domingo, 24 de fevereiro de 2019

Venezuela: Óleo e Sangue

imagem colhida das redes sociais.
Por: Lucio Flávio Vasconcelos

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo.
Mais de 90% das suas exportações estão atreladas ao "ouro negro".
O país sempre fora dominado por uma oligarquia corrupta e excludente. Nenhuma novidade na América Latina.
O coronel Hugo Chaves tentou chegar ao poder através de um golpe militar,  em 1994. Mas fracassou. Depois de amargar um curto período na cadeia, saiu como um herói popular.
Trocou a pistola pela retórica. Com um discurso populista de esquerda, lançou-se numa cruzada moralizante contra a elite venezuelana.
Dessa vez, o tiro foi certeiro. Alcançou o poder em 1999, através da eleição presidencial, e deu início a uma série de programas sociais de cunho popular. Seu prestígio atingiu as alturas.
Hugo chaves, com farto dinheiro do petróleo, tornou-se aliado de Cuba, China e Rússia. transformou-se no ícone das esquerdas na América Latina.
Mas, a partir de 2005, o preço internacional do petróleo começou a cair, vertiginosamente.
O sonho do Socialismo do Século XXI começou a ruir.
Os Estados Unidos nunca aceitaram perder o controle de um país na América Latina. Desde o século XIX, desenvolve uma política intervencionista na região.
Seja com os Marines, seja com dólares, ou ambos, sempre derrubaram os presidentes que ousaram romper com a sua influência. Os exemplos chegam à casa da centena.
Com Hugo Chaves não foi diferente. Em 2004, Washington tentou derrubá-lo do poder. O golpe durou apenas 24 horas. Com a reação popular, Chaves voltou ao Palácio presidencial mais fortalecido.
Hugo Chaves morreu em 2013. Nicolás Maduro é mera sombra do seu antecessor. Sem o carisma do coronel, mantem-se no poder a duras penas.
O cerco contra o governo de Maduro está se fechando. O governo norte-americano encontrou aliados fortes e submissos no Brasil e Colômbia para apeá-lo da presidência.
Sem o respaldo dos militares e das milícias, sustentáculos do regime, Maduro corre sério risco de sobrevivência.
A crise econômica que o país está mergulhado é o cenário explosivo de uma guerra civil de consequências desastrosas, não só para a Venezuela, mas para todo o continente.

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