sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Senhor Sóstenes Cavalcante, Mais um Inocente e Perseguido?

Por Belarmino Mariano*

A extrema direita brasileira está recheada de falsos profetas, pastores terrivelmente evangélicos e a mistura de religião, poder e política. Suas pautas morais vão desde a condenação di aborto, ataques aos religiosos de matriz africana e o suposto combate ao comunismo.

Esse é o Senhor Sóstenes Cavalcante, pastor e terrivelmente evangélico, Deputado Federal e líder do Partido Liberal (PL). Ele era o último bastião da ética e da moral, agora completamente desmoralizado e gaguejando diante das provas incontestáveis, com quase meio milhão de grana novinha em folhas de 100 reais. 

Dia 19/12, mais uma sexta-feira terrível para a extrema direita bolsonarista, em operação autorizada pelo ministro Flávio Dino, a Polícia Federal apreendeu R$ 430 mil em dinheiro vivo, em sacolas de lixo.

O local da apreensão foi no apartamento do líder religioso Sóstenes em Brasília. O deputado diz que a dinheirama veio da venda de um imóvel, mas não disse qual nem quem pagou com tanta grana viva?

A PF já tem mensagens de celular de que existem outros envolvidos, ao exemplo do Deputado Jordy, ex-líder do PL, em um esquema de desvio de cotas parlamentares, com aluguel de carros e notas fiscais falsas. 

Aí temos indícios de peculato, desvio de dinheiro público, corrupção e roubo descarado. Por isso, destruir a PF, atacar o Supremo e o Ministério público com tanta garra e determinação 

Já está dizendo aos quatro cantos que é mais um dos perseguidos da "Ditadura de Toga" e que nunca seria ladrão e corrupto, mesmo com a mão na boca da botija. Esse é um dos que tenta silenciar a democracia e que defende golpistas, anistia e dosimetria com a força do dinheiro vivo.

Esse "deputado honesto" é o mesmo que estampa em suas redes sociais, sobre a CPMI do INSS, “quem roubou vai pagar pelo que fez!”. Como ele explica quase 500 mil reais em um dos seus apartamentos, pior, em sacos de lixo?

Esse é o líder dos 100 deputados que sequestraram a mesa do presidente Hugo Motta, se acorrentaram e colocaram esparadrapo na boca querendo a Anistia para os golpistas do 8 de janeiro e dos outros golpes.

Onde iremos parar, quando os líderes da extrema direita, grande maioria dos deputados e senadores, brincam de fazer política, brincam de democratas e liberais, enquanto roubam escancaradamente? Não esperem que o STF consiga sozinho, impedir esses gatunos.

*Por Belarmino Mariano. Imagens das redes sociais. Fontes: UCL Notícias, Uol, Brasil de Fato, Platão Brasil, DCM Notícias.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

A “renúncia” Fake de Zambelli

Por Julio Benchimol Pinto, via Blaut Ulian Junior *

Agora o bastidor apareceu. A “renúncia” de Zambelli não foi epifania moral, nem súbito apego à Constituição. Foi gestão de crise institucional. Segundo os próprios bastidores de Brasília, Hugo Motta sugeriu a saída como forma de baixar a temperatura com o STF e evitar que a Câmara virasse palco de mais um cabo-de-guerra vexatório.

Traduzindo do juridiquês para o português claro: o mandato já tinha virado problema. A cassação explícita criaria confronto. A renúncia encenada criaria silêncio. Não é absolvição, não é acordo jurídico, não é “vitória da política”. É controle de danos. Um puxadinho institucional para evitar que a crise escalasse e respingasse em todo mundo.

Funciona? Em parte. Resolve o mérito? Não. Muda o destino jurídico dela? Zero. Mas poupa a Câmara de mais um embate público com o Supremo - e poupa alguns deputados de terem de votar olhando para a própria biografia.

Resumo da ópera: não foi gesto de grandeza, não foi estratégia genial, não foi redenção. Foi bombeiro apagando incêndio com balde d’água. E chamando isso de “solução política”. Aspas, sempre.
* Julio Benchimol Pinto - Fonte - https://www.facebook.com/share/17VQjb6Y1f/

domingo, 14 de dezembro de 2025

Cuba acusou os Estados Unidos de promover uma escalada de “terrorismo marítimo” no Caribe.

Por Lucas Toth* 

Cuba acusou nesta sexta-feira (12) os Estados Unidos de promover uma escalada de “terrorismo marítimo” no Caribe ao apreender um navio petroleiro venezuelano em águas internacionais, em ação que Havana classificou como parte da guerra econômica conduzida por Washington contra a ilha.

“Essa ação faz parte da escalada dos Estados Unidos para impedir o legítimo direito da Venezuela de utilizar e comercializar livremente seus recursos naturais com outras nações, incluindo o fornecimento de hidrocarbonetos para Cuba”, afirmou o ministério das Relações Exteriores de Cuba, em nota.

Para Havana, a apreensão do navio viola aprofunda a política de “máxima pressão e asfixia econômica” imposta pelos Estados Unidos. 

Segundo o comunicado oficial, a operação tem impacto direto sobre o sistema energético cubano e “consequentemente, no cotidiano do nosso povo”, ao dificultar o fornecimento de combustível proveniente da Venezuela em meio à crise elétrica enfrentada pela ilha.

No mesmo comunicado, a chancelaria cubana afirmou que a apreensão do petroleiro representa “a aplicação do corolário Trump da Doutrina Monroe” e constitui “um ataque à proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz”.
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*Por Lucas Toth

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Título de Professora Emérita, Emilia Moreira e Ivan Targino, entre outros.

Por Belarmino Mariano*

Tive a felicidade de participar da cerimônia dos títulos de Professores eméritos para os professores da UFPB, entre eles a minha eterna orientadora e mãe intelectual Profa. Dra. Emilia Moreira e do Prof. Dr. Ivan Targino (O Grande).

Que felicidade, em fazer parte desse seleto grupo de orientandos e de pesquisadores do grupo da professora Emília. Encontrei amigos de longas datas: Ricelia Marinho Sales, Luis Gustavo Sales, Wellington, Genaro Ieno, Gláucia, Takako Watanabe Anieres, Maria, Marco Antonio Mitidiero Junior e tantos outros(as).

Também pude interagir com o Prof. Dr. Ivan Targino, da área de economia e que, em muito, contribuiu com a minha formação profissional. Esse casal fez toda a diferença em minha formação, pois com eles aprendi que a universidade deve ser um instrumento de formação e transformação social, econômica, cultural e política.

Atualmente sou professor da UEPB, com Aperfeiçoamento, Especialização, Mestrado e Doutorado. Sou líder de Grupo de pesquisa, coordeno projetos de pesquisa, extensão e orientação de graduação. Tudo isso foi fruto da minha formação na UFPB, que completou 70 anos e esses professores foram fundamentais e ainda são, pois atualmente recebem meus pesquisadores para a pós-graduação.

Pelas suas mãos já passaram muitos dos meus orientandos ao exemplo de Leandro Paiva , Rômulo Panta , Diego Pessoa e tantos outros (as), que hoje, são mestres e doutores e continuam nessa senda da ciência com consciência. Portanto, não se trata de uma vida, mas de muitas vidas que se emaranham para o fazer acadêmico e profissional.

Quando ouvi a professora Emília Moreira resumindo a sua vida acadêmica e agradecendo as pessoas que fizeram parte de sua vida, fui lembrando o quanto ele foi e é fundamental em minha vida e na vida de muitos amigos e amigas da UFPB. Ela fez doutorado e pós-doutorado na França, mas nunca presenciei nenhum ego em sua humildade.

Confesso que no ano em que entrei na UFPB, oriundo da Escola Pública, não tinha a ideia de o quanto minha vida mudaria. Tinha excelentes professores, mas era obrigado a trabalhar no comércio para me manter e ajudar em casa. Isso poderia ter me impedido de continuar, mas felizmente conheci professores que fizeram a grande diferença m

Foi nessa época que encontrei Emília e seu grupo de pesquisa. Como eu trabalhava, não podia ser bolsista, então me tornei um voluntário em suas pesquisas. Como trabalhava como vendedor, fazia meus horários e confesso que me empolguei com a Geografia Agrária e com a pesquisa empírica.

Foi com Emília que aprendi a elaborar projetos, pois ela discutia conosco, ponto por ponto. Então a gente ia aprendendo a problematizar, traçar objetivos, definir campos teóricos e principalmente, definirmos metodologias. 

Confesso que Emília era brava, exigente, perfeccionista e metódica. Quem não quisesse aprender e a levar a sério os seus estudos, podia sair fora. Sempre perseguia o rigor científico, no entanto era, uma pessoa maravilhosa, carinhosa e preocupada com cada um de nós.

Foi com Emília que aprendi muito sobre geografia agrária, Geografia Econômica, do Brasil e da Paraíba. Foi através de Emília que me aproximei da CPT, dos assentamentos e dos acampamentos dos trabalhadores rurais sem terra. 

Ter sido voluntário em seus estudos me ajudou a querer concluir o curso e tentar a carreira docente. Em uma longa greve entre o terceiro e o quarto período, submeti currículos em escolas e no quarto período já estava em sala de aula e isso mudou completamente a minha vida, pois mesmo ganhando pouco, deixei o comércio e fui fazer o que gostava.

Emília como bolsista de produtividade da CAPS e do CNPq, não podia parar suas pesquisas, então a gente seguia firme e forte, todos os seus passos. Ali a gente não aprendia apenas sobre a ciência, era um misto de ciência, direitos humanos, solidariedade e comunhão com os oprimidos da cidade e do campo. 

Enquanto a gente estudava, trabalhadores rurais sem terra e líderes sindicais eram perseguidos, presos e mortos. Crianças camponesas eram super exploradas e ficavam entre o fogo e o facão para cortar a cana-de-açúcar das usinas e grades destilarias canavieiras. Então a gente também aprendia a se indignar com a exploração capitalista selvagem.

Quando terminei a graduação, Emília me convidou para continuar no grupo de pesquisa e conseguiu uma bolsa de Aperfeiçoamento do CNPq, então me instalei na sede do INCRA/PB e, por dois anos, compilei quase todos os processos de conflitos agrários da Paraíba. Era tudo copiado em tópicos, pois não tinhamos autorização para retirar os processos para fazer xerox.

Outro grupo, coletava dados em jornais e com os dados íamos ao campo, confrontando as informações com a realidade. Lembro que tinha uma moto velha e precisávamos checar informações do Acampamento Padre Gino, entre Sapé e Mari. Emília não estava bem de saúde e me voluntariei para ir.

Essa foi a minha maior experiência prática. Confesso que já havia sido picado pela ciência da práxis marxista e, chegando lá, como já conhecia alguns camponeses, fui informado da ocupação das terras. Escondemos a moto por dentro de galhos e folhagens e passei uma semana, entre as barracas de lona, os camponeses e os capangas armados. 

Emília ficou muito preocupada, quase morria do coração, mas ao final lhe levei um litro de mel de abelha enviado pelos camponeses. Era um tempo difícil, tivemos o assassinato de tralhadores em Alhandra, Caaporã, tivemos a prisão de Frei Anastácio, tivemos o cruel assassinato de Margarida Maria Alves e as greves canavieiras.

Estávamos entre o mundo acadêmico, o suor, a fuligem e o sangue derramado pelos camponeses; estávamos entre os relatórios e as denúncias de trabalho análogo a escravidão; estavámos juntos com outras professoras, preocupados com a saúde dos trabalhadores que, em pleno final do século XX, trabalhavam 14, 15 horas por día, para cortar toneladas de cana e tómbolas para agroindustria canavieira.

As pesquisas estavam no fogo cruzado da violência no campo, mas não podíamos ficar de braços cruzados. Nessas horas a gente aprende que a consciência não se faz num dia, mas no dia da consciência cada um. Ter feito parte dessas experiências com Emília Moreira, me fez ser o que sou e nunca desistir dos meus sonhos e das minhas utopias ativas.

Foi nessa época que Emília coordenou e publicou obras como "Capítulos de Geografia Agrária da Paraíba" e "Por um Pedaço de Chão I e II" e também publicamos artigos e resumos estendidos sobre o trabalho infantil na palha da cana e sobre a violência no campo paraibano. Anos depois, conseguimos publicar nossos relatórios "sobre o trabalho infantil na palha na cana", em especial no Litoral Sul da Paraíba.

Emília foi minha grande incentivadora em ser professor e pesquisador. Tanto é que assim que terminei a graduação, passei em primeiro lugar na Especialização em Geografia Território e Planejamento e me submeti a seleção de professor substituto da UFPB, sendo aprovado em primeiro lugar.

Como já professor na rede particular em João Pessoa, com a especialização fiz concurso na UFPB de Cajazeiras, sendo aprovado em terceiro lugar, pois havia concorrido com mestres e doutores. Emília me disse, não desista, suga em frente e nesse mesmo ano, ao terminar a Especialização entrei no Mestrado do PRODEMA, agora me voltava para as questões ambientais.

Era um novo campo para os geógrafos da época e a professora e Ecóloga Takako Watanabe nos acolheu muito bem. Era uma dissertação de ecologia, mas, na contramão das tendências da época, quis saber da ideia de natureza dos homens e mulheres do Cariri paraibano. Emília em muito contribuiu, mesmo dizendo que não era de sua área. Ela fez parte de minha banca e suas sugestões foram fundamentais para me tornar mestre.

Isso foi fundamental para me tornar professor da UEPB e dar continuidade às pesquisas sobre a questão agrária no Agreste Brejo paraibano, sempre trilhando a ideia dos "Territórios de Esperança", proposição da professora Emília Moreira e Ivan Targino.

No meu Doutorado não foi diferente, pous Emília estava lá me dando dicas sobre os passos a seguir e fui fazer doutorado na Sociologia Rural e me interessei pekas práticas de agroecologia no Agreste e Brejo da paraíba. Ela estava em minha defesa de Tese, dando as grades contribuições que só ela poderia dar pois Emília Morreria, acompanhou todos os meus passos acadêmicos e posso dizer que ela foi e é uma grande dádiva em minha vida.

Esse título de Professor(a) Emérito(a) é mais que reconhecido, pois a grandeza acadêmica e compromisso científico e social desses professores, consta em seus currículos Lattes e em suas plataformas de pesquisas e, mesmo aposentados, continuam, pesquisando e orientando pesquisadores em nível de Mestrado e Doutorado. Mas o Lettes monstram apenas dados e datas frios. Porém, o que vivemos com esses Mestres como Emília, Ivan e os demais professores é EMÉRITO DEMAIS.

A UFPB, está de Parabéns, liderada pela Profa. Dra. Terezinha Domiciano Dantas. Ao fazer essa homenagem e reconhecer os professores como eméritos, fortalece ainda mais a ciência e a docência. Todas as indicações foram fundamentadas nos vastos currículos de cada um(a) e a vida de um simples orientando como eu, testemunham isso.

Vida longa aos professores Emília Moreira, Ivan Targino e aos demais eméritos. Vida longa à UFPB, onde fiz toda a minha vida acadêmica e hoje, posso servir aos estudantes e a ciência da Paraíba e do Brasil. Nesse momento de ataques à ciência e à democracia, precisamos fortalecer as universidades públicas e tudo começa pelo reconhecimento dos seus quadros docentes enquanto eméritos.

Por Belarmino Mariano. Imagens do autor.



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

"A MORTE DO MINISTRO TEORI ZAVASCKI E DO ASSASSINATO DO DELEGADO QUE INVESTIGAVA O CASO. COISAS NÃO ESCLARECIDAS".

Repost: Ricardo José Martins.Via João Lopes. Via Ana Vasconcellos* 

Eu publiquei umas frases soltas para chamar a atenção. 
Agora, vou colocar tudo junto, para mostrar que minha perplexidade de quase dez anos faz sentido. 
Se não, vejamos.
1. O Ministro do Supremo Teori Zavascki era o encarregado do processo da Lavajato, anulou as interceptações telefônicas envolvendo a presidente afastada Dilma Rousseff, feitas por Sergio Moro. 
2. Interrompeu as férias para cuidar das “famosas” delações. Voltou no avião de um amigo, que caiu misteriosamente.
3. Registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o avião estava com os certificados atualizados. 
4. Agora, a ex-juíza Luciana Bauer, que atuou na 17ª Vara Federal de Curitiba conta que denunciou os crimes e foi agredida por sergio moro.
5. Ela contou a agressão a quem? Ao Ministro Teori Zavascki. 
6. O Delegado da Polícia Federal, Adriano Antônio Soares, que investigava a morte do Ministro foi mandado para Florianópolis.
7. Pergunto: Quem o mandou e para quê? 
8. Oficialmente, dizem que para participar de um curso de capacitação interna da Polícia Federal. Um “cursinho de atualização”. Logo em Florianópolis? 
9. Em 31 de maio de 2017, provavelmente foi atraído a uma cilada, num bordel, junto com o colega, Delegado Elias Escobar e lá assassinados por um leão de chácara, Nilton César de Souza Júnior. Na época, era apresentado como leão de chácara. Fui pesquisar agora e aparece como “comerciante” de cachorro quente.
10. O assassino não tinha porte de arma, mas usou uma pistola 380. 
11. Tenho uma matéria, do dia, assim: “De acordo com informações do Copom (Centro de Operações Policiais Militares), os dois delegados teriam chegado ao local de táxi. Um terceiro homem teria entrado logo em seguida, iniciando uma intensa troca de tiros.”
12. Na mesma matéria que tenho: “Está sendo apurada a participação de outros dois indivíduos não localizados até o momento”, afirmou a PF.”
13. Depois, as notícias mudaram completamente.
14. O assassino ficou três semanas internado no hospital e foi liberado no dia 21 de junho. Dois dias depois, a Justiça de Santa Catarina concedeu ao suspeito o direito de responder ao processo em liberdade. Ou seja, mata dois delegados da PF e passa dois dias preso. 
15. O assassino foi treinado no “Clube de tiro 38”, na cidade de São José, na Grande Florianópolis.
16. QUE CLUBE É ESSE?
17. Pertence ao marido da deputada Júlia Zanatta. 
18. Neste clube treinaram os filhos do ex-presidente, agora presidiário condenado.

19. No mesmo Clube também foi treinado lá o “MILIONÁRIO” ADÉLIO BISPO, famoso por ter burlado a segurança de um candidato e lhe dado uma facada sem sangue."

*Repost: Ricardo José Martins.Via João Lopes. Via Ana Vasconcellos.
Fonte: https://www.facebook.com/share/1AYvw1gYj5/

domingo, 7 de dezembro de 2025

Presidente Maduro agradeceu a Gustavo Petro pelo apoio à soberania da Venezuela

.  Via Rita Lustosa II*

O Presidente Maduro agradeceu a Gustavo Petro pelo apoio à soberania da Venezuela; “Somos um só povo, o povo de Bolívar e a Grande Colômbia, agradeço de coração; pode contar com a Venezuela pra ajudar na reconstrução da Grande Colômbia, assim como, na união de forças em defesa da América Latina”, disse o presidente venezuelano.
A propósito, Maduro veio a público pedir que o povo brasileiro vá às ruas em apoio à soberania venezuelana, contra as agressões dos EUA; há rumores de que estaria sendo articulada ou negociada a renúncia (ou derrubada) de Maduro, que ainda tem posição sólida à frente do governo.

A “Great America" tem quase um milhão de pessoas em situação de extrema pobreza, morando nas ruas, se afundando nas drogas (fentanil), e o pessoal do “andar de cima” , com uma “ guerra” pra lutar em casa, anda atrás de produzir mais guerras fora de casa…
Elegem pseudo inimigos, explodem embarcações com drogas que não aparecem, desaparecem com pessoas que nada tem a ver com o tráfico, tudo porque não suportam um governante que não se submete aos desmandos imperialistas, que defende as riquezas e a soberania do seu país.

O Brasil, na figura do Presidente Lula, não apenas deixou de reconhecer a vitória de Maduro nas eleições, como não permitiu a adesão do país ao BRICS, um passo mal dado; como irá lidar no caso de um ataque dos EUA ao país que faz fronteira com o Brasil ? vai seguir alimentando a “química” com Trump, ou vai ajudar um país irmão? 🤔👇🇻🇪🇨🇴🇧🇷

Esse alerta de Rita Lustosa é urgente, diante da ameaça de Trump aos países latino-americanos, é urgente que o governo Lula e o povo brasileiro reajam em solidariedade aos nossos irmãos venezuelanos econtra o imperialismo dos EUA.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Crônica - A Jaula é do lado de fora.

Por Alessandra Del'Agnese* 

Era uma vez um menino que queria domar leões. Esta é a única verdade que importa, no fim de tudo. Enquanto a cidade de João Pessoa se espantava com a notícia do “vaqueirinho”, do “invasor”, do “rapaz que pulou a cerca do zoo para entrar no cercado da leoa”, nós, na nossa sofisticada cegueira urbana, víamos apenas mais um ato de insanidade. Um espetáculo de horrores para ser consumido entre um café e um scroll na tela do celular.

Mas a história de Gerson, o menino de 19 anos, não começou naquele cercado. Ela começou muito antes, num lugar mais perigoso e sombrio que qualquer jaula: o abandono.

Enquanto nós discutimos a altura da cerca, o menino Gerson já vivia há anos saltando abismos muito mais profundos. Filho de uma mãe com esquizofrenia, neto de avós também “comprometidos na saúde mental”, como dizem os relatórios sociais com uma frieza que gela a alma. Ele não foi apenas pobre. Ele foi pobre de tudo. De pão, de afago, de presente, de futuro. Sua infância foi uma sucessão de “violações de direitos”, um eufemismo burocrático para dizer que lhe roubaram a infância, a segurança, a sanidade.

E no meio desse deserto emocional, brotou um sonho impossível, belo e trágico: ir para a África domar leões. O sonho de um menino que, talvez, quisesse domar a própria fera que rugia dentro de si, a fera da herança genética, a fera da negligência, a fera do desamparo. O leão de verdade, na jaula, era apenas um símbolo exterior de um monstro interior que ele já conhecia intimamente.

Nós, a sociedade, somos especialistas em ver as grades. Vemos a grade que ele pulou. Não vimos as grades invisíveis que sempre o prenderam. A grade da pobreza extrema, que é uma jaula de aço. A grade da doença mental não tratada, que é uma jaula de espelhos distorcidos. A grade do abandono afetivo, que é a mais solitária de todas.

Gerson não era um aventureiro. Era um náufrago. E seu ato desesperado não foi uma invasão ao espaço da leoa; foi um grito abafado, um pedido de socorro escrito com o próprio corpo, num palco de concreto e grades, para uma plateia que só sabia apontar o dedo e filmar com o celular.

É mais fácil trancar o “louco” do que encarar a loucura de um sistema que deixa seus filhos mais frágeis definharem à própria sorte. É mais cômodo acreditar que ele é um “caso”, uma exceção, um problema de segurança do zoo, do que admitir que Gerson é o produto lógico, quase matemático, do nosso fracasso coletivo.

Ele não queria matar a leoa. Ele queria, no delírio de sua mente febricitante e desprotegida, realizar uma proeza. Queria ser, por um instante, o herói de sua própria história trágica. Queria domar o indomável, talvez na esperança ingênua de que, domando a fera de fora, pudesse finalmente silenciar as de dentro.

A verdadeira ferocidade não estava na leoa, assustada em seu recinto. A verdadeira ferocidade é a que permitiu que um menino doente, um menino que “sofreu todo tipo de violação de direito”, chegasse aos 19 anos sem um amparo, sem uma rede, sem uma chance, a não ser a chance derradeira e teatral de pular uma cerca para ser visto.

No fim, Gerson conseguiu. Ele domou a atenção de uma cidade inteira. Por alguns dias, ele não foi invisível. Foi notícia. Mas que tipo de tribo somos nós, que só enxergamos nossos filhos quando eles se jogam na jaula dos leões?

A história de Gerson é um espelho quebrado refletindo nossa própria imagem distorcida. Ela não fala sobre a ousadia de um jovem. Ela grita sobre o silêncio de uma sociedade que ergue cercas para se proteger dos sintomas, mas é conivente com as causas. A leoa está a salvo. Quem precisa ser salvo, urgentemente, é a nossa humanidade.

* Alessandra Del'Agnese. 
Fonte: https://www.facebook.com/share/p/17sdjP22ok/
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