sábado, 16 de novembro de 2019

Um Fantasma de mulher ronda o Palácio do Planalto

imagem extraída das redes sociais.


Por Belarmino Mariano

Eu estou falando de um fantasma de mulher, um fantasma de uma mulher negra, o fantasma de uma mulher negra da periferia, um fantasma de uma mulher negra da periferia e de esquerda. Estamos nos referindo ao fantasma da Vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), assassinada brutalmente, no dia 14 de março de 2018. Significa que faz um 1 ano e 8 meses que assassinaram a vereadora e, que era a pré-candidata a Senadora mais cota em todo o Estado do Rio de Janeiro, ganhando folgada em todas as pesquisas de opinião pública, inclusive dos institutos burgueses de pesquisas.
Quem era Marielle Franco, além de mulher negra, periférica e de esquerda? Marielle Francisco da Silva (Marielle Franco), tinha 39 anos de idade, era Socióloga pela PUC/RJ, Mestre em Administração Pública pela UFF. Foi assessora parlamentar do Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ)e ativista dos movimentos sociais das populações negras, mulheres e direitos humanos.
Como vereadora, atuava em defesa dos povos das favelas, denunciando crimes contra jovens negros da periferia do Rio de Janeiro. no dia do crime, ela estava em uma reunião com um grupo de mulheres, para discutir suas demandas e direitos sociais. ela estava reunida na 'Casa das Pretas', discutindo e organizando demandas das jovens negras, no bairro da Lapa.
As investigações apontam que dois homens esperaram a vereadora, uma assessora e o motorista, saírem do local e lhes seguiram por uns quatro quilômetros, quando emparelharam os carros e dispararam 13 tiros de calibre 9 mm, dos quais pelo menos 3 tiros acertaram a vereadora na cabeça, assim como seu motorista que também morreu. A assessora sobreviveu aos disparos.
O mais intrigante dessa ação é a possível origem das balas, que não são vendidas para civis e podem ter vindo de um lote da Polícia Federal de Brasília e que também foram usadas em uma chacina na periferia de São Paulo em 2015.

QUEM MATOU MARIELLE E ANDERSON NUNES?

Segundo dados oficiais da Delegacia de Homicídios, da Polícia Civil, e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual, os dois acusados de assassinos da vereadora Marielle e seu motorista, identificados como: o Sargento reformado da PM do Rio Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz. Tanto o sargento, quanto o ex-policial atuavam no mundo do crime carioca, inclusive como matadores de aluguel, o PM inclusive havia sido expulso da corporação, por envolvimento com crime de tráfico de armas e outras ações de grupos criminosos. As investigações também apontam que os assassinos podem ter sido contratados por algum mandante.

QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?

Essa é grande questão: Se as motivações foram políticas e ela era uma forte concorrente ao cargo de Senadora, quem teria tanto interesse em matar Marielle? Para o Deputado Freixo (PSOL), principal mentor político de Marielle, esse assassinato pode esta na conta de políticos e influentes e que estão ligados aos grupos milicianos, pois um matador de aluguel não faria isso por conta própria.
O mais estranho na acusação recair sobre o Sargento Lessa, pois o mesmo reside coincidentemente no mesmo condomínio do atual presidente da República e inclusive de uma das filhas do sargento ter namorado com um dos filhos do presidente.
O presidente já se defendeu, dizendo que não 'se lembra desse vizinho e que o filho também não se lembra de ter namorado com a filha de Lessa, pois já havia namorado com todas as moças do condomínio'. Mesmo que a família Bolsonaro negue envolvimento ou participação no crime de Marielle, existem vários aspectos de defesa de milicianos em falas e discursos dos seus filhos enquanto parlamentares, em defesa e homenagens a envolvidos com grupos milicianos.
A família tenta diminuir a importância do nome de Marielle Franco, quinta vereadora mais bem votada em todo o Brasil. extremamente combatente das causas das mulheres periféricas, Direitos Humanos e grupos LGBT. Todas as pesquisas apontavam Marielle com favorita ao Senado, mesmo cargo que um dos filhos do presidente também pleiteava e que de fato foi o eleito, depois da morte de Mariele Franco.

O PORTEIRO DO CONDOMÍNIO DO SEU JAIR

Depois que o vizinho de Jair Bolsonaro foi preso pelo assassinato de Marielle, surgiu um novo fato, o ex-PM Alcio Queiroz, visitou o condomínio Vivendas da Barra, no exato dia do assassinato e, segundo um dos porteiros que trabalham a mais de 13 anos no condomínio, declarou que o visitante, havia indicado que estava indo para a casa 58, que pertence ao presidente Bolsonaro e que segundo o porteiro, em contato com o proprietário o mesmo autorizou a sua entrada.
Apesar das tentativas em encontrarem álibis que possam proteger o presidente, bem como, justificativas de que o mesmo se encontrava em Brasília, no dia do assassinato, foram confirmadas compra de passagens para o mesmo, diretamente para o Rio de Janeiro. Os filhos trataram de correr ao condomínio em busca de documentos e registros digitais na portaria, tentando desassociar a tal visita do Queiroz, tanto a caso do 'Seu Jair', quanto a casa do Sargento Lessa.
Quando o Brasil e o mundo, percebem que existem pontes de linhas soltas sobre toda essa investigação, ao ponto de uma das promotoras do caso, ter sido forte apoiadora da campanha de Bolsonaro e que se apressou em desmentir as declarações do porteiro, mais pulgas foram parar atrás das nossas orelhas, pois nesse angu pode ter caroço.
#QUEMMATOUMARIELLE?


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