O Fumacê ou Firula bilionária da defesa dos brasileiros?

Por Belarmino Mariano

Quando eu vi os tanques fumacê expostos por Bolsonaro no dia de ontem, fui fazer uma pesquisa e fiquei com uma vergonha tremenda. A pequena Coréia do Norte, com 26 milhões de pessoas, tá mais protegida militarmente do que o Brasil, com 213 milhões de brasileiros. 

Isso também revela outro absurdo. O orçamento do Brasil com as forças armadas é quase do tamanho de toda a economia da Coreia do Norte. 

"Em sua página na internet, a CIA, a agência de inteligência americana, estima o tamanho da economia norte-coreana em torno de US$ 40 bilhões (R$ 160 bilhões), similar ao PIB de Honduras ou do Estado brasileiro de Goiás".

Conforme  o presidente Jair Bolsonaro antecipou a BBC News Brasil, "a proposta de gastos prevê R$ 110,7 bilhões para as despesas primárias do Ministério da Defesa, alta de 4,7% em relação ao proposto pelo governo para 2020 (R$ 105,7 bilhões)". Estes são apenas os gastos primários.

Se os gastos do Brasil são tão grandes, como explicar que um país pequeno, pobre e bloqueado pelos EUA, consegue ter um poder bélico superior ao Brasil? 

Enquanto não temos uma resposta, o presidente abusa do poder e expõe para o mundo as entranhas de um país e suas fragilidades geopolíticas. 

Depois de ontem percebemos que o governo Bolsonaro sofreu mais duas derrotas. O fiasco dos tanques  fumacê nas avenidas de Brasilia e a reprovação do voto impresso. 

Mas veremos que ele vai continuar com a mesma ladainha, pois o objetivo é melar as eleições em 2022.

Ele apenas testa a nossa paciência. A pergunta é: será que o tal jeep, soldado e cabo não seriam suficientes para entregar o tal convite da Marinha? Por acaso está faltando internet no gabinete do ódio? Esse importante convite não poderia ir via Sedex (Correios e telégrafos)? Não seria mais fácil um telefonema, aí Bolsonaro iria de moto na Marinha? Poderia mandar um motoboy bolsonarista levar o convite para o Bolsonaro? Pelo amor de Deus, esse presidente já passou da hora de ir cata coquinho no Pantanal maranhense.

Fontes:

BBC News Brasil em Brasília.