Por Belarmino Mariano
Depois de todo um mês de preparativos, com dinheiro dos reis da soja, outros empresários e também de supostos recursos públicos para o financiamento dos atos golpistas do 7/9/21.
Depois de fortes ataques aos STF e ameaças de quebra do equilíbrio de poderes, chegamos as vias de fato.
O presidente Bolsonaro esperava 1 milhão de pessoas em Brasília. A ideia era a ruptura institucional, o fechamento do STF, o fechamento do Congresso e a instalação de um Estado de Sítio.
Mas o público não chegou a 100 mil pessoas. Mesmo assim, o presidente praticou diversas ações inconstitucionais.
Achando pouco, foi para São Paulo e inflamou ainda mais a multidão.
Nos grandes centros e nas rodovias federais, empresários do setor de transporte orientaram seus motoristas (caminhoneiros), ao bloqueio das rodovias.
O 7 de setembro caminhava para uma tragédia nacional. Os radicais aliados do presidente acampados em Brasília aguardavam o anúncio do Estado de Sítio e até vibraram com um anúncio falso.
Pela manhã do dia 8 de setembro, Bolsonaro já havia arregaçado e em áudio orientou os caminhoneiros a acabarem com os bloqueios. Em seguida, Bolsonaro foi orientado por Michel Temer a escrever uma nota recuando de suas pretensões golpistas e pedindo desculpas aos magistrados do STF.
Os presidentes da Câmara e do Senado, com notas mais neutras que detergente, covardemente e por omissão, colaboram com os atos de Bolsonaro.
Essa retratação de Bolsonaro é mais uma farsa, diante da incompetência governamental.
O Brasil vive um caos econômico, pandemia, ambiental, social e político. O governo Bolsonaro deve ser responsabilizado.
Nesse momento, o país vive a perplexidade de um governo golpista e ameaçador da ordem democrática.
Em um país democraticamente sério, este presidente estaria preso e seu governo dissolvido.
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