domingo, 9 de novembro de 2025

Redação do ENEM 2025 - "Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade Brasileira".


Por Belarmino Mariano*

Esse tema deve ter pego a juventude do ENEM de surpresa e muitos devem ter ficado de cabelo em pé. Pois é tema muito relacionado com a invisibilidade e capacitismo das pessoas idosas, com a ideia de inatividade e inutilidade da pessoas depois que atingem a velhice. 

Lembrei muito de Zeca Pagodinho e o repertório da música popular como: "deixa a vida me levar, vida leva eu", ou do "velho da lancha, o cabeça branca". Nesse ponto, até parece que envelhecemos da mesma maneira e nas mesmas condições.

Essa meninada acostumada com modelos prontos e repertórios coringas, devem estar putos com os organizadores dos temas da redação do ENEM, pois o universo temático é tão vasto, que nunca esperam um tema realista e tão próximo da sua condição social.

Certamente, muitos nem lembraram dos seus próprios familiares e das contradições e dificuldades em envelhecer no Brasil. Talvez nem tenham se lembrado das políticas previdenciárias que foram atacadas pelos governos neoliberais, ao exemplo do golpista Temer/Bolsonaro, destruindo o direito de aposentadoria, congelando salários e fraudando o INSS, com descontos indevidos em milhões de aposentadorias, através de entidades corruptas e facilitação de agentes públicos.

Não é fácil envelhecer no Brasil, pois milhões de brasileiros vivem entre o desemprego e a informalidade, a baixa renda e a falta de contribuição previdenciária. Muitos brasileiros até se aposentam, mas os baixos salários geram uma baixa aposentadoria, obrigando os idosos a continuarem a trabalhar para completar suas rendas, pois não dá para viver com dignidade.

No Brasil até existe um Estatuto do Idoso, com direitos e garantias mínimas a dignidade humana para as pessoas com mais de 60 anos. Mas existe uma gigantesca distância entre o que está no papel e a realidade.

Os idosos pobres e periféricos, grande maioria social, em grande parte, são responsáveis por significativa parcela do orçamento doméstico das famílias. Em muitos casos, a aposentadoria é para todos, menos para os próprios idosos. 

Com a velhice, se acumulam os problemas de saúde, as comorbidades e a exigência de uma nutrição especial, mas em muitos casos, as aposentadorias mal suprem a compra dos medicamentos e alimentação adequada.

Enquanto o velho da lancha "pode deixar a vida levá-lo", pode bancar tudo, milhões de brasileiros idosos e pobres, são obrigados a trabalhar informalmente, pois nem conseguiram se aposentar. Envelhecer com dignidade e bem-estar social no Brasil não é uma tarefa fácil.

Até parece que todo mundo consegue levar uma vida fácil e envelhecer de maneira plena, mas, apesar dos dados demográficos do IBGE, apontarem um crescimento estatístico da população acima dos 60 anos, faltam muitas políticas públicas voltadas para esse segmento.

Os entes federativos, em especial os municípios e as cidades, não estão preparados para atender as necessidades fundamentais de sua população envelhecida. Então a estratégia é maquiar a realidade, enquanto os idosos são invisibilizados com a maior naturalidade.

As vezes a placa de estacionamento para idoso, as rampas de acesso e as escadas com corrimão, escondem que a grande maioria dos idosos, não tem carros e nem acesso a cidade. Imagina, quantos cabeças brancas possuem lanchas, num país em que "ser velho" é um grande problema, em especial para os governos neoliberais?

Por Belarmino Mariano. Imagem prova do ENEM, 2025.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

NO RASTRO DO DINHEIRO Que Financia a Violência no Rio de Janeiro

Por Intercept_Brasil - Via Edson Verber*

NO RIO DE JANEIRO A POLÍCIA DO GOVERNADOR DE ULTRADIREITA MASSACROU vários INOCENTES e sacrificou 4 policiais. 

Mas, a cada dia, fica claro que o uso puro e simples da violência É INSUFICIENTE pra combater as ORCRINs. É o que mostra essa matéria, abaixo, do The Intercept Brasil, onde consta a ligação direta dos Clubes de Tiro bolsominions, com os PCCs, CVs, etc...

NO RASTRO DO DINHEIRO 

Nós seguimos o dinheiro que financia a violência no Rio de Janeiro — e ele nos levou a um grande empresário do interior de São Paulo e aos EUA.
Eduardo Bazzana, presidente do Clube Americanense de Tiro, foi preso, acusado de fornecer armamentos pesados à maior facção criminosa do Rio.
Durante a operação, a polícia encontrou 200 armas, 40 mil munições e carros de luxo. Mas nosso jornalismo investigativo foi além do que mostram os inquéritos oficiais: descobrimos que a família Bazzana mantém empresa ativa e patrimônio na Flórida, invisíveis aos olhos do Ministério Público.
Um elo internacional que movimentou mais de R$ 1,6 milhão em dois meses — e que ajuda a explicar por que o arsenal do crime nunca seca.
As armas do Comando Vermelho não nascem nos morros. Elas saem de clubes de tiro legalizados, cruzam fronteiras e se escondem atrás de contratos, empresas e lucros exportados para a terra de Donald Trump.

As conexões também são políticas.

Eduardo Bazzana doou para um candidato do PSL (partido pelo qual Jair Bolsonaro foi eleito presidente em 2018), foi recebido por um vereador do PL e usou as redes de sua empresa para promover o aplicativo Reduto, criado para unir militantes pró-armas e atacar o governo Lula.
Essa investigação mostra a real face da chamada “guerra ao crime”: os verdadeiros fornecedores da violência estão protegidos pelo poder. Enquanto não forem expostos, as chacinas seguirão fazendo vítimas nas periferias — e servindo de propaganda política para a extrema direita enxugadora de gelo.
O Intercept está de olho onde o poder público não fiscaliza — seguindo o dinheiro, expondo os responsáveis e fazendo o trabalho que a grande mídia se recusa a fazer.
Para a Globo, a Folha de S. Paulo e afins, é mais interessante amplificar o discurso do governador Cláudio Castro.

*Imagem - Eduardo Bazzana, presidente do Clube Americanense de Tiro, foi preso, acusado de fornecer armamentos pesados à maior facção criminosa do Rio de Janeiro.

sábado, 1 de novembro de 2025

"A Política da Morte!"

Por Sergio Alarcon, Via João Lopes e Blaut Ulian Junior*

"Como trabalho no SUS, já atendi de tudo: policiais - milicianos ou não - e traficantes do varejo. A maioria vive dentro de um mundo próprio moralista, onde a vingança é a única forma de justiça possível. E sofrem por isso. Alguns poucos, raros, conseguiam problematizar o que faziam e ou perceber visceralmente a falência moral e institucional do Estado que nos devia proteger
 .
Um deles, policial, certa vez, me disse com voz cansada:
- Polícia no Rio, doutor, existe pra matar e morrer.
O governador exige isso do secretário, o secretário ordena ao coronel, o coronel manda a gente voltar com pelo menos um cadáver - ou não voltar.

Perguntei se ele achava isso certo. Ele titubeou. Repetiu o jargão: “eles são bandidos”. E, de repente, chorou. Disse, num sussurro:
- Eu não sei se Deus vai me perdoar.

Noutra ocasião, estava eu no consultório. Entra uma senhora, ansiosa, mãos trêmulas. Senta à minha frente, pega o celular. Ia me mostrar algo, mas antes de conseguir, cai como um saco de areia no chão. Chamo a enfermagem, me debruço sobre o corpo. Ela tinha batido a cabeça. Atendemos, cuidamos, estabilizamos.

Só então ela mostra o que queria mostrar: no celular, a cena de dois rapazes - quase meninos - sendo torturados por homens vestidos de preto. Milicianos.

Ela implora ajuda. Diz que não pode sair da comunidade, que não tem outro lugar, que precisa proteger os filhos. Os milicianos a ameaçaram:
- Se for reclamar no batalhão, a gente vai saber.

Esse é o retrato nu e cru do colapso ético que estrutura a “segurança pública” no Rio do governador Cláudio Castro - e, sejamos honestos, de todos os governadores anteriores, com exceção de Brizola e Benedita. Uma política construída sobre cadáveres, sobre o medo e sobre o silêncio.

No Rio, o Estado não protege: ele aterroriza. E o terror é a sua forma de governo.

Saldo de ontem contabiliza mais de uma centena mortos. Uma centena de mães em luto como aquela que atendi. Quatro policiais como aquele que, diante de mim, chorou… assassinados pela volúpia mórbida do governador.

PS.: Deveria ser óbvio: ao votar em um governador, o carioca e o fluminense não escolhem apenas um gestor - escolhem quem decidirá quem vive, quem morre e quem sobrevive nas ruas.
Se você votou nesse pústula e ainda se sente seguro, parabéns: você está completamente desconectado da realidade."

*Por Sergio Alarcon, via João Lopes e Blaut Ulian Junior. Imagem dascredes sociais.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Finlândia - Trabalho de 6 horas e 4 dias por Semana.

Por Realmente Curioso.

A ex-primeira-ministra da Finlândia, chamou atenção internacional ao propor uma ideia ousada para transformar a rotina de trabalho no país: a criação de uma semana de quatro dias, com jornadas de seis horas. O objetivo, segundo Marin, seria permitir que as pessoas tivessem mais tempo para a família, hobbies e atividades culturais, promovendo um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional.

A proposta se inspirava em experiências bem-sucedidas em países como Suécia e Japão, onde testes de jornadas reduzidas mostraram ganhos significativos em produtividade e bem-estar dos trabalhadores. Marin, que se destacou como a mais jovem chefe de governo do mundo, defendia que horários mais curtos poderiam tornar o trabalho mais eficiente e a vida mais saudável.

Embora a ideia tenha gerado grande interesse e debates sobre o futuro do trabalho, ela nunca chegou a ser implementada oficialmente na Finlândia. Ainda assim, a proposta reforça discussões globais sobre como repensar a rotina de trabalho em busca de mais qualidade de vida e satisfação pessoal.

Enquanto o Brasil tem políticos que trabalham 3 dias, mais querem que as pessoas continuem trabalhando 6x1(seis dias com apenas 1 de descanso) e cada dia de trabalho com 8 horas.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Bomba Bolsonarista Urgente!!!

Por Belarmino Mariano*

O Senador Flávio Rachadinha foi para os Estados Unidos e se juntou ao irmão Dudu Bananinha e ao neto do Ditador João Figueiredo Neto. Eles estão no radicalismo do tudo ou nada. Parece que eles querem incendiar o Brasil?

Flávio Rachadinha publicou em suas redes sociais, um pedido ao Ministro de Guerra do Trump, para um ataque ou bombardeio na Baia da Guanabara, para supostamente destruir embarcações de traficantes.

Imaginem se os EUA fossem bombardear o avião presidencial brasileiro, da época do pai, que foi preso na Espanha com 39 Kg de cocaína?

Imaginem se os EUA fossem bombardear o avião da igreja do Pastor e tio da senadora Damares, preso com 500 kg de maconha?

Imaginem se ao invés da Baia da Guanabara, os EUA fossem bombardear o Rio das Pedras/RJ, por um pequeno erro de alvo?

Não bastasse o irmão Dudu Bananinha, o lesa pátria, traindo o Brasil e pedindo taxação e sugerindo intervenção dos EUA, agora foi a vez do Flávio Chocolate. 

Esses golpistas e traidores da pátria, derrotados e desesperados com trágico fim de suas histórias políticas, deixam claro que eram patriotas de araque. Logo eles que se enrolavam na bandeira do Brasil para enganar trouxas, enquanto entregavam o Brasil às multinacionais, em troca de jóias e de viralatismo.

Não sei o que estão planejando, mas o Congresso, o Ministério Público e STF, não podem deixar esses inimigos da pátria, livres. É urgente a prisão desses canalhas.

*Por Belarmino Mariano. Imagem das redes sociais.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Golpistas Condenados por Fake News


Por Tadeu Veneri*

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) cravou 4 a 1 para condenar os sete integrantes do núcleo 4 dos envolvidos na preparação e tentativa de golpe de Estado. Entre as muitas acusações estão a atuação como milícia digital espalhando fake news sobre as urnas eletrônicas. 

Somente Luiz Fux votou contra a condenação. As penas vão de sete a quatorze anos de prisão. 

Entre os condenados, um é Coronel (Reginaldo Vieira de Abreu), dois são majores do Exército, da reserva, (Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo Martins Denicoli) , um Tenente Coronel (Guilherme Marques de Almeida), um subtenente ( Giancarlo Gomes Rodrigues), um policial federal (Marcelo Araújo) e um engenheiro (Carlos Cesar Moretzsohn Rocha).

#TramaGolpista #STF #fakenews #SemAnistia #tadeuveneri #MandatoTadeuVeneri
Fonte: https://www.facebook.com/share/1A3soMkYfh/

"DEITAR OS CABELOS NA 2ª TURMA"

    #ForçaCármenLúcia 😎
Por Hugo Souza*

O artigo 19 do regimento interno do Supremo Tribunal Federal prevê que “o ministro de uma turma tem o direito de transferir-se para outra onde haja vaga”, mas também que, “havendo mais de um pedido, terá preferência o do mais antigo”.

Portanto, em tese, o presidente do STF, Edson Fachin, não pode negar o “direito” de Luiz Fux de migrar da Primeira para a Segunda Turma, colegiado onde há vaga e onde Fux formaria, junto com André Mendonça e Kassio Nunes Marques, uma sinistra maioria de não sancionados por Trump.

Há, entretanto, um ministro da Primeira Turma com preferência para ocupar a vaga aberta na Segunda Turma com a aposentadoria de Luis Roberto Barroso. Na verdade, uma ministra: Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006, é a única ministra da Primeira Turma mais antiga no STF que Luiz Fux, indicado por Dilma em 2011.

Há quatro anos aconteceu a mesma situação, envolvendo os mesmos personagens, mas em posições diferentes.

Em 2021, Fachin estava desgostoso com as derrotas impostas a ele na Segunda Turma por Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia em processos da Lava'Jato. O relator da Lava-Janto, então, pediu transferência para a Primeira Turma. Cármen Lúcia, porém, levantou o dedo, reivindicando preferência regimental, e Fux autorizou a transferência da mais antiga no STF.

Não é comum, mas há um precedente de ministro do STF pedindo mais de uma vez para mudar de Turma: Dias Toffoli, em 2015 e 2023.

De modo que, em tese, uma única pessoa neste mundo pode impedir a formação de maioria MAGA, de um “bunker bolsonarista” em uma das duas turmas do STF: a mineira de Montes Claros Cármen Lúcia Antunes Rocha.

*Hugo Souza - Apoie o Come Ananás: https://www.comeananas.news/p/apoie