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| Imagem extraída da Revista Fórum 04/08/2021 |
Por Belarmino Mariano
Essa semana fomos surpreendidos com o lançamento de um Manifesto Militarista, através do Instituto do General Eduardo Vilas Bôas (IEVB) e da ONG do General Carlos Alberto Brilhante Ustra, que contou com a Presença do Vice Presidente da República General Amilton Mourão (Revista Fórum, 2022).
Não podemos deixar de reconhecer que estes militares presentes e signatários desse "Projeto de Nação", com um viés militarista é a atual base do governo de Jair Bolsonaro (PL). Também precisamos considerar que o atual governo foi eleito pelo voto direto dos brasileiros, inclusive se submetendo as urnas por dois turnos.
Mas as declarações do primeiro para o segundo turno, eram ameaçadoras e claras. Os apoiadores de Bolsonaro não iriam aceitar um resultado que não fosse em prol do Bolsonarismo.
Dito isso, estamos diante de quatro anos de um governo catastrófico e que foi eleito sem um claro projeto de nação, destruindo os sonhos dos brasileiros e enchendo o nosso povo de ódio no coração.
Agora que o governo de Bolsonaro foi um desastre em todas as suas instâncias, a velha guarda, se antecipa ao registro da candidatura do atual presidente e em uma medida desesperada, lança uma carta programa, apontando que, pretendem instaurar um regime que governará o Brasil até 2035.
De que maneira farão isso, se as eleições são de quatro em quatro anos, com a democrática consulta aos eleitores brasileiros?
O mais interessante é que algumas propostas do tal "Projeto de Nação", já estão correndo frouxos por dentro do Congresso Nacional, como a privatização, ampla geral e irrestritas das nossas empresas estatais, em especial os setores estratégicos, como energia, Petrobrás, saúde, educação, entre outras.
Já tramita no Congresso um Projeto para que os serviços públicos do SUS sejam privatizados; para que os estudantes das universidades públicas paguem mensalidades e que sejam acelerados os processos de privatização da Eletrobrás e Petrobrás.
Não bastasse o negacionismo bolsonarista que levou a vida de 650 mil brasileiros por Covid-19; o total descaso com o meio ambiente e com os povos indígenas, com os assassinatos das suas lideranças e as invasões de garimpeiros e pecuaristas de suas suas terras; os gigantescos escândalos de corrupção, inclusive com o envolvimento direto de familiares do presidente, além da completa falta de obras e ações que melhorasse a vida dos brasileiros e para completar, uma política econômica anti-nacional, que só beneficiou o agronegócio e investidores da desvalorização do real frente ao dólar. Agora, os velhos militares da reserva, querem insistir em uma nova distopia e pela carta programa será bem pior do que já está sendo o desgoverno Bolsonaro, do qual estes militares fazem parte.
O Vice presidente Mourão chegou ao absurdo em dizer que o "Projeto de Nação" será a o "Destino Manifesto do nosso país". Quanta falta de compreensão histórica, quanta falta de patriotismo e nacionalismo para um general de cinco estrelas, das forças armadas brasileiras.
General Mourão, o "Destino Manifesto" é a maior ideologia ou doutrina dogmática dos Estados Unidos da América do Norte, na qual, os lideres americanos alimentam a utopia de dominar todo o mundo, segundo a vontade de Deus e, nessa visão ufanista, eles veem que as três américas, são os primeiros territórios a serem totalmente dominados. Nesse caso, o Brasil, maior país da América do Sul e terceiro maior país das américas, faz parte dessa ocupação e domínio, previsto na Doutrina do Destino Manifesto Norte-Americana.
Será que esse Projeto de Nação, proposto pelos militares da reserva é o de facilitar o grande sonho dos americanos do Norte? Por isso pretendem governar pela força, até pelo menos 2035?
Será que já se esqueceram que de 1964 a 1985, através da Ditadura Militar, passaram 21 anos servindo aos interesses americanos da Guerra Fria e ainda escancaram as porteiras do Brasil para as multinacionais Norte-Americanas?
Será que se esqueceram das desastrosas políticas econômicas dos seus governos, endividando o país, ampliando a pobreza e as desigualdades regionais, além do descontrole inflacionário e cambial do Brasil. Não podemos esquecer que os investimentos de Bolsonaro nas Forças armadas, foram de transformar generais em marechais, na ordem de mais de 100, além das regalias que todos nós já conhecemos, entre elas, Viagra, prótese penianas e aumento das pensões para seus familiares.
Senhores Capitãs, Generais e Marechais da reserva, vejam que em apenas 4 anos, Bolsosonaro e vocês, já conseguiram atrasar o Brasil em pelo menos uns 30 anos. portanto, voltem para os seus pijamas e para as suas gordas aposentadorias, pois o povo brasileiro, vai continuar trabalhando para pagar as suas mordomias, suas regalias, mais não atrapalhem mais a nossa vida democrática e nem entreguem mais a nossa soberania nacional.
Até quando essa minoria militarista, vai ser tolerada pelas forças políticas desse país? Um Congresso amorfo e corrompido se cala ou abafa os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), se tornando cumplice e covarde, diante de uma retumbante opinião pública que não tem medo de dizer #ForaBolsonaro e sua trupe.
#ForaBolsonaro
#DitaduraNuncaMais
Fonte de pesquisa:
https://revistaforum.com.br/politica/2022/5/23/projeto-de-militares-quer-bolsonarismo-ate-2035-fim-da-gratuidade-no-sus-em-anos-117748.
htmlhttps://revistaforum.com.br/brasil/2021/8/4/exclusivo-brasil-tem-100-generais-nomeados-marechais-augusto-heleno-villas-bas-etchegoyen-entre-eles-101422.html
