Por: Belarmino Mariano*
Ele acha que vestir uma camisa de cada grande time lhe dará popularidade, mas me parece que na verdade, demonstra uma falta de personalidade, pelo menos para o mundo do futebol, pois o bom é torcer por um time, ganhando ou perdendo.
Mas o assunto aqui é economia. Três grandes tendências geoeconômicas foram expressas, tanto por Bolsonaro, quanto por Paulo Guedes e podem levar o Brasil ao plano de coadjuvante e até mesmo figurante, no contexto da economia global.
O primeiro tropeço diz respeito ao mundo Árabe; o segundo relaciona-se com a China e o terceiro ao Mercosul.
O mundo Árabe é sensível e desconfiado, mas com certeza tomará posições radicais e retaliações econômicas, caso o novo governo dê muito cabimento para Israel.
Os chineses, podem muito bem deixar de investir seu capital no Brasil. Basta um ano de retaliações, que nem precisam ser declaradas e o Brasil perdera mais de 60 bilhões em seus negócios. O primeiro tropeço diz respeito ao mundo Árabe; o segundo relaciona-se com a China e o terceiro ao Mercosul.
O mundo Árabe é sensível e desconfiado, mas com certeza tomará posições radicais e retaliações econômicas, caso o novo governo dê muito cabimento para Israel.
Essa semana o governo chinês já se voltou para parceiros da Europa como Portugal e Espanha. Indicativo de que poderá triplicar seus investimentos na região do Euro.
Sobre o Mercosul, qualquer afastamento ou erro na condução das relações econômicas dentro do Mercosul, o governo brasileiro favorecerá e muito, para que a Argentina passe a liderar as relações multilaterais dentro do bloco. Essa situação já ficou visível nas rodadas de negociação entre o Mercosul e a União Europeia para 2019.
Nesses casos, o lema "O Brasil acima de tudo", não passará de uma bravata sem sentido e os efeitos para a economia brasileira serão catastróficos.
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*Prof. Dr. em Sociologia Ambiental, Mestre em Meio Ambiente e Prof. de Geopolitíca e Teoria da Geografia pela UEPB.
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