Por João M. C. e Andrade
Homero, poeta grego que viveu há mais de 3.000 anos, nos relegou a história da grande batalha pela cidade de Íllion, que foi chamada depois de Tróia. Muitos atos heroicos tiveram lugar no longo cerco grego aquela esplendorosa e orgulhosa cidade.
Entre tantos eventos, o que mais ficou marcado da história contada por Homero foi a forma como os gregos conseguiram entrar nas inexpugnáveis muralhas da cidade: construíram um cavalo com restos de navios, e o encheram de guerreiros. Eis o famoso Cavalo de Tróia, foi ele o responsável pela completa destruição do lugar, tanto que até os dias atuais são procuradas evidências sobre sua verdadeira localização.
Faço essa pequena introdução para refletir sobre os eventos que culminaram no último dia 15 de novembro, na reeleição do atual prefeito de Araruna. Aos incautos ou desinformados vale lembrar que disputaram a eleição: Benjamin Maranhão (MDB) e Vital Costa (PP), cujos resultados apresentados pela Justiça Eleitoral, com a totalização da votação acontecida no último domingo, dão conta de que Benjamin obteve 5.257 votos (49,17%) e Vital alcançou 5.435 votos (50,83%), numa diferença de apenas 178 votos.
Logicamente, o sr. Vital obteve a sonhada reeleição. Mas cabe perguntar: a que custo? E é aqui que as semelhanças entre o Cavalo de Tróia e o prefeito reeleito começam a fazer sentido, e não apenas pela mascote eleitoral adotada durante a campanha e que faz alusão ao número do Partido Progressista.
Somente a título de exemplo da capacidade destrutiva do Cavalo de Troia Ararunense, podemos citar a rápida instauração de um ambiente de perseguição àqueles e àquelas que optaram por não votar no atual prefeito, inclusive com o compartilhamento, em Redes Sociais, de Listas de pessoas que devem ser lembradas para um processo sistemático de perseguição. E olhe que só passou um dia da eleição...
Sobre essa lista se pode dizer que é apenas falácia, uma invencionice. Tal posição ou falta de posição por parte dos “ganhadores”, é um perigoso indício e ameaça à Democracia e aos princípios fundadores de nosso país que se encontram ancorados na Constituição Federal e que garantem a existência do Estado Democrático de Direito. A própria possibilidade de existir de fato uma “lista negra” nas mãos de apoiadores, aliados, assessores ou do prefeito, configura em si o cometimento de diversos crimes tanto na ordem Administrativa, como Cível e também Penal.
Para além desta e de outras questões que vêm surgindo ainda alimentadas pelos humores do período eleitoral, temos outros fatos extremamente graves, que já foram extensamente publicizados durante o período de campanha e que são, também, elementos que forjam o cavalo de troia ararunense.
Mas esses assuntos trataremos em outras oportunidades.
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