quinta-feira, 22 de outubro de 2020

VITÓRIA DA DEMOCRACIA, AUTONOMIA E COMPETÊNCIA PARA O FUTURO DA UEPB

Por: José Pereira*
Esta semana estaremos decidindo o futuro da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB para os próximos 04 (quatro) anos. Escolheremos uma chapa no próximo dia 21 de outubro que guiará os destinos da nossa universidade durante o período aludido acima. Por este motivo esta decisão é muito importante e deve ser tomada tendo como pano de fundo a história recente da UEPB e as qualificações técnicas, éticas, morais e humanas das pessoas nas chapas colocadas à disputa. 
  Ingressei no quadro permanente de docentes da Universidade Estadual da Paraíba em 2002. Neste mesmo ano tive contato com o movimento político “Democracia e Autonomia” conduzido por um coletivo de docentes e técnicos administrativos com as bandeiras de democratização e autonomia como pautas imprescindíveis para a nossa UEPB.  Naquele momento vivenciava dificuldades decorrentes, principalmente, da ausência de uma lei de autonomia financeira que possibilitasse sanar as demandas reprimidas ao longo de sua existência. 
Todas as lutas empreendidas pelo o movimento político “Democracia e Autonomia” culminaram com a aprovação de Lei de Autonomia Financeira em 2004 e a eleição da professora Marlene Alves para a reitoria da UEPB. Seu primeiro mandato iniciou no dia 13 de dezembro de 2004 e foi reeleita em 2008 para um novo mandato de quatro anos. Durante este período a UEPB teve avanços significativos tanto com relação à sua infraestrutura quanto do ponto de vista acadêmico e científico, com criação de novos campi e novos cursos. Além desses tivemos a aprovação dos planos de cargos, carreira e remuneração dos dois segmentos no ano de 2007.   
No dia 13 dezembro de 2012 chega ao fim a segunda gestão da professora Marlene Alves com a inauguração do MAAP – Museu de Arte Popular da Paraíba. Deste dia em diante o professor Rangel Júnior passa a gerir a UEPB tendo sido eleito em maio daquele ano por mais de 50% dos votos da comunidade acadêmica da UEPB. A partir desse momento a nossa universidade passa viver dias difíceis em função da dificuldade do Governo do Estado da época em compreender qual o papel da UEPB no desenvolvimento do Estado da Paraíba. O governador Ricardo Continho sempre entendeu que a nossa universidade era custo, despesa e nunca a viu como um investimento. Sempre tratou a UEPB a partir de uma compreensão deturpada sobre o que é uma universidade pública e de quem a financia. Nunca compreendeu que sempre foi e é o povo paraibano que mantém e financia a nossa universidade. 
Desta forma, as duas gestões do professor Rangel Júnior foram de extremas dificuldades nas diversas ordens. Não conseguimos ampliar a política de expansão física que vinha em curso, a criação de novos campi também não foi possível por falta de orçamento, acumulamos perdas salariais em função do mesmo problema, etc. Apesar deste cenário caótico, as gestões do professor Rangel Júnior conseguiram êxitos grandiosos que ficaram marcados na história recente da nossa UEPB.  
Como exemplo podemos citar alguns: - A UEPB se protagonizou como a universidade referência em transparência pública; sua experiência em autonomia financeira serviu de exemplo para a criação de leis em outras universidades, as ações do NUTES têm mudado a face da saúde na UEPB, em nosso estado e no país, todas ações sociais da universidade foram potencializadas e mesmo com as dificuldades orçamentárias impostas, ampliamos o leque de contratos e convênios com outros setores da sociedade com um caráter exclusivamente social, etc.
A gestão Rangel Júnior conseguiu não somente manter a UEPB funcionamento mas conseguiu ampliar em muito suas ações. Aprovou os regimentos da graduação e da extensão; expandiu os investimentos nos cursos de pós-graduação, ampliada em mais de 100% os doutorados e 80% os mestrados. Do ponto de vista acadêmico, a UEPB hoje é uma instituição consolidada. O enfrentamento a Pandemia da COVID-19 é outro exemplo de lucidez e compromisso com a vida que atual gestão demonstrou em suas ações de combate.  Por isso, devemos reconhecer todas as ações empreendidas nesses últimos com o único objetivo de garantir a sustentabilidade da UEPB e o reconhecimento de que ela é um importante equipamento social para o desenvolvimento de nosso estado. Grande parte do mérito deste feito devemos ao professor Rangel Júnior e sua equipe.
E o futuro da UEPB daqui em diante?  Este pergunta merece o cuidado e o zelo apurado pela importância da resposta que virá dela. Pois bem, temos quatro chapas na disputa pela reitoria da UEPB e para responder a questão proposta devemos analisar quatro aspectos: 1º - Conhecimento e experiência de Gestão na UEPB; 2º - Conhecimento técnico sobre planejamento, orçamento e finanças públicas; 3º - Capacidade de empatia e firmeza para resolução de problemas e serenidade nas discussões sobre conflitos e, por fim; 4º - Capacidade humana de não se permitir a leviandade e a injustiça dentro do debate acadêmico e administrativo no âmbito da UEPB. 
De posse desses elementos para análise, é quase inevitável não chegarmos ao nome da professora Célia Regina Diniz. A conheço e posso testemunhar que ela carrega todos esses elementos em sua trajetória. A sua passagem pelas pró-reitorias de Gestão de Pessoas e de Administração lhe dão um conhecimento de gestão da UEPB. Na chefia de gabinete teve contato com as secretarias de planejamento e de finanças, que possibilitaram uma compreensão clara sobre o orçamento da nossa universidade. Na pró-reitoria de Gestão de Pessoas teve que enfrentar muitos conflitos, o que lhe exigiu capacidade empática para resolução, lhe posicionando como gestora correta e leal. Em função deste acumulado de experiências apresenta uma virtude humana tão rara nos dias de hoje, que vem demonstrando no pleito político atual: suas falas e posicionamentos não agridem seus adversários, não apresenta propostas eleitoreiras ou algo do gênero, não cria factóides com o intuito de desestabilizar seus adversários e se apresenta como mulher digna e leal. 
A composição de sua chapa com a Profª. Ivonildes Fonseca, diretora atual do Centro de Humanidades, pesquisadora, humanista, militante das causas sociais e das minorias, vem amalgamar duas belíssimas histórias de vida num projeto que não é personalista, pessoal delas, mas que nelas personifica um sonho de muitos e a estes muitos representa.
Faço um esforço para verificar nas candidaturas de oposição um projeto de universidade que pudesse se apresentar como alternativa ao projeto que vem permitindo o avanço da UEPB nesses últimos anos, mas não vejo. Não localizo. Desta feita, torna-se imperioso ratificar o reconhecimento do trabalho feito até aqui e a necessidade de garantir o futuro da UEPB com pessoas que já demonstraram seu compromisso com aqueles que fazem parte dela. Dia 21 de outubro Chapa 2, Célia Regina Diniz e Ivonildes Fonseca.  Reitora e vice. A vitória da democracia.
  
*Prof. José Pereira da Silva
Docente do Departamento de Psicologia – UEPB 
Matrícula: 122545-6

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