia), Mana e outras, devem ficar ligadas, que esse vírus tá chegando pesado nas cinquentinha. Rosa Varjão e Jô Vital, que nos digam, pois eram as imprensadas. E também participaram do Congresso da UNE de Brasília e dos protestos com caixão e vela, prá diminuir a escuridão dentro da UFPB e espantar os tarados e trombadinhas dentro do campus.
E o Bar da Tapa? A gente liso que só a peste, mas era sagrado, uma partida de sinuca, um arrumadinho e uma meiota de cachaça. Eu sempre dispensava a pinga, mas os papos eram sagrados.
E o Bar da Tapa ainda queria ser chamado de bar dos universitários. Aonde kkkkk. A galera das humanas, tudo mais liso do que bunda de santo.
Só sei de uma coisa, quem tomou banho com sabonete Palmolive com cheiro de canela e usou basta de dente kolynos, aquela da embalagem de alumínio, deve pensar três vezes, antes de inventar de sair de casa.
Eu sei o que é isso, sou do tempo que, garota metida a besta era cú doce. D'uma época em um camarada valente era um cabra arrochado e boy medroso era um cabinha frouxo.
Sendo desses tempos da praça da Alegria, dos bolos de seu Nelson, Dona Geni ajuizada e de comprar fiado na barraca de Nancy era de lei.
Eita que tive que vender muito broche, caleidoscópio e folheto de poesia, prá comprar livro usado na banca (sebo) de Beto Quirino.
Depois tinha que enfrentar as quilométricas filas do RU e bater garfo em bandejão, quando Feitosa ou Radical, subiam nas mesas pra chamar a estudantada prá luta e puxar palavras de ordem. Homi, quem comeu figo alemão e carne de baleia no bandejão do RU, tem que pensar muito, antes de pisar na rua.
Você que andou nós ônibus da SETUSA e de Bacurau e, se participou do Cafuçu, quando era uns trinta doidos batendo numas latas na praça dos bispos e, que até Dom José Maria Pires ia prestigiar, toma cuidado!
Se tu dormiu na antiga sede do DCE, tem mesmo é que triplicar os cuidados. Beto chegou a morar, na sede do DCE. Nem quero lembrar da galera que morou nas residências universitárias do centro. Essa turma que não sabe nem o que é hashtag, precisa ter cuidado. Débora e Dira Vieira que se cuidem, com elas toda essa turma que vivia inventando poesia e teatro no Cilaio Ribeiro, como Palmira Palhano, Romualdo Palhano e Carlos Cartaxo e suas peças infantis. Lembro que um cenário inteiro caiu em minha cabeça no Santa Rosa, enquanto fazia a encenação um ET. essa acidente virou improviso, típico do teatro amador.
E aquelas bandas da galera Anarco-punk: Descarga Violeta, Aberração Sonora e Banda Cuspe, Berg, Mabel, Adri, Berg, Derik, Tampinha, Alex. Viviam no Cilaio Ribeiro. Isso era Radical demais. Os caras falavam de Sexo Ecológico e aproveitavam os festivais do Sesc para protestar, levando o Público ao delírio. Se você andou ou viu essa geração se expressando radicalmente, o conselho é se aquietar em casa.
Não é por nada não, Como diz o amigo Amarildo Henrique que foi dos tempos da Viração em Guarabira: Quem comeu rosário de cocó catolé, chupou rolete de cana caiana e comeu cavaco chinês, precisa ter muito cuidado, pois pitomba boa no cacho é quando ainda não está madura. Ele ainda disse mais, se o camarada brinco de patinete de rolimã e comeu fruta pão com bofe, fique em casa que é melhor.
Para quem participou de reunião com Antônio Radical, Cida Ramos, Lourdes Sarmento, mãe de Bruno Sarmento (moleque na época), Éder Dantas e Feitosa no Auditório 412 do CCHLA, têm que evitar até sereno.
Eu disse prá Beto Quirino: - Se o Coronavírus tá pegando até mocinha de 17 anos, avalie a gente, que levava câmara de ar de pneu de caminhão, dentro de ônibus lotado prá boiar na praia de Cabo Branco.
Prá o(a) camarada que participou do Movimento Catuípe e foi prá o Quarup no Espírito Santo e cantou "Madalena Madalena, você é meu bem querer...", é melhor se recolher. Quem na volta do Quarup, acordou de madrugada em Alagoas, e comeu queijo de fubá , achando que era queijo de Cuba, como os tiranossauros do "Jaguaribe Carne" Paulo Ró e Pedro Osmar, tem que aquietar o faixo.
As figurinhas carimbadas do Catuípe que mais se empolgaram com o queijo de fubá foram: Bento Júnior e Olanise, mas era uma turma grande e se destacavam: Marcos Estrela, Marcos dos Dias, Adenildo Costeira, Antônio Aurelio, Elder, Giselia, Élder, Antônia Souza, Luciana Rodrigues Josineide Bezerra, DJ, Garibaldi e Idê Gurgel, Paulo, Ernani, Keneddy Costa, Vagneide, Verônica Gomes Vera Ribeiro, Tarcísio, Arthur, Andreia, Gogoia, Alex, Radical, Carol, Delma, Dalmo, Radical, Ancelmo Castilho, Erinaldo, Rosa Varjão, Jô Vital, Joaquim, Solange, Alcidenio, Mana Lia, Bento, Túlio, Sérgio Murilo, Ricardo Mattos, Jackson, Wilma, Marquinho, Balula e Luciano do MEL (Movimento de Espírito Lilás).
Fatinha de História, não pode ficar de fora dessa história do Quarup, pois trouxe até o capixaba Dinho a tira cola. Mas estes são apenas uma mostra grátis, entre tantos outros que chafurdaram no Movimento Estudantil e suas calouradas e, agora correm sérios perigos.
Se a gente for lembrar de especificidades, temos que citar o pessoal do Geo-Luta, pois isso daria um capítulo a parte. Passando por Luciana Araujo, Paulo Nunes, Manoel Vieira, Paulo Saldanha, Penha Caetano, Marcelino, Rejane Abreu, Mônica, Teodomiro Brasilino, Senhorinha, Bartolomeu, Nicyana, Josabeth Leal, Fábio Dantas (Fabinho), Regina, Nando, Aldo, Elizabete Souza, Euzivan Lemos, Mácio, Edna, Verinha Dantas, Telmaisa, Marcos Larena, entre tantos e até nossos opositores da UJS, Pato Assado, Alberto e Joana.
Não podemos esquecer do tempo em que Belo Mariano morava em Mangabeira em uma casa de um quarto com Fan Sousa. Era o lugar predileto das festas do Geo-Luta. Se você foi em uma dessas festas, que deu Polícia Militar e pedras dos vizinhos nos carros. Se viu Paulo Saldanha mudando a cor dos olhos verdes para vermelho, com a cuca cheia de montilla, libertando os dragões e perguntando para Fan Sousa: -"Fã, tem coca ainda?" E ela respondendo que a coca havia acabado, aí ele dizia morrendo de rir: "- Então vamos buscar baré"... Tá na hora de ficar pianinho em casa.
Cara eu fico aqui de Quarentena, mas com o fresado na mão, prá essa turma não pegar nada de vírus. Dessa turma toda, sempre tínhamos Eduardo Pazera, Emília Moreira e Lela Melquíades eram vanguarda revolucionária do pensar geográfico. Emília chegou a me emprestar 300 cruzados para eu completar a compra do meu primeiro fusca cor de merda, pois ela morria de medo de acidente com minha Moto XL 125. Eita moto velha boa, com ele fiz muitas trilhas e daí surgiu o "Projeto Pé na Trilha", onde a gente saía pelo mundo, construindo uma Geografia da Praxis.
É bom essa galera ter cuidado, pois os tempos são outros. Agora é live de BTS e notícias ruins de Bolsonaro e Coronavírus. Aquieta o faixo que é melhor. Um boicote aos supérfluos vai bem demais.
Se você era do Catuípe, da Viração, da Libelu, MR8, PT, PLP, PCB, PCdoB ou Anarquista. Se leu os jornais: Causa Operária, A Verdade, Inimigos do Rei, Utopia, Tribuna do Povo, Hora do Povo, O Momento, Nossa Voz e o Trabalho, pode ter certeza que está naquela lista dos 30 mil que a Ditadura não Matou, então redobre os cuidados, pois os neofascistas estão formando bandos.
Você que escalou os muros do Ástrea pra assistir Show de Alceu Valença ou pulou as grades do Espaço Cultural pra assistir Gilberto Gil, precisa tomar cuidado. Se contente com as lives. Lucinha Figueiredo, sempre me deixa atualizado das de Alceu Valença.
Você que foi prá o Congresso da UNE em Brasília, como eu e Beto Quirino fomos, pise devagar, pois a coisa tá feia. Rosa Varjão foi conosco e lembra que teve que emprestar um lençol prá Beto, pois o Congresso foi em um Circo e, o frio era de lascar. Eita viagem boa da gota serena. Prá conseguir grana, a gente se pintou de palhaço e comprou pacotes de balas prá fazer pedágio nos sinais de Brasília (ideia de Beto Quirino).
Naquele Congresso da UNE abandonei as teses trotskista,
stalinistas e me filiei ao ideário anarquista (coisa que Beto já era fazia tempo). Era um tempo sombrio até para as esquerdas que brigavam pelo controle dos sindicatos, UNE, DCE's e DA's.
Os Anarquistas eram uma minoria radical, mas muito barulhenta. No congresso da UNE ainda lembro das bandeiras pretas com um A circulado. Ainda lembro das palavras de ordem dos (+ ou -) 31 Anarquistas (comigo): "A UNE somos nós, nossos pais, nossos avós!" "A UNE ao lado dos três porquinhos!" "Partido, partido, partido é bolo!" "A UNE ao lado do estacionamento!" Essa foi a bancada mais animada do congresso, totalmente controlado pela UJS (PCdoB), tempo em que o Senador Lindemberg Farias se tornou o presidente nacional da UNE. Aí um stalinista português fez uma fala meio absurda e foi muito vaiado. Os Anarquistas começaram: "Eiii vai pra Portugal!!!" Umas 100 vezes... isso virou memes no ME.
Agora imagina, se a gente que foi prá esse histórico congresso da UNE em Brasília e, nas ruas do Distrito Federal, fez protestos por Reforma Agrária, e lutou por uma Aliança Operaria e Camponesa, há uns 30 anos? O diabo é que bota o pé fora de casa.
O bom desses viagens e encontros eram as nossas criatividade para passar o tempo. Lembro que tanto nas viagens para o congresso da UNE, quanto para o Quarup, eu, Beto, Dalmo Oliveira e Bento Júnior, criamos a "Rádio Papelão", aquela que não lhe deixa na mão. O nome veio dos tempos em que trabalhei no Jumbo Eletro da Epitácio Pessoa e lá, mantinha uma programação brega em pleno depósito e em meio as caixas de papelão.
Mas a Rádio Papelão com ingredientes universitários bombava em nossas viagens. Homi, tu é doido!?.
A Rádio Papelão tinha de tudo. Patrocinadores, bregas, MPB, entrevistas, fofocas, noticiários. Os bregas eram pesados, tipo: "Ela me deixou e foi morar com o guarda..." "Tornei-me um ébrio...". Os patrocinadores eram: Peidorex, Tampax, Peidax, Papel Higiênico Lixinha, Motel Deus é Amor, Motel Calango, Cabaré Lavou tá Novo, Funerária Final Feliz, Ciroses Bar, Bar da Tapa, entre outros. Pena que não era tempos de Tiktok (kkkkkkk).
Se você chegou a sintonizar na Rádio Papelão e ouviu Beto Quirino, entrevistando Olanise sobre o caleidoscópio que ela comprou no Quarup e estava tentando vê estrelas durante a madrugada, sai de baixo.
Se você ainda lembra de algum comercial do Papel Lixinha, aquele que tem tripla utilidade, limpa coça e penteia é melhor botar a barba de molho.
O maior patrocinador da Rádio Papelão era o Peidorex, produto revolucionário que transformava fedor em odores agradáveis como lavanda, capim de cheiro, flores do campo e mistral. O Peidorex garantir tornar peidos, bufas em seres sociais aceitos. Quem tivesse um minúsculo Peidax preso na cueca ou na calcinha, quando peidava, poderia ser de repolho, batata doce ou cebola com fígado, assumia na hora, pois peido liberado virava alfazema ou água de cheiro.
É o que eu digo, desses patrocínios todos, talvez o único que tá ganhando dinheiro, talvez seja a Funerária Final Feliz, e só com caixão e enterro, pois nem velórios temos mais. Eu tô só avisando, pois nem dá pra gente ir enterrar vocês.
Tu é doido!? Ficar em casa é o melhor negócio. Deixa esses rolezinhos pra essa galera bombada, pra essa geração chambinho, pipos e anabolizantes.
Eu sou do tempo de tripa assada com batata doce e de mungunzá salgado com joelho de porco, mocotó e braço de boi. Isso era comida pesada pra enfrentar qualquer coisa.
Mas faz muito tempo e agora com esses fubá Flocão e agrotóxicos comendo no centro, num tá vendo que não vou me arriscar em enfrentar esse bicho caninana e traiçoeiro. Principalmente, nessa Babel política que mistura fascismo, milícia, nazismo e Ditadura Militar. Tu é doido!? Eu nasci em 64 e já estou mais prá lá do quê pra cá. Se Sandrinha Sueli, que nunca envelhece, foi minha professora, tenos que nos cuidar, tanto com esse Covid-19, quanto com esse governo com práticas fascistas. Que a Profa. Lúcia Guerra esteja forte, pois precisaremos de uma Nova Comissão da Verdade para o Pós-Pandemia.
Se você frequentou as festinhas na casa de Neide de História e Luciana Araújo de Geografia. Se você foi a pé da UFPB até o Liceu Paraibano, ouvindo "prá não dizer que não falei das flores", na voz de Wanderly Fárias e aos gritos de Diretas Já! Passou pelas portas do Gran Pires e depois Mesbla, fazendo cordão contra a PM de mãos dados com Frei Anastácio, Erinaldo Moura, Irani Medeiros, Eliezer e Fausto Costa, te cuida, pois com certeza, passou por debaixo do viaduto novo, chegou até a praça dos três poderes, acampou com os camponeses de Camucim, aos discursos de Margarida Maria Alves e depois foi ao ponto de cem reis, se manisfestar contra a carestia, contra a Inflação e pelas Diretas Já! Mauricio Soares, Sandrinha, Cidoca, Lucinha, Deda e Mira, estavam com as mães nestes atos. Gente, nem deve pensar em sair de casa, pois essa "gripezinha mata sem piedade."
Se tu participou de manifestação nas cinco bocas de Mandacaru, com Luiz Inácio Lula, falando pra cinco bocas pingados, entre eles: Frei Anastácio, Carlos Alberto, Davi de Bayeux, Carlos Magno, Carlos Alberto, Peixe, Luciano do Mel, Derly Pereira, Lucinha Figueiredo, Evinha, Mauricio, Dione, Afonso do Zé Pinhão, Avenzoar, Joana Belarmino, Marcos Dias, Marcos das Estrelas, Dione Pinheiro, Sarmento, Erivan dos Textos, Anísio Maia, Fan Sousa, Calistrato, Eliezer Gomes, Ronaldo Barbosa, Feitosa, Ancelmo Castilho, Ricardo Coutinho e Luiz Couto, então é bom não vacilar, pois tua validade tá já vencendo e Tu pode fazer parte da lista dos 30 mil de Bolsonaro.
Homi, se você conheceu Chico César fazendo greve de fome, viu Pedro Osmar e Chico César, fazendo música com um liquidificador velho da Arno, triturando papel, enquanto tirava sons enigmáticos da boca. Se viu Joana Belarmino, Escurinho, Kennedy Oliviera, Lau, Erivan, Adeildo Vieira, Glaucia Lima, Debora Vieira, Marcos Fonseca, Pedro Osmar, Paulo Ró, Totonho, Coral Voz Ativa, o Maestro Luiz Carlos, Célia, Sílvia Patriota, Mariano, Wilma, Dea Limeira, Nara Santos, Pedro Limeira, Ruth e Raquel, Maúde Viscari, Milton Dornellas, e tantos outros e outras, participando dos festivais de música do SESC da Lagoa, quando Chico Noronha era Coordenador de Cultura, Maurício Germano diretor de Teatro, Fan Sousa de Artes Plásticas e Estela Bezerra de Cinema, te cuida, pois os riscos são grandes demais.
Imagine Jô Vital, Marco e Fred Oliveira que estagiaram no SESC? E, Carlos Azevedo, Ricardo Mattos e Adenildo (AJR), que compravam os Jornais da Causa Operária prá escapar das pressões de Lourdes Sarmento (ex-PCO), essa turma dando bobeira por aí? Tu é doido!?
Prá essa galera que ocupou a sede da Fundação José Americano de Almeida, prendeu o Reitor no próprio gabinete e melecou o tapete vermelho da reitoria com sopa, tão tudo correndo perigo.
Se tu participou de reunião Anarquista com Dalmo Oliveira, Zuma, Gerimaldo Nunes (In Memória), Nonato Bandeira, Fred, Manoel (Mané Cachorro), Belo Mariano e paiol de Anarco-Punk. Tu deveria evitar aglomeração, pois depois dessa quarentena vamos precisar de Anarquistas vivos.
Beto Quirino já me disse, - Belioz, a gente tem que tomar cuidado e se lembrar do cego Kaká Ribeiro, cantando: "- Dizem que a força da maré, badala desde o norte ao sul, e a Besta Fera anda solta, a maresia do sapo cururu. Pai Nosso, São Nosso, Santa Ave Maria..."
Te cuida e fica em casa e, pode deixar Mané chegar e a cobra criar asas, pois até a feira de Guarabira já estão querendo fechar. É bom avisar prá Raminho Talibã que é tempo de #FicaEmCasa! Tanajura e que cresce a bunda e sai voando feito doida. Tu é doido!?
Belarmino Mariano Neto. Prof. da UEPB Guarabira.