Por Diego Irineu (Vivir para contarla)
Após 8 dias em Cuba, posso contar algumas experiências que tive, sobretudo em Havana. Entre tantas, como enxergar paisagens constituídas de casas e automóveis antigos, as que mais me causaram espanto foram as conversas com o povo cubano. Não com os dirigentes ou os chefes do poder, mas as pessoas comuns que caminhavam pelas ruas da capital, seja vendendo frutas, catando papelão e/ou simplesmente passeando.
Creio que no modo de vida de tais sujeitos está a chave para entendermos o que se passa no país socialista e o que se projeta para o futuro com o fim do embargo. A fala mais significativa que identifiquei versava sobre a complexidade de entender Cuba neste instante, pois para esse intento se fazia necessário compreender algumas relações sociais existentes na cotidianidade do país que, em substância, não se distinguem das existentes num Estado de economia aberta como o Brasil, ainda que sejam distintas as formas de organização social e política entre ambos.