sábado, 13 de janeiro de 2018

O Canibal

Bolsonaro, imagem das redes sociais.


O presidenciável Jair Bolsonaro, mais uma vez, perdeu a oportunidade de responder como ele e os filhos ficaram milionários através da política.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, disse que usava o dinheiro de auxílio-moradia "para comer gente". Mais uma pérola do mito!
Sua retórica chula revela o quanto ele está despreparado para debater os profundos problemas do país. 

Bolsonaro é apresentado pelos seus seguidores como um herói redentor. Capaz de, empunhando um fuzil fumegante, resolver todas as mazelas do Brasil.
A fronteira entre o herói e o demagogo é muito tênue. O papel do herói, aquele que alimenta o nosso imaginário político, realiza proezas monumentais em momentos cruciais da história. Na maioria das vezes sem alarde, em silêncio.
Por sua vez, o demagogo é aquele que chama a atenção por sua retórica exagerada, cheia de fanfarronice, sem realizar nada concreto. Fica no discurso, na maioria das vezes bem virulento.
O político Jair Bolsonaro enquadra-se no segundo caso. É o típico demagogo.
Está há 30 anos exercendo mandados sucessivos e não tem um único projeto que se destaque.
Pousa de antipolítico mas vive da política. Ele e seus três filhos.
Com sua retórica inflamada, vociferando contra feministas, negros, homossexuais e militantes de esquerda, criou uma aura de honestidade, moralidade e habilidade para solucionar os profundos problemas da nação.
Com as revelações de que a família Bolsonaro possui 11 imóveis no valor de 15 milhões de reais, emprega funcionária fantasma no seu gabinete e recebe auxilio-moradia mesmo possuindo apartamento em Brasília, Jair Bolsonaro deixa cair a máscara.
Ele corre o risco de tornar-se, apenas, o primeiro candidato a presidente assumidamente antropófago da política brasileira.

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