Deputados Federais do PSOL, imagem em 20/12/2017. site oficial do PSOL. |
Por: PSOL na Câmara Federal
Em coletiva à imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (20), a bancada do PSOL na Câmara fez um balanço sobre a atuação do partido em 2017, se destacando mais uma vez pela sua coerência e oposição programática ao governo de Michel Temer, e apontou as tarefas desafiadoras para 2018. A deputada Luiza Erundina (SP) e os deputados Glauber Braga (RJ), Ivan Valente (SP), Chico Alencar (RJ), Jean Wyllys (RJ) e Edmilson Rodrigues (PA) destacaram os principais retrocessos enfrentados nesse ano, com destaque para a reforma trabalhista, as duas denúncias contra Temer protocoladas pela Procuradoria Geral da República e a reforma da Previdência, que chegou a ser aprovada em comissão especial mas, devido à pressão popular, foi adiada para o início de 2018.
A conclusão é que 2017 representa um dos períodos de maiores retrocessos para a população brasileira.
“O ano de 2017 foi marcado por retrocessos. Nunca a democracia direta, participativa e representativa, a transparência, o meio ambiente, os direitos humanos e a igualdade de direitos foram tão ameaçados. Um Parlamento à disposição do Palácio do Planalto manteve um governo golpista com a rejeição de duas denúncias contra Michel Temer, por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa. Com posição contrária da bancada do PSOL, a Câmara dos Deputados figurou com a aprovação de propostas retrógradas, principalmente, em nome de um ‘ajuste fiscal’ que agrada ao mercado financeiro e achata, cada vez mais, o poder de compra das(os) brasileiras(os). Foi assim para a aprovação da retirada de direitos trabalhista e da lei da terceirização; a privatização de portos, aeroportos e rodovias; os benefícios a empresas estrangeiras para exploração do petróleo e os diversos Refis”, destacam os deputados, em documento de balanço divulgado na coletiva.
Para o PSOL, embora tenha sido um ano muito difícil do ponto de vista das ameaças aos direitos, também foi marcado por muita pressão junto aos parlamentares e mobilizações nas ruas, que conseguiram impedir a consolidação de outros ataques.
“A pressão popular conseguiu reverter o decreto que acabava com a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, e permitiria uma irrestrita exploração mineral; manter o título de Patrono da Educação a Paulo Freire; impedir a conclusão da PEC 181/2015, que proíbe a interrupção da gravidez em casos de estupro ou risco de morte; e adiar a votação da reforma da Previdência. Além disso, nesta semana, a partir da Ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo PSOL, houve a decisão do Supremo Tribunal Federal em suspender a Medida Provisória que pretendia adiar o reajuste dos servidores públicos e aumentar a contribuição previdenciária”, pontua.
Na avaliação dos deputados, 2018 será um ano de muitos desafios, exigindo a intensificação das lutas sociais e candidaturas que apontem uma alternativa à esquerda para o cenário de crise do país.
Confinara Nota Oficial do PSOL na Câmara Federal
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