Traduzindo do juridiquês para o português claro: o mandato já tinha virado problema. A cassação explícita criaria confronto. A renúncia encenada criaria silêncio. Não é absolvição, não é acordo jurídico, não é “vitória da política”. É controle de danos. Um puxadinho institucional para evitar que a crise escalasse e respingasse em todo mundo.
Funciona? Em parte. Resolve o mérito? Não. Muda o destino jurídico dela? Zero. Mas poupa a Câmara de mais um embate público com o Supremo - e poupa alguns deputados de terem de votar olhando para a própria biografia.
Resumo da ópera: não foi gesto de grandeza, não foi estratégia genial, não foi redenção. Foi bombeiro apagando incêndio com balde d’água. E chamando isso de “solução política”. Aspas, sempre.
* Julio Benchimol Pinto - Fonte - https://www.facebook.com/share/17VQjb6Y1f/
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