quarta-feira, 25 de abril de 2018

Ato contra prisão de Lula lota teatro em Lisboa; Boaventura fala em fascismo

Por: OperaMindi (na integra)
http://operamundi.uol.com.br/dialogosdosul/ato-contra-prisao-de-lula-lota-teatro-em-lisboa-boaventura-fala-em-ditadura/13042018/

A manifestação internacional de solidariedade organizada pela Fundação José Saramago, nesta quinta-feira (12), pede a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato contou com a presença de Boaventura de Sousa Santos, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Guilherme Boulos, do PSOL, Tarso Genro (PT), Pablo Iglesias (Podemos – Espanha) e Catarina Martins (Bloco de Esquerda – Portugal).
Guilherme Boulos salientou que “o mundo precisa saber que Lula é um preso político” e Catarina Martins sublinhou: “não admitimos presos políticos, lutamos pelas liberdades, porque acreditamos na democracia”.
Ato no hotel Capitólio, no centro de Lisboa | Foto: Reprodução/Facebook
Na sessão, organizada por Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago, que abriu a sessão, seguida por Boaventura de Sousa Santos, Boulos, Genro, Iglesias e Martins e foi lida uma mensagem de Manuela Ávila (PCdoB). Apesar de ter sido anunciada a sua presença, Ana Catarina Mendes Secretária-Geral adjunta do Partido Socialista(Portugal), e Cristina Narbona, Presidenta do Partido Socialista Operário Espanhol, não estiveram presentes.
Na sua intervenção, Boaventura de Sousa Santos afirmou: “Estamos vivendo tempos monstruosos. Quem podia imaginar que o presidente mais brilhante da história do Brasil estivesse hoje preso em uma masmorra e, ainda por cima, ilegalmente?”.
“Estamos na emergência de um fascismo de tipo novo, de conta-gotas, que não implica uma ditadura militar, embora ela esteja no horizonte dos mais extremistas, mas que se vai anunciando através de um sistema judicial totalmente instrumentalizado pelas forças conservadoras e pela influência do imperialismo dos Estados Unidos”, ressaltou.
Pablo Iglesias afirmou que “a defesa da democracia no Brasil é uma causa de todos os democratas no mundo”.
Guilherme Boulos, candidato do PSOL, afirmou que o Brasil vive a crise mais grave desde a ditadura militar, sublinhando que: “Ela se expressa com uma escalada de violência política, com tiros, intolerância, ódio sendo destilado no lugar do debate político, que teve como principal expressão o assassinato brutal e covarde da Marielle”.
Ato no hotel Capitólio, no centro de Lisboa | Foto: Reprodução/Facebook
Boulos denunciou também a judicialização da política, salientando que “a maior expressão dessa judicialização é a prisão do ex-presidente Lula, que ocorre sem qualquer prova” e apontou “se [Sérgio] Moro quisesse fazer política, que fosse ser candidato à presidência da República e encarasse um debate democrático com o povo brasileiro”.
Na sua intervenção, Catarina Martins afirmou: “Quando as liberdades democráticas estão em causa nós estamos presentes e dizemos solidários, porque sabemos que o fascismo só avança se estivermos calados”.
A coordenadora do Bloco sublinhou que não está em causa a corrupção nem a avaliação política de Lula como presidente, ou se se é a favor ou contra Lula, mas sim a defesa da democracia brasileira.
“Nós não nos metemos em julgamentos, o que não permitimos é que juízes se transformem em coronéis para fazerem uma fraude judicial, que é uma fraude eleitoral que não deixa o povo do Brasil escolher em liberdade, como deve fazer”, realçou Catarina.
A terminar a sua intervenção, Catarina Martins afirmou:
“Apesar de você, apesar de toda a perseguição, ainda vamos ver este jardim a florescer”.
Assista à manifestação de solidariedade na íntegra:


segunda-feira, 23 de abril de 2018

Partidos mudam de nome, excluem o 'P' e querem ser chamados de movimento




Fonte da imagem: http://www.paraibaradioblog.com/2018/01/05/partidos-adotam-novos-nomes-a-fim-de-resgatar-imagem-perante-eleitorado/

Por: Helena Sthephanowitz publicado 10/07/2017 15h05, 

"Partidos-movimentos" que foram bem sucedidos na Europa inspiram caciques brasileiros a trocarem a roupagem de velhos partidos. Ao todo 34 novas legendas aguardam registro pelo TSE.


Em tempos de delações, com acusações de recebimento de propinas e caixa dois revelados por seus antigos financiadores, velhos partidos, com a mesma estrutura partidária e com os mesmos presidentes, usam o discurso do “novo, e da “modernidade”, para atrair os votos dos eleitores nas próximas eleições de 2018. No entanto, o novo e moderno fica só no discurso: as novas siglas que vão surgindo no cenário político brasileiro estão abandonando o 'P' (de partido) para passar a ideia de que são “movimentos”, em vez de tratar-se de uma organização política, composta e comandada por políticos.

domingo, 22 de abril de 2018

“Estive preso e me impediram de visitar-te”

Leonardo Boff aguarda do lado de fora da PF a visita a Lula que nunca ocorreu (Imagem: Eduardo Matysial)
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/04/imagem-leonardo-boff-policia-federal.html

Por: Leonardo Boff

Há uma cena de grande dramaticidade no evangelho se São Mateus quando se trata do Juizo Final”, quer dizer, quando se revela o destino último de cada ser humano. O Juiz Supremo não perguntará a que Igreja ou religião alguém pertenceu, se aceitou os seus dogmas, quantas vezes frequentou os ritos sagrados.
Esse Juiz se voltará aos bons e dirá: ”Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo; porque tive fome e de me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e viestes me ver… todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos e irmãs menores, foi a mim que o fizestes…e quando deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes(Evangelho de S.Mateus,25, 35-45).”
Neste momento supremo, são as práticas e não as prédicas para com os sofedores deste mundo que contarão. Se os tivermos atendido, ouviremos aquelas palavras benditas.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

NÃO COMPAREM LULA A GANDHI, MANDELA E LUTHER KING.

http://robertoalmeidacsc.blogspot.com/2018/04/lula-gandhi-luther-king-e-nelson-mandela.html
De Affonso Romero

Hoje eu li uma postagem - até simpática a Lula - dizendo que era forçação de barra compara-lo a grandes líderes como Gandhi, Mandela e Luther King.
Tenho que concordar que são fenômenos bem distintos.
Gandhi era filho do Primeiro Ministro de um pequeno Estado-títere na Índia Britânica. Mandela veio da realeza Zulu. Luther King era filho de um proeminente pastor batista. Os três tiveram berço.
Lula veio de uma posição muito mais difícil, de uma família de lavradores do sertão, foi abandonado pelo pai, migrou forçadamente, conheceu a fome e a miséria que os demais jamais experimentaram na carne. Lula teve um caminho muito mais longo a percorrer.

sábado, 7 de abril de 2018

NÃO HÁ CADEIA SUFICIENTE PARA LULA

Imagem extraída das redes sociais. 

Texto do um professor da UNB - Perci Coelho de Sousa

Não há cadeia suficiente para Lula, não há construção erigida que suporte tamanha pena, que dê conta de tanto pecado. Haja grades de ferro e de aço que sejam capazes de segurar, de reter e de trancafiar tanta coisa numa só, tanta gente num só homem. Não há cadeia no mundo que seja capaz de prender a esperança, que seja capaz de calar a voz.
Porque, na cadeia de Lula, não cabe a diversidade cultural
Não cabe, na cadeia de Lula, a fome dos 40 milhões
Que antes não tinham o que comer
Não cabe a transposição do São Francisco
Que vai desaguar no sertão, encharcar a caatinga
Levar água, com quinhentos anos de atraso,
Para o povo do nordeste, o mais sofrido da nação.