A Radiografia do Golpe no Brasil

Imagem extraída do polêmica PB, Gutemberg Cardoso em 18/04/2016 

Por: Jessé Souza

Toda crise econômica tem que ser interpretada.

A crise de 2008, foi. A interpretação da crise, que é importante porque ela pode ser interpretada de diversas maneiras, tem que haver uma construção disso. Não houve infelizmente, não houve uma hegemonia de uma narrativa que pudesse contrapor a crise do Brasil. 
A mídia percebendo isso satanicamente e refinadamente constrói uma narrativa a uma fração da classe média. A classe média é muito heterogênea mas ela tem realmente uma fração expressiva proto fascista porque daí as pessoas pensam:

 
Ah, não! Isso aqui não é Hitler e tal. Calma! 
Hitler e Mussolini foram retrações radicais do fascismo. 
Mas o fascismo é algo que existe na vida política e pode ser algo aprofundado. Qual o esquema do fascismo?
É você utilizar emoções, ódios que não são refletidos, que você dá um canal de expressão pseudo racional para ele.
A mídia fez isso: a classe média reclamava de estar num shopping center cheio, aeroportos cheios. Uma irritação que não era legitima. Era feita envergonhadamente a boca pequena. 
O que foi que o Jornal Nacional deu? 
Deu uma legitimação pseudo racional dizendo. Isso, não é uma irritação sua, isso é, você que percebe que o problema do Brasil é a Corrupção Estatal. Claro, que a ciência já havia dito isso, quem se beneficia das estatais é a elite assaltando o Estado mas a mídia fez uma vulgarização disso. 
Todo brasileiro pensa nestes termos. Você não é o canalha que quer que os pobres subam na vida, ao contrário, você é o herói da nacionalidade. Você podia vestir a camisa verde e amarela, sair com a bandeira, cantar o hino à plenos pulmões. A narrativa foi essa! 
Essa fração expressiva da classe média que havia perdido 4 eleições agora se engajava com uma intensidade que não havia antes, e foi vendida como POVO NAS RUAS. E, não havia uma contra narrativa. 
A presidenta da República não poderia exercer uma contra narrativa, porque a mídia entre nós, é uma mídia que não há senso de democracia, é uma mídia de país ditatorial. 
Não há opinião de outra narrativa. Isso não é nenhuma caricatura da grande mídia elitista ou seja, o brasileiro médio não tem o padrão de comparação.
Tem países que tem mídia pública. É um absurdo ter programas como a gente tem. William Wack convida três pessoas que pensam a mesma coisa, tomando um Whisky pra você aplicar. Isso é manipulação pura! 
Você não informa o seu telespectador; Só poderia informar com duas opiniões contrárias para que ele possa montar a dele.
Pra contrapor as benfeitorias de Lula, foram criados por esta classe mídia proto fascista heróis como Joaquim Barbosa e o juiz Sérgio Moro e assim dar legitimidade ao golpe.

Enquanto isso, alguns se tornam ricos os mais ricos...

imagens extraídas das redes sociais.

Fonte:

http://www.polemicaparaiba.com.br/polemicas/dinheiro-por-que-as-empresas-de-midia-estao-festejando-o-golpe-por-paulo-nogueira/

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