terça-feira, 21 de novembro de 2017

*SOMOS UM POVO AFRODESCENDENTE*

Imagem da Rádio Vaticano

Durval Muniz - historiador e professor da UFRN.

No dia 20 de novembro, se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra, num momento em que somos dirigidos por um governo que vem atacando duramente as poucas conquistas realizadas pela população de origem africana nas últimas décadas.
A paralisação da demarcação das terras dos remanescentes de quilombos, como moeda de troca para ter o apoio da bancada ruralista no Congresso Nacional, a imediata extinção da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, assim que tomou posse, o fechamento de várias embaixadas brasileiras na África, são apenas alguns exemplos que deixam claro que estamos sendo governados, mais uma vez, por racistas e insensíveis as causas sociais da maioria da população.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A Surdez no ENEM e na Sociedade

Os três macacos sábios. Extraído das Redes Sociais.

Professor Damião dos Santos.

O tema da redação do ENEM nos remete, não tão somente à questão da surdez patológica, a dificuldade de ser ouvido. A surdez do alunos frente ao professor em sala de aula.
O professor chega na sala, aula na "ponta" da língua. Ninguém escuta, ninguém ouve. Surdez total. Terceiro ano noturno: os alunos não viram nem "ouviram" o professor chegar na sala.
A massa, o povo, não ouve grito de alerta: Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência; todos estão surdos, cegos e mudos. Adeus direitos.
Ninguém ouve, apenas um "apóstolo" , solitário, pregando no deserto.
No deserto das multidões, finge-se de surdos para não ouvir. Finge-se de surdos para não ouvir do outro o grito de socorro. Falou comigo? "Desculpa!", eu não ouvi.

domingo, 12 de novembro de 2017

18 homens e 1 opressão

Preconceito contra as mulheres. Fonte Revista Agora

Por: Mauriene Freitas*

Por que tantos homens querem decidir sobre o direito reprodutor feminino? Por que é tão importante retroceder na lei e impedir que mulheres estupradas possam fazer o aborto legalmente?
O aborto trata da autonomia da mulher de decidir sobre a gestação, mas também trata da liberdade sexual das mulheres. Ter o controle disso é uma forma de manter esse ciclo de opressão, construído na esfera privada ( a casa/família) que se transfere numa ótica moralista para a esfera pública ( a rua/ a sociedade).

POLICIAIS BAIANOS LANÇAM MANIFESTO CONTRA BOLSONARO



Fonte: Images-cms-image-000567968

PORQUE REJEITAMOS E SOMOS CONTRA BOLSONARO

O coletivo de Policiais Baianos Progressistas e Pela Democracia escreveu um manifesto de repúdio ao deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência em 2018;  “Escolhemos essa profissão para proteger as pessoas — nossas famílias, nossos vizinhos, os cidadãos e as cidadãs do nosso estado —, para cuidar dos outros, para acabar com o medo e não para provocá-lo, para garantir a paz social e não para fazer a guerra. Entendemos que não é abolindo ou desrespeitando os direitos humanos, como pedem alguns demagogos, que vamos reduzir a violência na sociedade; muito pelo contrário”, diz o texto. Confira abaixo a íntegra do manifesto anti-Bolsonaro:

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Lava Jato, trair a Pátria não é crime? Vender o país não é corrupção?

Senador Roberto Requião, Imagem do twitter.

Por: Senador Roberto Requião

O juiz Sérgio Moro sabe; o procurador Deltan Dallagnol tem plena ciência. Fui, neste plenário, o primeiro senador a apoiar e a conclamar o apoio à Operação Lava Jato. Assim como fui o primeiro a fazer reparos aos seus equívocos e excessos.
           Mas, sobretudo, desde o início, apontei a falta de compromisso da Operação, de seus principais operadores, com o país.  Dizia que o combate à corrupção descolado da realidade dos fatos da política e da economia do país era inútil e enganoso.
             E por que a Lava Jato se apartou, distanciou-se dos fatos da política e da economia do Brasil?

domingo, 5 de novembro de 2017

Bora lá entender um pouco dessa tal de ideologia de gênero.

Imagem extraída das redes sociais.  plus.google.com 

Por: Marta Rovai (Profa de  História da UNIFAL MG).

1. Karl Marx era um alemão que viveu no século XIX. NUNCA tratou da questão de gênero, porque sua preocupação estava em discutir as relações de exploração no capitalismo. Definia a ideia de ideologia no sentido de que as classes dominantes criavam formas de entender o mundo para convencer os dominados de que a desigualdade entre classes era natural.
2. As questões de gênero NÃO foram postas pelo comunismo e não foram centrais em NENHUM país que se disse socialista ou em grupos de esquerda. Esta é uma problemática trazida pelas mulheres, inclusive em crítica ao marxismo.

sábado, 4 de novembro de 2017

"Razões para você não querer deixar Judith Butler falar"


Por Eduardo Rabenshorst

Butler é uma das principais teóricas do gênero, mas você certamente prefere chamá-la de “ideóloga” do gênero. Tudo bem, logo você que segue um grupo de extrema-direita ou uma ideologia religiosa, querer tachar a teoria dos outros de “ideológica”? Mas isso é um pequeno detalhe. Ideologia ou não, o gênero é uma ideia presente na antropologia há muitas décadas, muito antes de Butler ter nascido. A ideia é simples. Não é a fome, mas a etiqueta que faz com que você não deva arrotar à mesa (espero que seja o seu caso).

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

"SOLDADOS ARMADOS, AMADOS OU NÃO"

Ditadura Militar no Brasil. PMs perseguindo civil. Imagens extraídas das Redes Sociais

Por Alexandre Moca*

Soldados armados, amados ou não (I)
Nem a polícia é o soldado que eventualmente comete um deslize, nem o professor ou o aluno é a Universidade a qual pertence. As instituições são infinitamente maiores do que os seus atores. Sobre isso podem e devem ser feitas algumas considerações. Alunos professores e policiais passam. O que não pode passar para o lado de dentro dessas instituições é a intransigência, o autoritarismo e a repressão, como já passou um dia. Nem faz tanto tempo assim e parece que há uma amnésia conveniente e perigosa pairando sobre a cabeça de alguns que espero sejam poucos...



Soldados armados, amados ou não (II)
...Com o verso do paraibano Gerado Vandré, extraído da bela canção "Para não dizer que não falei das flores", que serve de epígrafe e sob a da poesia espessa no mesmo, espero que me acuda o bom senso, aquele que todos pensam possuir de sobra e sobre o qual Renê Descartes faz referência, logo no primeiro parágrafo do seu Discurso sobre o método...


Soldados armados, amados ou não (III)

...A música que transformou Vandré em uma celebridade, em pouco tempo foi abominada pela ditadura de então. Rendeu ao autor prisão e dizem que até tortura. É que os belos versos do paraibano transformaram-se em hino da esquerda brasileira e o hino teve proibida a sua execução, por ser considerado uma obra subversiva. Assim foi rotulada e carimbada pela censura de então, quando na realidade sempre era e é nada mais que uma marcha, impedida de ser tocada em tempos mais obscuros que os de agora. Imaginem!...