domingo, 10 de novembro de 2019

O golpe da Bolívia estava reservado para o Brasil



Por Belarmino Mariano.
Todos estamos lembrados das ameaças de militares, milicianos e extremistas da Direita brasileira que caso Bolsonaro perde e a eleição, eles não aceitariam o resultado e as ameaças se avolumavam ao ponto de o filho do candidato Bolsonaro ter ameaçado fechar o STF, apenas com a ajuda de um jeep e um cabo.
Esse lamentável episódio ficou por isso mesmo. Tivemos a eleição e com a forte ajuda de Caixa 2 e os fakes news ele foi eleito. Mesmo com uma eleição claramente fraudada e com um claro apóio da mídia burguesa, as Esquerdas respeitaram a vontade das urnas e a democracia do voto.
O Juiz Sérgio Moro conseguiu armar um processo golpista da prender e excluí o Lula (PT) do pleito e o golpista conseguiu, permeando a vitória de Bolsonaro que lhe agraciou com o cargo de Ministro da Justiça.
As igrejas neopentecostais também apoiaram e deram sustentação ao esquema miliciano e bolsonarista em troca de cargos, ministérios e recursos públicos para suas redes de TV.
Bolsonaro tomou posse em janeiro de 2019 e ao tempo desses dez meses, só causa desgraças contra os trabalhadores e contra a soberania nacional. O PSL, partido pelo qual foi eleito, já reconheceu o erro político e as manobras milicianas que controlam o atual governos. Um grupo de ministros suspeitos controlam as principais pastas e já são registrados dez meses de crises. 
O Brasil piorou em todos os sentidos ou direções e as ameaças de golpe dentro do golpe continuam, ao exemplo do filho e Deputado Eduardo Bolsonaro que falou em instalar um Novo AI-5, pior a mais antidemocrático ato da velha Ditadura Militar.
Como já foi denunciado, esse golpe te na Bolívia, tem o dedo dos USA e do Brasil, com ataques racistas contra os povos indígenas bolivianos iguais aos que acontecem contra os povos indígenas brasileiros.
No território boliviano, enquanto as mídias burguesas diziam aos quatro cantos que Evo Morales estava bem atras nas pesquisas e que as eleições iriam para o segundo turno com Morales perdendo. Mas terminado o Pleito o Presidente foi reeleito com mais de 10% de vantagens. Morales obteve 47,08%, enquanto que Carlos Mesa obteve apenas 36,51%. Com esta vitória a Esquerda e os movimentos progressistas e anti-neoliberais demonstraram força e resistência em territórios Sul Americanos.
A grande mídia internacional dá conta em divulgar que alguns governos de direita e extrema direita não querem reconhecer os resultados eleitorais na Bolívia e a ideia é instaurar uma crise semelhante a que provocaram na Venezuela e no Brasil, depois da eleição de Maduro e da reeleição de Dilma Rousseff. 
O povo boliviano reconheceu os avanços da aliança de esquerda  que reconduziu Evo Morales ao poder, pois em 13 anos transformou as condições socioeconômicas e políticas do país, com investimentos em saúde, educação, habitação, segurança alimentar entre outros fatores. A Bolívia, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superior a 4% ao ano é a economia que mais cresce em toda a América Latina e isso vem incomodando as elites dominantes e grupos conservadores locais e até internacionais que estão de olho nas riquezas naturais da Bolívia como: o gás natural, petróleo e lítio (FUSER, 2019). Vale destacar que o lítio é uma das mais importantes matérias primas para as industrias de baterias para celulares, bicicletas, motos e automóveis.
Para Fuser (2019), a vitória de Morales se deu pelos avanços informacionais que ele implantou no país ao longo dos últimos 13 anos.  pois dos quase 11 milhões de habitantes do país, mais de 10 milhões estão conectados as redes sociais e todos sabem que o país, que vivia profundas crises e desgovernos, a partir de Evo Morales, a Bolívia melhorou e muito as condições de vidas de suas populações, tanto urbanas, quanto rurais, entre as quais os povos indígenas dos quais ele é originário.
A vitória de Evo Morales é o reflexo de que o povo da América do Sul esta acordando para governos entreguistas, antidemocráticos e neoliberais que só atrasam o progresso e o desenvolvimento socieconômico da região. E em meio as crises no Peru, no Equador e agora no Chile, ficou claro que o povo boliviano preferiu apostar no que esta dando certo. Apesar de governos como o de Bolsonaro e Trump não reconhecerem a vitória de Morales.
Derrubaram o atual governo de Evo Morales, eleito democraticamente, agora está no poder uma junta de milicianos, militares e fundamentalistas evangélicos que fazem a política NorteAmericana.
Não bastasse o Chile e o Equador, agora a Bolívia vive um banho de sangue, com crimes bárbaros e violentos contra as populações indígenas e contra os aliados de Evo Morales e nesse campo de batalhas com um dos lados desarmado, podem se preparar para milhares de mortes.
Contra esse golpe de Estado toda solidariedade ao povo boliviano e,
#AbaixoaDitaduranaBolivia
Fonte: https://radicaislivreseco.blogspot.com/2019/10/geopolitica-na-america-do-sul-levantes_30.html?m=1

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