Por: Manoel Fernandes
O mês de maio é sempre cheio de surpresas, ainda mais em anos que terminam com 8, embora tudo não passe de mera coincidência.
Agora, para lembrar um 11 de Setembro, aparecem os caminhoneiros e a figura de Allende cercado pelas tropas de Pinochet. No centro de mais um golpe militar, essa estrutura rodoviarista hegemônica e monopólica de circulação espacial ganha um protagonismo dramático.
As soluções apresentadas pelos intelectuais asseclas do capital é o deexpropriar ainda mais os trabalhadores, repassando parte significativa da poupança já roubada de milhões, para entregá-las em partes: ao sistema financeiro, aos proprietários de grandes empresas de transporte e a certos setores da indústria.
A realidade é que a solução rodoviarista é plenamente associada aos interesses latifundiários. Os camponeses são subsumidos à estruturas fundiárias excludentes e perversas porque a concentração da circulação estimula a concentração de terras em poucas mãos.
Imaginem agora os regatões do Pará expropriando seringueiros migrados que ocupam as várias margens de muitos rios, vendendo barato o que extraem e comprando caro o que lhes chega. Marx, que este ano completaria duzentos aninhos em Maio se vivo fosse, disse que fora da esfera imediata da produção, só o transporte interfere na determinação do mais-valor.
Depois de vários golpes contra os trabalhadores. O aumento da miséria. A destruição de diversos programas sociais que distribuíam renda. Vemos os fascistas que gritaram Fora Dilma, pedir que lhes contemplemos com renúncia fiscal. Enquanto isso, o exército que foi treinando com sangue dos haitianos espera a ordem como um cão no cio, para entrar na nossa casa sem pedir licença.
Isso que vivemos agora não é greve, isso é golpe.
Isso que vivemos agora não é greve, isso é golpe.
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