Ariano Suassuna, certamente brincou com a teoria de Rutherford-Bohr, sobre os modelos atômicos e, relacionou o esquema a uma música estranha sobre a ideia em que "um cavalo morto é um animal sem vida" e " ao redor do buraco tudo é beira" e o cantor repetia a frase "Rutherford-Bohr, Rutherford-Bohr, Rutherford-Bohr, modelos atômicos."
Ariano Suassuna, tratava sobre o respeito à cultura brasileira e, o que nos interessa aqui é a "metáfora da beira do buraco", em um país em quê, a reeleição alimenta verdadeiros desgovernos, que simplesmente abandonam os municípios a sua própria sorte.
Trazendo esse humor de Ariano para Guarabira, quem anda de bicicleta, moto ou carro, vai concordar comigo. Por aqui não existe mais quase asfalto. A não ser em algumas avenidas em que supostamente existem empreendimentos de interesses de algumas famílias.
Por todos os lados onde você circula existe buraco e, no máximo, as respectivas beiras. As beiradas dos buracos são uma verdadeira constelação. Se comparados com átomos, essa história vai chegar ao buraco negro, quase na frente da igreja Assembléia de Deus, na saída para o shopping Cidade Luz e em suas laterais, pois existe buraco de todo tamanho e idade.
Para não ser injusto, podemos notar que entre a praça do Teatro, seguindo na direção do Colégio da Luz foi feito um bom capeamento e no Bairro Novo tivemos uma ruas asfaltadas e só.
Algumas ruas estão esburacadas de um canto ao outro. Além de ruas, ainda em chão batido e restos de asfalto, com mais de 20 anos, quando Fátima Paulino ainda era a prefeita, foram remendados e remendados, então, existem ruas em que os remendos superam o asfalto original.
O pior é que os consertos foram mal feitos e desiguais, então os calçamentos e asfalto ficaram enrugados e cheios de irregularidades, com as buraqueiras superando o que deberíam ser ruas bem pavimentadas.
Não importa o bairro, centro ou rodovias estaduais que no perímetro urbano, são de responsabilidade do governo municipal e sua equipe. As entradas do IFPB e da UEPB, além de buracos e beiras, tudo é lama, quando chove ou poeira quando seca.
Na cidade inteira, onde tinha asfalto, só resta um pissarro, brita solta e buracos. Onde só tinha calçamentos passou a existir ondas de buracos, covas, rebaixamentos e ondulações.
Como testemunha da oficina de BolaCar, já troquei a suspensão do meu automóvel duas vezes. Se for contar a quantidade de alinhamento e balanceamento, me perco entre as diferentes oficinas da cidade.
Cuidado motoqueiros, pois os fragmentos de terra, asfalto e brita soltos são perigosos demais, já levei uma escorregada, seguida de tombo. Quando tentei apoiar o pé no chão, a moto caiu pra um lado e eu para o outro. Essa semana, nos portões da UEPB, uma jovem levou um grande arregaço.
Em Guarabira está ficando difícil sair nas ruas. Para todos os lados temos os mais irregulares quebra-molas em uma única cidade. Em algumas ruas ou avenidas, chega a termos 3 ou 4 quebra-molas, entre 50 e 100 metros de distância. Alguns parecem montanhas, outros são verdadeiros meios fios, no meio das ruas. O pior é você sair de um quebra-muralha e cair em uma cratera.
Algumas ruas parecem um rally do sertão. Um furo vira barroca, que vira buraco e quando 3 ou 4 buracos se unem, temos uma cratera.
Em Guarabira, temos crateras em quase todas as ruas da cidade. Se a prefeitura adiar seus programas de tapa buraco ou as suas políticas de mobilidade urbana para outro gestor, ficará conhecido como o governo municipal mais esburacado da história recente.
Eu teria vergonha de receber esse título. Recursos existentem, profissionais querendo trabalhar são muitos e o que falta é a vontade política.
Como diziam os mais velhos, as vezes os remendos ficam piores do que os rasgões. Como é difícil falar de situações especificas, vemos Guarabira em seu atual estágio de abandono público, as vezes os buracos tapados, ficam com restos de construção rodeando o serviço e os materiais rolam para a pista, provocando risco de acidentes.
Ainda não sabemos sobre "o cavalo morto ser um animal sem vida", mas, além dos buracos ainda é comum encontrarmos cavalos, jumentos e vacas soltos pela cidade. Rutherford-Bohr não tratou sobre animais mortos em sua teoria dos modelos atômicos, mas, na cidade onde o lema é : "Governo do Trabalho. Aqui o trabalho não para!" Sei não, minhas dúvidas são muitas.
Enquanto isso, vivemos correndo sérios riscos de vida, pois para não cairmos nos buracos e nas crateras da cidade, somos obrigados a dirigir pelas beiradas.
Só para relembrar, pois recordar é viver, cadê aquela cidade tapete de asfalto da gestão de Fátima Paulino?
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