sábado, 21 de outubro de 2017

Congresso do PSOL da Paraíba define Tárcio Teixeira para disputar o governo estadual

Imagem extraída das redes sociais. Foto ASCOM/PSOL/PB.

Por: Belarmino Mariano Neto

No dia 21 de Outubro (Sábado), no Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios, no Centro de João Pessoa, foi realizado o 6º Congresso do PSOL Paraíba, que superou todas as expectativas e reuniu mais de 120 pessoas. Ocorreu a definição dos nossos pré candidatos majoritários: Tárcio Holanda Teixeira Governador; Nelson Junior e Victor Hugo Nascimento para o Senado. Em Março teremos a definição dos pré-candidatos para deputados estaduais e federais para varrer essa velha política de uma vez por todas. Chega de golpistas e corruptos. #Vamos! Avançar com o PSOL em todas as frentes de defesa dos interesses e direitos da Classe Trabalhadora, Mulheres, Negros, Populações LGBT´s, Questões Ambientais entre outras bandeiras de luta do PSOL...

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A esquerda vence eleições na Venezuela


Imagem extraída das redes sociais. Blog Independência Americana 08/2017.
Por Belarmino Mariano

O Resultado das eleições na Venezuela foi surpreendente em todos os sentidos, pois a esquerda elegeu 17 dos 22 estados que compõem o país. Vitória do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela (Chavismo) em 17 estados, contra 5 conquistados pela oposição MUD (Movimento Democrático da Unidade). 
Parece que a mídia internacional fez questão de ignorar o atual resultado das urnas na Venezuela e a esmagadora vitória da Esquerda venezuelana, nos maiores estados do País.
O chavismo recuperou o Estado de Miranda, baluarte da direita.
61% de participação, contra 53% em 2012. O Estado de Portuguesa deu uma vitória de 74, 24% para o PSUV. 
Com todas as ressalvas que temos, é de se observar o grande apoio popular que Maduro e a Esquerda tem quase todas as províncias. Esse é apenas um dos reflexos de que o povo venezuelano entendeu que as intenções da Direita venezuelana é se manter no poder e extrair os direitos da classe trabalhadora, como vem ocorrendo no Brasil com o governo golpista de Temer (PSDB, PMDB, DEM e outros).

Vejam os resultados Estado por Estado:

Amazonas PSUV 59,85% MUD 23,00%Anzoátegui PSUV 46,74% MUD 52,01%
Apure PSUV 51,92% MUD 31,56%
Aragua PSUV 56,83% MUD 39,06%
Barinas PSUV 52,88% MUD 44,35%
Carabobo PSUV 51,46% MUD 46,41%
Cojedes PSUV 55,48% MUD 42,91%
Delta Amacuro PSUV 48,78% MUD 39,05%
Falcón PSUV 51,86% MUD 44,04%
Guárico PSUV 61,68% MUD 37,38%
Lara PSUV 57,65% MUD 40,93%
Mérida PSUV 46,03% MUD 51,05%
Miranda PSUV 52,54% MUD 45,92%
Monagas PSUV 53,94% 43,97MUD %
Nueva Esparta PSUV 47,46% MUD 51,81%
Portuguesa PSUV 74,24% MUD 33,22%
Sucre PSUV 59,89% MUD 38,77%
Táchira PSUV 35,38% MUD 73,29%
Trujillo PSUV 59,09% MUD 37,82%
Vargas PSUV 52,35% MUD 46,22%
Yaracuy PSUV 61,88% MUD 35,81%
Zulia PSUV 47,07% MUD 51,06%

Fontes:
 http://independenciasulamericana.com.br/2017/08/constituinte-evitou-golpe-parlamentar/
https://istoe.com.br/saida-para-crise-na-venezuela-parece-mais-distante-apos-eleicoes/
https://www.brasildefato.com.br/2017/09/22/oposicao-venezuelana-perde-a-capacidade-de-convocar-protestos/

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Basta de espetáculo e cinismo

Por: Agassiz Almeida
                              
             Armou-se no país, há mais de três anos, um dramalhão, cujo epicentro se irradia de Curitiba sob o comando de um imperador judicante que enfeixa no seu Olimpo os poderes de carcereiro, julgador e executor de penas condenatórias que as aplica com a voracidade de um inquisidor do Santo Ofício. É a versão rediviva de Torquemada, inquisidor-mor no século XVI, na Espanha, poderoso e calculista; ele lançava centenas de hereges nas fogueiras.
Atualmente, aqui no Brasil, o imperador da Lava Jato lança os acusados nos holofotes televisivos num devastador linchamento moral, e pari passu a este cenário de horror em que desesperados condenados clamam para delatar, uma mídia poderosa abafa       qualquer reação contrária. A morte do reitor Cancellier, em Santa Catarina foi o ápice da tortura psicológica.
Quase semanalmente, no palco deste teatrão, novas peças são encenadas com base sobretudo em delações premiadas arrancadas de atormentados condenados. O que se espera dos depoimentos desses náufragos da insensatez e abatidos por distúrbios mentais?      E lá vão eles arrastados à presença do poderoso dono de suas liberdades, tresloucados e sonâmbulos de um calvário, a expelir imaginárias revelações contra quem os seus algozes apontam.
Malatesta, grande jurista italiano, no seu livro “A lógica das provas”, é afrontado pelos inquisidores de Curitiba, da Lava Jato, cuja teoria opressora abraçam e que se estende por todo o país, inclusive no Supremo Tribunal Federal, onde ministros adeptos da insensatez midiática, transvestem-se em atores deste novelão.
Paremos e reflitamos um pouco. Vivemos num país surrealista. Neste Brasil tudo tem a pequenez do inusitado. Sessões do STF são televisionadas; aliás, é o único país do mundo onde esta encenação publicitária ocorre. É contrastante. Cenáculo onde se requer serenidade e tranquilidade, o que se assiste é um desfile de vaidades sob holofotes televisivos.
                   O caso da prisão de Aécio Neves retrata bem este dramalhão rocambolesco. Um ministro do STF, Luiz Fux, inconsequentemente empunhando o seu bastão sentencioso, faz inversão hermenêutica de sobrepor lei ordinária a uma norma constitucional. Nesta quixotesca aventura ele atinge a independência do poder legislativo. A nação renega essas vaidades doentias amparadas sob a toga.
                  Em 1964, o ruído das botas militares perturbava a nação; hoje imperadores de toga se desandam contra o próprio estado democrático de direito. Neste melodrama shakespeariano há algo perturbador que se inocula nas mentes de milhões de brasileiros. É a destilação do ódio ideológico e político excretado por agentes do Judiciário e do Ministério Público.
Quando observamos prisioneiros aterrorizados por longas penas de prisões, homens com mais de 70 anos, arrastados à presença de seus algozes, maquiavelicamente instruídos, para a esperada “libertação” através da “delação premiada”, o que podemos concluir dessa desfigurada e ilegal prova? Rosários de imaginárias acusações. Lá estão eles, abatidos e alucinados quedam-se destroçados: Palocci, Funaro, Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS), Cerveró e tantos outros. Atenção! Dirijo-me aos procuradores do Ministério Público, do qual sou integrante, e faço esta sugestão: Requeiram exames de sanidade mental nos encarcerados antes da tomada dos seus depoimentos.
Finalizando ressalto: Determine-se um prazo conclusivo para a Operação Lava Jato, com a convocação de mais juízes e procuradores.
Olhemos a caçada humana ao ex-presidente Lula: A mídia televisiva e o rumor das redes cibernéticas alimentadas por inquisidores e julgadores odientos procuram arrastá-lo ao encurralamento moral e político, no objetivo de impedir a sua candidatura à presidência da república. Contra esta marcha da insensatez a história responde nos exemplos de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek, de João Goulart, e em nível internacional, de Alfred Dreyfus. Os seus acusadores foram movidos pelo ódio. Ontem como hoje, estamos a testemunhar o que está ocorrendo contra o ex-presidente Lula. Um brasileiro que ocupou a presidência da república por 8 anos, em suas mãos passaram bilhões, que ele poderia ter subtraído alguns milhões e ter enviado a paraísos fiscais. Como iria se envolver nessa ridícula acusação de receber imóveis de pequeno valor na própria região onde reside? Cessem este ódio que apequena qualquer investigação!
Constituinte de 1986, eu atuei para fazer do Ministério Público um órgão forte e independente, muito acima das paixões ideológicas e políticas que dominam alguns de seus membros.

Agassiz Almeida é escritor, ativista dos direitos humanos, ex-deputado federal constituinte, promotor de justiça apos, professor da UFPB, e autor dos livros: “500 anos do povo brasileiro” (ed. Paz e terra), “A república das elites” (ed. Bertrand Brasil), “A ditadura dos generais” (ed. Bertrand Brasil), e “O Fenômeno humano” (ed. Contexto).

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Guarabira: ASSASSINATO DE GAMELEIRA EM PRAÇA PÚBLICA

Aqui jaz uma Gameleira. Foto de Belarmino Mariano/ 06/10/2017
Por: Belarmino Mariano Neto*

Árvore secular é assassinada na frente do Teatro municipal de Guarabira. Mais uma obra Anti-Ecológica da prefeitura na administração de Zenóbio. Era a pequena Praça Antônio Guedes, com duas árvores (Castanhola e Gameleira). bucólica, mas significativa, em especial para estudantes e para frequentadores do Teatro Geral Alverga e sala de Exposição Antônio Sobreira. Uma referência memorável a arquitetura e a natureza. 
Como podemos ver pela imagem, se trata de uma violência pois a Gameleira estava verde e viçosa, seu tronco, raízes e galhos denotavam uma especie em pleno vigor, mesmo depois das centenas de podas radicais feitas contra seus galhos. 

domingo, 1 de outubro de 2017

A nudez permitida

Imagem extraída das redes sociais 29/09/2017.

Por Mauriene Freitas*

A nudez permitida é a feminina. Aceitamos o corpo feminino exposto para deleite masculino, nunca para nosso autoconhecimento, o reflexo disso é que muitas mulheres não sabem onde ficam seu clitóris. A nudez feminina é pensada para agradar olhares masculinos, basta olharmos para as propagandas, estética carnavalescas e até mesmo as pornográficas... Qual mulher se excita com aqueles "closes"? Assim, a nudez feminina, assim como a condição da mulher, fica numa espécie de limbo, de entrelugar: o aceitável desejado e o não praticável.
A nudez masculina também vive sua contradição, mas em outro nível. Nós mulheres heterossexuais  aprendemos a não desejar essa nudez ( e os homens héteros a não admirá-la), por isso facilmente nos envergonhamos e não a consumimos. Assim surgi o clichê  sexual "homem é visual e a mulher é auditiva". Tudo besteira, não fomos ensinadas a desejar a nudez masculina, não a consideramos bela, não sabemos lidar com ela.
O mesmo não acontece nos espaços masculinos homossexuais. A nudez é super valorizada. Basta expor a foto de sua bunda num aplicativo de pegação gay e chove de pretendentes.
Ou seja, o problema central não é a nudez, mas o olhar, o expectador.
Digo isso por causa da polêmica da intervenção artística num museu que envolvia a nudez masculina e a presença de crianças.
Muitos estão misturando lé com cré. Uma coisa é a nudez, outra coisa é o sexo. Os museus são, talvez, os espaços melhor sinalizados de uso público. Ninguém entra numa exposição sem saber o tema, uma breve descrição da obra e a classificação etária. Assim, só posso crer que a presença de crianças ali estava acompanhada e supervisionada por seus responsáveis. Qual é o limite de intervenção do Estado na formação doméstica? O abuso, a agressão.
Acredito que esses pais avaliaram e decidiram que a barreira do corpo, ou melhor, da nudez, deveria ser superada e posta com naturalidade, numa ação quase pedagógica. Foi certo? Não sei. Não tenho filhos para avaliar. Mas me lembro, quando pequena, que tinha parentes que nos fins de semana iam para uma Praia de nudismo que temos aqui na Paraíba. Tudo junto e misturado. Nenhum deles cresceram hiperssexualizados.
Também acho desleal associar nudez à abuso sexual. Quantas crianças nunca tomaram banho com o sexo oposto ( ou de mesmo sexo) e sofreram abusos sexuais? Inclusive de parentes? As estatísticas estão aí.
Essa confusão toda está tomando dimensões gigantescas não só por se tratar da nudez masculina, mas por presenciarmos um momento em que os discursos conservadores estão se fortalecendo.  A discussão não está sendo feita por um viés crítico racional, mas por parâmetros moralistas, inclusive, por aqueles que apresentam um ponto de vista mais progressista.
Por causa de moralismos já vimos muitas atrocidades, vide os casos de abusos sexuais dentro de " templos religiosos". Não se pode misturar tabu com o corpo com a violência contra os corpos, em especial, os infantis.
Parece que o autor estava correto... " Toda nudez será castigada". Uma pena que esta  ainda seja julgada com critérios unicamente moralistas.
*Professra de Letras da UEPB.


"Toda nudez será condenada" ou "condenada?"...







Opinião do Editor:
Concordo com você - A nudez do sagrado e as profanias dos idiotas que culpam a miséria da arte. Crianças nuas e pobres vendem seus corpos ao mercado da carne humana. Índios nus são assassinados, enquanto suas florestas são destroçadas para criação de gado e mais carne apodrecida entra no mercado do boi gordo da JBS. Idiotas, hipócritas e fascistas deixem a arte em paz pois estão criando falsas polêmicas para o congresso e esse governo golpista subtraia nossos direitos, inclusive de livre expressão. O Estatuto da Criança e do adolescente condenaria o responsável pela criança na exposição sobre nudez masculina, exposição de uma criança que provavelmente consegue consumir arte nesse país em a TV coloca homens e mulheres semi-nus para se agarrarem em uma banheira em busca de sabonete. As músicas idiotas e pornográficas abundam nossas rádios e redes. Quanta hipocrisia dessas elites abastadas.