quinta-feira, 29 de maio de 2025

A Ministra e a Mulher Marina Silva Merecem Nosso Respeito!!!

MANIFESTO POR MARINA SILVA 
Por Belarmino Mariano*


Hoje, 29 de maio, dia do Geógrafo e bem próximo da semana do Meio Ambiente, como graduado em Geografia, Mestre em Meio Ambiente e Doutor em Sociologia Ambiental, não poderia me calar, diante das atrocidades e barbáries perpetradas contra a ecologista Marina Silva (Rede Sustentabilidade). 

Marina é reconhecida e respeitada mundialmente pela sua ecologia integral em toda a Terra e pela sua luta incansável em denunciar e combater os crimes ambientais em todos os biomas brasileiros e mundiais, bem como, defender os povos tradicionais das florestas, além de todos os brasileiros proletários explorados.

Os compromissos de Marina Silva sempre foram com a ética, justiça social, ciência, humanismo e ecologia profunda. Sua esperitualidade já indica uma "Mulher Xamã" de proteção da Mãe Terra, então merece todo nosso respeito, apoio e admiração.

Quero começar esse Manifesto, com a incrível falsa neutralidade da globo lixo e outros que ficaram calados, diante da afronta vergonhosa de congressistas da extrema direita, contra a Ministra do Meio Ambiente, a mulher, a indígena e negra Marina Silva.  

Só depois que cerca de 80% dos internautas apoiaram Marina Silva em todas as redes sociais e até fora do Brasil, só depois, eles fizeram uma matéria de verdade. Só um dia depois, quando esses deputados e senadores golpistas estavam sendo massacrados nas redes, então a globo e outros, fizeram o dever de casa. Acho que estavam apostando que Marina Silva seria triturada.

Autoridades internacionais, centenas de instituições ambientalistas, organizações não-governamentais, sindicatos, associações e o povo em geral, foram para cima desses golpistas e defensores da degradação ambiental. Centenas de Notas de repúdio e manifestos oficiais em defesa de Marina, reconhecida mundialmente como grande defensora e guardiã do meio ambiente.

A Ministra Marina Silva é uma mulher de origem humilde, filha de seringueiros do Acre, de origem pobre, frágil fisicamente, foi atacada por homens brancos, defensores das elites dominantes. Homens nojentos, sebosos, machistas, racistas, sexistas e abjetos.

Eles tinham certeza de que iriam lacrar com a Ministra, Marina, bem magrinha e com jeito de desnutrida, na cabeça patriarcal machista, seria facilmente arrastada pelo vendaval golpista e degradador do mercado capitalista. Na cabeça nazifascista deles, com suas máquinas pesadas, passariam o rolo compressor por cima de Marina e o caminho estaria aberto para tratorar a Floresta Amazônica, sem nenhum Relatório de Impacto Meio Ambiente.

Quebraram a cara, pois Marina pode até ser aparentemente miúda e frágil, mas como uma onça feroz, foi pra cima desses golpistas, mesmo com o microfone desligado pelo Deputado Marcos Rogério (PL), que presidia a seção, tentando lhe calar, esqueceram que Marina é da Rede Sustentabilidade e continuou falando e sendo gravada, tanto pela TV do Congresso, como pelos deputados da esquerda, e profissionais de imprensa que estavam gravando a Seção.

Os deputados e senadores da extrema direita que estavam gravando seus ataques para lacrar com a cara da ministra, filmaram as cenas dos seus crimes de decoro parlamentar contra a autoridade ministerial, crimes de racismo, machismo e sexismo contra a mulher. 

Crimes que certamente serão apurados, pois o ódio, a violência verbal, a ameaça e coerção psicológica, contra a Ministra Marina, foram totalmente reprováveis pelo povo brasileiro e, que repercutiu mundialmente.

A Globo News ainda fez uma entrevista com Marina e tentou usar a ministra para atacar o presidente Lula. Mas a ministra Marina defendeu o presidente Lula e calou os repórteres. 

Ela explicou que o presidente Lula, mesmo convalescente, ligou para ela, prestou solidariedade, lhe deu total razão em relação à firmeza de suas posições. Mariana ainda reafirmou que Lula lhe dá total autonomia para trabalhar e fazer o que é certo e ético, na defesa do Meio Ambiente.

Essa grande mídia e suas big techs, agem a serviço desses congressistas e dos interesses dos grandes empresários, que não respeitam as leis ambientais e querem "passar com a boiada", destruindo tudo, sem nenhuma preocupação ou reserva.

Marina Silva é historiadora, e tem uma longa vida gravada na história de luta na defesa do Meio Ambiente. Marina Silva já viu muitos ambientalistas caírem, assassinados a mando de grandes empresários do agronegócio e garimpo ilegal na Amazônia. Ela é signatária de Chico Mendes, de Irmã Dorothy, dos povos indígenas e de suas lutas para preservar as terras e territórios ancestrais de caça, pesca e cultivos nativos.

Parabéns, Ministra Marina Silva, tida minha solidariedade a mulher guerreira, ética e de fibra. Nenhum macho escroto e fascista irá lhe calar ou dizer o que a senhora dirá. A senhora me orgulho em colocar toda essa corja sebosa na lata do lixo da história, incinerou esses nazistas, pois são de uma matéria que não pode ser reciclável.

Os ataques desses covardes, como Marcos Rogério (PL), não foi apenas contra Marina Silva, foi um ataque à democracia, foi um ataque às mulheres, foi um ataque aos servidores públicos e, um ataque às pautas ambientalistas. Se fosse uma propagandista de bets, o Senado estaria aplaudindo e fazendo selfie, enquanto pediam autógrafos. 
Espero que a justiça seja feita e que esses golpistas sejam processados, condenados a pesada indenização e se for caso, que percam seu mandatos e sejam cassados e punido pelo desrespeito contra a Ministra do Ambiente, Contra a mulher brasileira e contra a democracia.
Esses parlamentares golpistas falam em desenvolvimento para a Amazônia, mas querem explorar a região a qualquer custo, são os mesmos que apoiaram o desgoverno Bolsonaro, aquele das queimadas, do garimpo ilegal, di genocídio Yanomami e da tragédia de Manaus durante a COVID-19. 

Esse Congresso nazifascista precisa cair, não podemos deixar esses vermes corrompidos por dinheiro público, serviçais de empresas degradadoras e negacionistas que atacam a democracia, as pessoas e o meio ambiente. Não podemos continuar a eleger esses deputados e senadores desumanos e covardes, em especial quando é contra as mulheres, a democracia e a natureza.
*Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais.
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Texto disponível para publicação em outros meios, desde que seja citada a fonte integralmente:
MARIANO NETO, Belarmino. A Ministra e a Mulher Marina Silva Merecem Nosso Respeito!!! Guarabira/PB: guarabira50graus.com, 29/05/2025. Disponível em: https://guarabira50graus.blogspot.com/2025/05/a-ministra-e-mulher-marina-silva.html?m=1. Data e Hora de acesso.


quarta-feira, 28 de maio de 2025

Faixa de Pedestres e Falta de Calçadas em Guarabira/PB - Simples Assim!


Por Belarmino Mariano*

O governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), trouxe para Guarabira, mais de 9 km de afaltamento para as ruas e avenidas centrais e de acesso, que estavam completamente esburacadas e estouradas há mais de 12 anos. A cidade era mais buraco e asfalto aos pedaços do que via pública. Coitadas das pessoas e suas motos Pop, tendo que atravessar esse calvário urbano. Mas a situação das calçadas é ainda pior, basta observar essa imagem e clamar ao poder público municipal, pois a prefeita é uma tiazinha preocupada com a família.

Agora chegou a vez de fazer as faixas de pedestres. Simples assim. Aí quando as faixas são feitas pelo governo de João Azevedo, começamos a perceber que um simples encontro de calçadas de um esquina central não tem o equipamento urbano de acessibilidade, mais essencial, ou seja, uma simples calçada para os transeuntes.

Lamentável, situação constrangedora e limitada, pois para uma pessoa ultrapassar a faixa de pedestre, ou vai para a via dos automóveis, correndo o risco de acidente de trânsito, ou é obrigado a entrar no mato e num terreno totalmente esburacado.

Pelas minhas contas, já são mais de 140 dias que a nova gestão assumiu a prefeitura de Guarabira, cidade que já é governada pelo mesmo grupo político há 12 anos. Ou seja, nesse tempo todo não existia faixa de pedestre e nem calçadas públicas. Uma simples passarela para os pedestres locais. 

Imaginem a banda de "Rock The Beatles" fazendo uma foto para a capa do seu novo álbum aqui dessa faixa e calçada de Guarabira? Eita Guarabira boa!!! Eita povo de um coração de ouro, satisfeitos demais. 

Por Belarmino Mariano. Imagens do autor.
Imagens:



"Janja não é primeira-dama reborn"

*Janja não é primeira-dama reborn*
_No Brasil, muitos ainda pensam que mulher não pode ter opinião ou influir nas decisões de um presidente_

Por _Marcelo Rubens Paiva_, Folha de S.Paulo, 24mai2025

No intervalo de 20 dias, encontrei-me duas vezes com o casal presidencial. As suspeitas de que Janja é perseguida pela ciumeira da esquerda velha e de conservadores, que não veem possibilidade de uma esposa influir nas decisões do marido, se confirmaram.
Muitos não entendem Janja. Me diziam que ela afastou Lula dos amigos, que o fez parar com hábitos antigos, como beber e fumar charutos com alguns jornalistas, das entrevistas.
Lula me contou que parou de fumar porque ficou sem ar numa viagem e que quase não bebe, pois quer viver até 110 anos.
O primeiro encontro com o casal ocorreu em uma visita fora da agenda oficial. Eu estava em Brasília, Lula e Janja souberam, me chamaram, e fui rever o amigo de longa data; nos conhecemos quando ele era líder sindical. Naquela ocasião me dei conta de que ele é personagem das minhas três autobiografias, "Feliz Ano Velho" (1982), "Ainda Estou Aqui" (2015) e "O Novo Agora" (2025). Levei este último autografado.
Entrei no Palácio do Planalto assombrado pelas imagens da invasão de 8 de janeiro de 2023. Via os fantasmas dos golpistas, escutava bombas, sentia a fumaça, o medo dos poucos policiais que resistiam, o feromônio de destruição.
Vi intacto o Di Cavalcanti que fora esfaqueado e as mesas de vidro restauradas, assim como a escultura de Krajcberg e o relógio de mais de 200 anos. Cheguei a passar o dedo nele, buscando ranhuras de um restauro caseiro, daquela cola instantânea sempre na geladeira. Nada.
Entramos no gabinete com meu sobrinho Chico Rubens Paiva e Margareth Menezes, ministra da Cultura. Encontrei Lula feliz, saudável, magro, falante, gozador, afetivo, mais do que antes.
Me abraçava, me pegava, me olhava nos olhos, sorria, perguntava da minha vida. Sua pele estava mais bem cuidada do que a minha. Perguntei seu segredo. O quase octogenário presidente acorda às 5 da manhã e malha por duas horas, disse.
Mandou chamar Janja. Serviu suco de cupuaçu. Reclamou que para dar corda no relógio restaurado é preciso chamar um técnico com luvas e apontou para o hit do seu gabinete, uma caixa lacrada do tamanho de um Kindle, com poeira da Lua. Presente de Xi Jinping.
"Não abri, porque vai saber o que tem lá dentro...", gargalhou. Disse que iria se encontrar com o líder chinês e pediria para ele abrir a caixa na sua frente, para se certificar. Rimos.
Falamos do Corinthians, de Memphis Depay, da dívida impagável do clube, de passarinhos, das taxações de Trump e da missão do Brasil de encontrar com o Brics e a União Europeia uma fórmula mágica para diminuir a influência do dólar nas transações internacionais.
Janja chegou. Dividiram a mesma cadeira, diante de mim. Ele me confidenciou que tem lucidez para se retirar da vida pública, se a saúde física ou mental forem impedimentos. Lamentamos o melancólico fim da carreira de Biden.
Reclamou que o pessoal do PT o obrigou a se mudar para Alto de Pinheiros, em São Paulo. "Queria me aposentar numa praia", disse. Lula sonha em se aposentar em Salvador. Janja topa, apesar de preferir o Rio de Janeiro.
Enquanto Janja me contava como teve que, após os ataques de 8 janeiro, implorar para o governo não assinar a GLO, Lula despachava com Margareth, cobrando a instalação dos Conselhos de Cultura e outras demandas.
A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é um caminho provisório de policiamento feito pelas Forças Armadas para o restabelecimento da ordem pública, o que se propunha diante do tumulto golpista em Brasília. Caso autorizada, estaria dada a ordem para os tanques irem às ruas. Seria a institucionalização do golpe militar.
Janja me confidenciou que, depois de estudar ciências sociais na Universidade Federal do Paraná, e MBA em gestão social, foi trabalhar na Itaipu Binacional e admitida no curso de um ano da Escola Superior de Guerra, em que teve contato com as minúcias de uma GLO. Ao não assinar, Lula conseguiu barrar a blitzkrieg, que por pouco não atravessou a porta dos quarteis.
Certa vez, me descreveram Janja como a cuidadora de um velhinho. O que se percebe ali é um casal em plena harmonia, sintonia, saudável, feliz. Um parece adivinhar o que o outro pensa. Por vezes, um completa a frase do outro. O que se vê ali é cumplicidade, com brilho nos olhos e amor. Quem está ao redor admira ou inveja. Por isso Lula quer viver 110 anos.
Vinte dias depois, 20 de maio, fui com meu filho Joaquim, 11 anos, ao Palácio Capanema, no Rio. A família implorara para ele ir com a camisa do Corinthians, mas não adiantou. Vestiu um impecável terno azul e gravata. Nos colocaram numa saleta da biblioteca. Faríamos uma surpresa.
Lula e Janja chegaram. Lula logo abraçou o menino e elogiou a elegância. Janja, de gozação, fez uma saudação como se ele fosse um príncipe. Contei que o apelido do moleque na escola é Putin.
Lula passou o dia gozando Joaquim, dizendo que ele era mais elegante que o líder russo, e que quando encontrasse o Putin real diria que conheceu seu sósia brasileiro.
Depois de anos fechado, ameaçado de ser demolido, para o terreno ser vendido pelo projeto liberal —que visa diminuir o Estado, se desfazer dos bens da União, se desfazer da memória, da mitologia, da cultura e da história—, o projeto arquitetônico premiado de Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Le Corbusier, com paisagismo de Burle Marx, revestido por azulejos de Portinari, foi reinaugurado numa cerimônia plural: a entrega de Ordem ao Mérito Cultural.
Depois de anos massacrados pelo correntão de apagamento do governo anterior, que transformou o Ministério da Cultura na sombra da goiabeira de Jesus, o talento e a inteligência brasileiros recuperavam seu protagonismo.
Foram muitas as pessoas homenageadas na noite: Zezé Motta, Alaíde Costa, Liniker, Mônica Martelli, Alcione. Gilberto Gil recebeu a honra no lugar de sua filha, Preta Gil. Odair José, Tony Tornado, Armandinho, Lilia Schwarcz, Alice Ruiz, Paulo Betti, Bárbara Paz, que veio direto de Cannes para a cerimônia, Walter Salles, Fernanda Torres e eu, Daniel Munduruku, Chico César, Silvio Tendler, entre outros e outras, compusemos o leque da diversidade.
Mas nas manchetes dos jornais aparecia: "Lula concede a Janja principal honraria por mérito cultural do país". Quem concedeu foi o Ministério da Cultura, não ele.
Discursei, contando que a dedicatória do livro que dei para eles tinha uma só palavra: "Resistam". Pelo visto, o amor entre eles resiste ao mau olhado dos invejosos.
Lula, o presidente dos Correios e eu deveríamos carimbar o selo em homenagem à Eunice Paiva. Mas Janja e Lula mudaram o protocolo e fizeram Joaquim carimbar, diante da imprensa e dos homenageados.
Lula discursou, Janja lhe dava as folhas, lia antes, checava, deu uma folha errada, ele a corrigiu e sorriu, ela sorriu para mim, como se tivesse feito uma travessura. E eram o "gagá" Lula e a "metida" Janja que organizavam as fotos com os homenageados, diante da confusão do cerimonial e da imprensa. Ele se sentou no chão, fez pose, se levantou sozinho.
A má vontade com a esposa do presidente se tornou uma verruga jornalística. Se ela viaja com o marido, calculam o gasto, como se ela estivesse passeando com o maquiador. É Janja quem se reúne com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) para debater iniciativas contra a fome e a pobreza.
Se ela fala num almoço privado, questionam se não deveria ter ficado quieta. A conversa foi vazada por um ministro. Isso sim deveria causar perplexidade. Mas o comentário de uma mulher, num jantar a portas fechadas, no país em que vazamento não existe como figura de linguagem, foi o assunto.
Não querem Lula na Rússia, nem na China, buscando redesenhar o comércio mundial. E querem uma primeira-dama reborn, um cabide sem voz, sem ouvido, sem olhos, porque no Brasil mulher não pode ter opinião, nem se meter em conversa dos maridos.
Resistam!

(*) Marcelo Rubens Paiva. Escritor e dramaturgo. Autor, entre outros livros, de "Feliz Ano velho", "Malu de Bicicleta" e "Ainda Estou Aqui"
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2025/05/janja-nao-e-primeira-dama-reborn.shtml

domingo, 25 de maio de 2025

Morre mais uma das últimas falantes da língua ancestral SAPARA do Equador Amazonas.

Vídeo Eric Samson / RFI

Morreu em março, em Quito, Mukusawa Luisa Santi Ashanga, uma das últimas pessoas fluentes no idioma indígena Sapara. Líder respeitada da comunidade amazônica equatoriana, ela era referência na preservação da língua e da tradição oral do povo Sapara.

Com sua morte, aumenta o risco de desaparecimento de um patrimônio linguístico milenar. A comunidade agora intensifica os esforços para manter viva uma língua que já foi falada em vastas áreas da Amazônia.

🎥 No vídeo, Mukusawa entoa um canto tradicional em Sapara — registro raro de uma cultura ameaçada.

🔗 Saiba mais com a @rfi_br
Vídeo: Eric Samson / RFI

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