Depois de grande pressão dos grupos de direita, que usaram o poder midiático, jurídico e político para destruir o PT em todos os lugares, com o golpe contra a presidenta Dilma, com a "golpista operação lava jato", que prendeu Lula o impedindo de concorrer a eleição de 2018, muitos achavam que o PT estava destruído e nunca mais se reconstruiria.
Mas como uma legião fênix, o Partido dos Trabalhadores estar renascendo das cinzas. Foram momentos difíceis, fortes ataques a legenda e aos demais partidos do campo da esquerda, mas 2022 foi crucial para a história política do Brasil, com a reeleição de Lula e, com a esperança de melhores dias para a classe proletária.
O PT aos poucos se reconstrói em todos os reconditos lugares do Brasil e na região de Guarabira não será diferente.
Hoje na câmara de vereadores de Guarabira, com a presença de líderes como a Deputada estadual Cida Ramos e o deputado federal Luiz Couto, o presidente estadual do PT, Jackson Macedo, além de vários dirigentes dos municípios do Brejo e Curimataú, com a organização política do partido na região, grupos de mulheres, juventude, camponeses e outros, os diferentes diretórios se reuniram para discutir os rumos do PT regional para 2024.
Entre os municípios presentes, estavam lideranças de Guarabira, Sape, Mari, Dona Inês, Bananeiras, Sertãozinho, Alagoinha, Araruna, Pilõezinhos, Juárez Távora, Pirpirituba, Solânea e Serra da Raíz, entre outros em processo de formação provisória dos diretórios.
Como novo filiado ao PT de Guaratiba, estive prestigiando o evento. Depois de anos filiado ao PSOL local, sigo no campo das esquerdas e acredito que poderei contribuir com a oposição e com o fortalecimento do PT local e regional.
O PT foi minha primeira casa política, ainda muito jovem, cheguei a ter filiação interna ao PT, por ser menor de idade e militante estudantil.
Depois de anos filiado ao PSB, na época de Ricardo Coutinho e ao PSOL, chegou a hora de retornar ao PT, pois sempre estive no campo esquerdista e, pretendo manter a coerência e trabalhar para fortalecer bandeiras de Lula em seu terceiro mandato presidencial.
O desafio agora é muito maior, pois precisamos reconstruir o Partido dos Trabalhadores em sua base.
Precisamos voltar a dialogar com os sindicatos, movimentos sociais, juventude , mulheres, negros, indígenas, lgbtqia+ e o povo em geral, pois a consciência de que o presidente Lula e o PT foram destroçados por um golpe é patente e muito mais forte em lugares menores.
O PT voltou ao jogo político nacional, estadual e municipal e sabemos que o cenário das disputas municipais estar contaminada por golpistas e grupos que não governam para a sociedade.
Mesmo em desvantagem, pois os grupos políticos locais são fortemente controlados por oligarquías e seus "vassalos", sabemos que o papel histórico do PT, será a Pedagogia Política em que "Os Trabalhadores votam nos Trabalhadores".
Encontrei alguns amigos e ex- estudantes da UEPB, que estão na luta, ao exemplo do amigo Miguel de Sapé e a juventude com novos quadros políticos. Lideranças como Luiz Couto e Cida Ramos foram outros destaques do encontro, pois relembraram a nossa militância nas origens do PT e são lideranças históricas do partido.
O Professor Jr. Rocha, presidente do PT de Guarabira explicou que não foi um encontro de filiados, mas apanas de diretorianos e destacou que, "- o importante é saber que a disputa política municipal é cotidiana e constante. Então temos três grandes desafios: 1) construir as bases para unificar o campo da oposição para destruir o bolsonarismo em nossas cidades; 2) fortalecer as bases do PT local , aprentando nomes do partido para a disputa eleitoral e; 3) construir um programa de governo popular para dar sustentação as políticas nacionais do presidente Lula, com prefeitos e vereadores que estejam comprometidos com os excluídos."
Enquanto a extrema direita pretende dividir o Brasil, ao exemplo de golpistas e separatistas como o governador de Minas Gerais Romeu Zema, que sugeriu separ o sudeste e sul do norte e nordeste, alguns prefeitos instalados no poder, destroem as políticas públicas, desviam recursos e não investem na cidade.
Iremos pra luta, confrontando esses desgovernos municipais como fizemos com Bolsonaro e o excluímos do poder. Todos sabemos que o Brasil é uma República Federativa Municipalista. O poder político em nosso país começa nas cidades e os municípios recebem os recursos duretamente do governo federal.
Então, não podemos ter prefeitos e vereadores que trabalharam para destruir o PT e trabalham para destruir o governo do presidente Lula, que em apenas 230 dias, já reestabeleceu grandes conquistas para os mais pobres, vulneráveis e para a maioria dos brasileiros.
Sabemos dos dilemas políticos das esquerdas, entre os grandes centros urbanos e os pequenos municípios. A esquerda sempre se organizou melhor nos grandes centros, pois as cidades menores e interioranas ainda são controladas em cabrestos políticos de dependências, em que , a vida dos eleitores e seus familiares são negociadas por migalhas.
Por isso, teremos que intensificar ainda mais a nossa luta pela libertação dos oprimidos. Queremos que os recursos públicos, liberados pelo presidente Lula, cheguem de fato a quem mais precisa e, que não fiquem presos nas mãos de prefeitos corruptos e golpistas.
* Prof. Belarmino Mariano, geógrafo di Departamento de Geografía da UEPB. Doutor em Sociologia pela UFPB/UFCG.